Plenário

Câmara mantém projeto que incentiva o uso de energia solar em semáforos

Ideia é aproveitar energia do sol para alimentar sinaleiras
Proposta busca aproveitar luz solar para alimentar equipamentos

Por 24 votos a quatro, a Câmara Municipal de Porto Alegre derrubou veto total do Executivo, nesta quarta-feira (30/8), mantendo o projeto de lei que determina a utilização, preferencialmente, de energia solar para o funcionamento de semáforos no Município. A proposta foi apresentada pelo vereador Cassio Trogildo (PTB), atual presidente do Legislativo da Capital, que define a geração desse tipo de energia como não-poluente e barata.

Conforme o projeto, as sinaleiras serão dotadas de células fotovoltaicas para a conversão de energia solar em energia elétrica, que será armazenada em baterias próprias para essa finalidade. A utilização da energia solar dependerá de comprovação da existência de condições técnicas e de viabilidade econômica para sua execução, a critério do Executivo Municipal.

O projeto ainda determina que as despesas decorrentes da execução da lei correrão por conta de dotação orçamentária própria, suplementada se necessário. O Executivo regulamentará a nova lei no prazo de 60 dias, contados da data de sua publicação no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa).

Preservação e economia

O projeto, como justifica o autor, tem, antes de tudo, a função de estimular a reflexão sobre a matriz energética brasileira, “que despreza a imensa vantagem de nosso país, que é o seu alto grau de exposição à luz solar, fonte abundante de energia limpa e barata”. Trogildo informa que a energia solar é importante na preservação do meio ambiente, pois tem muitas vantagens, como não ser poluente, não influir no efeito-estufa e não precisar de turbinas ou geradores para produção de eletricidade. Segundo o vereador, ainda está comprovado que o uso da energia solar possibilita uma economia de energia de até 90%, indicando que a utilização dessa fonte resolverá o crescente problema de escassez de energia proveniente de fontes hidrelétricas.   

No caso dos semáforos, informa Trogildo, a opção pela energia solar é indicada, pois as sinaleiras consomem muita energia, já que ficam ligadas durante todo o dia e parte da noite. Essa opção é também a melhor quando há blackout. “No caso de falta de energia fornecida pela rede, os equipamentos continuam a funcionar a partir da bateria de cada semáforo, evitando maiores transtornos no trânsito e possibilitando que os agentes públicos sejam deslocados para outras atividades que não a administração dos cruzamentos”, acrescenta.

Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)