Homenagem

Câmara Municipal destaca os 65 anos da Escola Emílio Meyer

Estabelecimento luta pela permanência do ensino médio

Período de Comunicações em homenagem à Escola Municipal Emílio Meyer.
Professores, servidores e alunos da escola participaram hoje da sessão plenária (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Com as galerias do Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre repletas de cartazes com textos como Nenhuma Escola a Menos; Fica Ensino Médio; e Educação Não Se Negocia, ocorreu, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (17/6), a entrega do diploma em homenagem aos 65 anos da Escola Municipal de Ensino Médio (Emed) Emílio Meyer. Proposta pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT) e conduzida pelo presidente em exercício, vereador Mendes Ribeiro (MDB), a cerimônia contou com a presença de representantes, professores, funcionários, alunos e ex-alunos da instituição. 

“As sessões plenárias funcionam três vezes por semana, mas há tardes que, como essa, a Câmara parece fazer mais sentido”, expressou Sgarbossa ao pronunciar seu reconhecimento pela luta e a trajetória da Emed. Na oportunidade, ele narrou sobre o nascimento da instituição, contou sua origem na década de 1950, quando o então prefeito de Porto Alegre, Leonel Brizola, deu a ela o nome de Emílio Meyer em reverência ao reconhecido educador do RS. Lamentou que, junto da homenagem, estivesse a preocupação em relação ao ofício encaminhado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) sobre a extinção do ensino médio na escola. “Além de a Emílio conseguir receber alunos de todas as áreas da cidade, ela tem o diferencial da inclusão”, afirmou Sgarbossa ao destacar: “Estamos juntos nessa luta”. 

A diretora da Emed, Deliamaris Fraga Acunha, iniciou seus agradecimento recitando a música Como La Cigala, conhecida na voz de Mercedes Sosa. “Foi em vocês que busquei inspiração na interpretação de Mercedes”, disse Deliamaris. A profissional refletiu sobre a celebração e relatou o empenho de todos “em tempos de tantas perdas”. Narrou o funcionamento da escola, nos três turnos, com cinco turmas de educação infantil; nove de ensino fundamental; nove de ensino médio à tarde e outras sete à noite; e uma turma do curso normal à tarde e mais 10 à noite. Salientou a localização da escola, no bairro Medianeira, por ser uma região de fácil acesso. Sem contar o relato das atividades complementares de: cerâmica, desenho, música e robótica. “Viva os estudantes da nossa escola”, saudou Deliamaris. 

Vereadores

Roberto Robaina (PSol) parabenizou a instituição e corroborou a ideia de Sgarbossa acerca da utilidade para a Casa Legislativa ao elogiar uma instituição de ensino. No momento, Robaina lembrou a homenagem prestada à Emeb Liberato Salzano que, segundo ele "está sofrendo o mesmo problema da Emílio". “É inacreditável e uma vergonha que haja o fechamento de escolas”, destacou. “Parece que o prefeito Marchezan odeia aquilo que funciona, que está certo, que é público e que tem perspectiva de futuro”, lamentou. Durante a sua fala, Robaina observou que os discursos dentro da Câmara não serão o impedimento para que as matrículas não sejam cortadas. “Precisamos que a comunidade chame a imprensa e lute por isso”, finalizou. 

Aldacir Oliboni (PT) disse que existem governos que têm um tratamento próximo do povo e outros que promovem a desigualdade. “Digo isto, porque promover a desigualdade é não dar espaço ou não manter o que é público”, salientou Oliboni. Na tribuna, o vereador definiu a possibilidade do cancelamento de novas vagas no ensino médio como “um soco no estômago dos porto-alegrenses”. Por isso, “a indignação de vocês, é nossa”, disse. 

Cerâmica

Durante as manifestações no plenário, trabalhos de cerâmica dos estudantes da Emílio, foram expostos no saguão de entrada do Plenário Otávio Rocha.

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)