Plenário

Câmara homenageia policiais civis e militares

Período de Comunicações em homenagem ao Dia do Policial Civil e Militar. Na foto: da esq. chefe do Estado Maior da brigada Militar, Cel. Marcos Dutra; comandante-geral da Brigada Militar, coronel Mário Ikeda; presidente da CMPA, vereadora Mônica Leal; chefe-de-polícia do RS, delegada Nadine Anflor; sub-chefe de polícia Fábio Lopes.
Coronel Dutra (e), coronel Ikeda, vereadora Mônica, delegada Nadine e sub-chefe de polícia Lopes (d) na homenagem desta tarde (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

A Câmara Municipal de Porto Alegre destinou o periodo de Comunicações, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (6/5), para prestar homenagem ao Dia do Policial Civil e Militar, comemorado anualmente no dia 21 de abril, data em que o herói nacional Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi executado em 1792. Em nome da Mesa Diretora, proponente da homenagem, a presidente da Câmara, vereadora Mônica Leal (PP), manifestou o "sentimento de dever e gratidão" dos porto-alegrenses aos policiais civis e militares gaúchos.

A vereadora destacou a "demonstração de coragem e amor à patria" legada por Tiradentes, mártir da Independência do Brasil, e a sua luta por justiça na época do Brasil Colônia. Reafirmando seu respeito pelas duas Polícias, "cada uma com suas particularidades, filosofias e valores", a presidente da Câmara ressaltou que elas cumprem, diariamente, sua missão, atendendo e protegendo a população nas emergências e delegacias e desvendando crimes, participando de campanhas públicas. "É um trabalho incansável realizado por mulheres e homens que se doam para a nossa segurança pública."

Mônica também destacou o pioneirismo da delegada Nadine Anflor por ser a primeira mulher chefe da Polícia Civil gaúcha e fez homenagem póstuma ao soldado Fabiano Lunkes, assassinado em Campinas das Missões (RS) durante confronto enre policiais e criminosos no mês passado. "Fica o agradecimento e o reconhecimento da Câmara ao trabalho dos policiais. As Polícias devem ser pensadas sempre como parceiras de ações no Município."

Reconhecimento

Ao agradecer a homenagem, o comandante geral da Brigada Militar, coronel Mário Yukio Ikeda, lembrou que foram necessários mais de cem anos para que Tiradentes, herói da Independência, recebesse o reconhecimento nacional. Segundo ele, os atos dos policiais brasileiros nem sempre são reconhecidos. "A evolução do homem para conviver em sociedade criou regras, e os policiais têm a missão de fazer com que essas regras e leis sejam cumpridas. Isso nem sempre é reconhecido."

O subchefe de Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes, agradeceu a homenagem da Câmara e ressaltou que muitos servidores públicos trabalham para salvar vidas da população, mas observou que os policiais colocam em risco suas próprias vidas em prol da segurança das outras pessoas. Para ele, todos os policiais representam características de Tiradentes, pois são homens bravos que lutam por  melhores condições de vida para a população. "Os policiais são responsáveis pela redução dos índices de criminalidade nos últimos meses no RS."

Também estavam presentes à homenagem a chefe da Polícia Civil gaúcha, delegada Nadine Anflor, e o chefe do Estado Maior da Brigada Militar, coronel Marcos Vinícius Souza Dutra.

Vereadores

Ao se manifestar na tribuna, o vereador Comissário Rafão Oliveira (PTB), cumprimentou "os irmãos de farda" e destacou que o combate ao crime tem objetivo de servir e proteger a sociedade. Segundo ele, os policiais realizam seu trabalho com honra e disciplina. "A lei é a nossa maior arma. A Polícia é a última barreira para combater o caos social. Sem ela, não haverá democracia nem liberdade." Rafão lamentou, no entanto, que as pessoas que mais precisam da Polícia são as que mais a atacam. "Chamam a Polícia de violenta, mas o Brasil é o pais onde mais morrem policiais. Não somos culpados por esta violência, pois quem não dá causa a ela não é responsável pelas consequências."

Idenir Cecchim (MDB) afirmou ter muito orgulho "das duas grandes instituições de estado que nós temos", enquanto Ricardo Gomes (PP) observou que o primeiro dever de qualquer governo é o de proteger os direitos individuais dos cidadãos, missão desempenhada pelas duas Polícias.

Marcelo Sgarbossa (PT) disse que é preciso reconhecer a importância de todas as instituições de estado para o processo civilizatório. "Por trás de uma farda, há um ser humano, é preciso um contínuo debate para o aperfeiçoamento das instituições." Paulinho Motorista (PSB) lembrou que a população necessita recorrer, diariamente, aos serviços dos policiais. Já Cláudio Conceição (DEM), também policial civil, destacou que as ações policiais precisam ser respaldadas pelas leis. "Os policiais jamais serão bandidos, são cumpridores das leis e defensores da justiça."

Hamilton Sossmeier (PSC) fez um agradecimento pelo trabalho realizado pelos policiais nas ruas, muitas vezes em condições difíceis, "cumprindo uma missão muito importante para deixar a sociedade mais protegida". Lembrando que todos os cidadãos precisam das forças policiais, José Freitas (PRB) afirmou que as famílias desses profissionais sofrem pelos constantes perigos enfrentados por eles no trabalho de combate ao crime.

Felipe Camozzato (Novo) frisou que, para o seu partido, as áreas de saúde, educação e segurança são pilares que devem receber apoio e incentivo do estado. "Queremos homenagear e prestar apoio e solidariedade ao trabalho de todos os policiais." Na opinião de Engenheiro Comassetto (PT), o tema da segurança pública é alvo de um debate constante no país, sendo importante a unificação dos trabalhos das duas polícias. "Educação, saúde e segurança não representam gastos, mas, sim, investimentos."

Texto

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)