Sessão Solene

Câmara homenageia os 110 anos da Escola Técnica Parobé

Colégio tem mais de 2 mil alunos, 236 professores e oferece quatro cursos e Ensino Médio

  • Homenagem aos 110 anos da Escola Técnica Parobé. Na foto: Secretária Municipal de Educação Cleci Jurach, ex-aluno João Caetano Kaliosk, presidente da CMPA vereador Cassio Trogildo, diretor da Escola Técnica Parobé Luiz Carlos de Oliveira, representante do governo do estado professora Iara Wortmann e ex-aluno Élio Weissmann
    Cassio Trogildo entregou diploma aos representantes do Colégio (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)
  • Homenagem aos 110 anos da Escola Técnica Parobé
    A Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul fez apresentação (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)

A Câmara Municipal de Porto Alegre realizou, na tarde desta sexta-feira (1º/7), sessão solene para homenagear a Escola Técnica Estadual Parobé pelos 110 anos de fundação da instituição, também chamada de Colégio Parobé. Proposta pelo vereador Cassio Trogildo (PTB), presidente da Casa, a solenidade foi prestigiada por autoridades, professores, alunos e ex-alunos do Parobé e teve apresentação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, regida pelo maestro Telmo Jaconi.

Trogildo disse que sempre teve admiração pelos rumos do Parobé e de seus alunos, que contribuem para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Sul. “Em tempos de crise econômica e mudanças permanentes no mundo do trabalho, a escola profissionalizante é a que apresenta os melhores índices de colocação no mercado de trabalho", afirmou. "Por isso, o poder público deve manter, planejar, investir e capacitar cada vez mais estas instituições.” O vereador ainda resgatou a história da instituição, fundada em 1º de julho de 1906, que hoje conta com 2.349 alunos e 236 professores, oferecendo quatro qualificados curso técnicos e Ensino Médio. 

O vereador Reginaldo Pujol (DEM) declarou que tem muito apreço pelo que o Parobé tem produzido para o Rio Grande do Sul. “Esta homenagem não é só um gesto de solidariedade, e sim de reconhecimento que Porto Alegre deve ter”, afirmou. Pujol também declarou que, mais do que universidades, o Brasil precisa de mais escolas técnicas.

A secretária municipal de Educação, Cleci Jurach, disse que acredita muito na educação pública e que a Escola Técnica Parobé é um marco nessa área. “Para nós, que somos professores, é emocionante ver uma história de uma escola e os feitos que ela traz”, declarou. Cleci também falou sobre o auge do colégio: “Tivemos uma época áurea no Parobé, quando qualquer aluno das áreas técnicas recebia convites para trabalhar em empresas. Estudar no Parobé era a garantia de arranjar um emprego”.

O diretor e ex-aluno do Parobé, Luiz Carlos de Oliveira, afirmou que os docentes e os alunos do colégio são “seres iluminados que fazem o seu melhor pela escola, principalmente agora, na delicada situação econômica e política do país”. Oliveira citou nomes de ex-alunos do Parobé, como o cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, e ressaltou: “Vários docentes são ex-alunos e todos os quatro membros da direção são ligados afetivamente à escola”.

Também participaram do evento: a secretária-adjunta da Educação, professora Iara Wortmann; os ex-alunos Élio Weissmann e João Caetano Kaliosk; o professor destaque Cleto de Castro Farias; a presidente da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, Carla Zitto; a presidente da Associação dos Antigos Professores e Funcionários da Escola Técnica Parobé, Lilian Bromberg; o representante da Associação Riograndense de Imprensa, jornalista Aires Ceruti; o representante da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, Pedro Luiz Magoni; o diretor-geral do Previmpa, Laerte Campos de Oliveira; e professores, alunos e colaboradores da Escola Técnica Parobé.

A Escola

Fundada por professores da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em 1º/ de julho de 906, a Escola Técnica Estadual Parobé teve como patrono o professor engenheiro João Pereira Parobé, ex-diretor da faculdade. Inicialmente era chamada de Escola Benjamin Constant, recebendo o nome de Escola Técnica quando passou a ser administrada pelo Estado, em 1970.

A instituição foi criada para ensinar meninos de famílias pobres a trabalhar com construções mecânicas, marcenaria, carpintaria, artes gráficas e artes do edifício com o objetivo de possibilitar uma alternativa de profissão a esses jovens. Destinada a famílias de baixa renda, a Escola também funcionou em regime de internato. Em 1920, foi instituída a primeira Seção Feminina, que preparava as meninas para os serviços domésticos e rurais. Atualmente oferece os cursos técnicos gratuitos em Edificações, Estradas, Mecânica, Eletrotécnica e Eletrônica, além do Ensino Médio.

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
          Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)