Presidência

Câmara sedia evento de carros antigos em novo espaço e com novidades

  • Presidente da CMPA participa do evento "A praça", Veteran Car Club do Brasil RS.
    Cerca de 150 veículos antigos participaram da exposição (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)
  • Presidente da CMPA participa do evento "A praça", Veteran Car Club do Brasil RS.
    Nagelstein (e) disse que evento é integração entre Câmara e cidade (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)

"Um evento para a família e de integração do Legislativo com a população da cidade”. Assim o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Valter Nagelstein (MDB), definiu a realização do encontro mensal de automóveis e motocicletas antigos, ocorrido nesse domingo (1/7), promovido pelo Veteran Car do Brasil/RS, no estacionamento do Palácio Aloísio Filho, situado no Centro Histórico da Capital Gaúcha. 

Nagelstein lembrou que o encontro do Veteran acontece desde 1996, há 22 anos, por iniciativa do então presidente da Casa, vereador Isaac Ainhorn, falecido em 2016. O parlamentar destacou que o espaço onde foi realizada a exposição desse domingo passou por uma revitalização, com a construção de uma usina de energia fotovoltaica (solar). “Aqui, acima das vagas cobertas estão as placas responsáveis pela captação de 30% da luz consumida pela Câmara atualmente. É a primeira em um prédio público no país”, disse.

Para o empresário Rodrigo Mário Ruiz, presidente do Veteran Car, o apoio da Câmara é importante para que essa história que está por trás de cada um dos veículos expostos possa ser transmitida às novas gerações. De acordo com ele, quem tem um carro de época precisa ser apaixonado pelo antigo. “Muitos resgatam no cuidado de um veículo o passado que não vivenciaram. Outros mantêm tradições que vêm de família”, explicou. O Veteran Car tem 38 anos de atividades no Rio Grande do Sul. Além do evento na Câmara, sempre nos primeiros domingos de cada mês, o clube participa de outras atividades, como as que ocorrem no estacionamento do Shopping Total.

Curiosidades

Ao todo mais de 150 veículos antigos participaram da atividade. Fuscas, Rurais, Opalas, Omegas, foram algumas das marcas nacionais presentes. Também uma ala de jeeps militares, com expositores caracterizados, fez sucesso, especialmente entre a garotada que, acompanhada dos pais, visitou a exposição. Entre os importados, destacaram-se o Ford Lincoln Continental 1972, importado pelo empresário Marcelo Camiansky há aproximadamente seis anos. Com motor V8, de 460 polegadas (7.6 Cil.), o equivalente a quase oito carros modelo mil, que chega a atingir 200km/h. O ponto desfavorável é o consumo, em tempos de crise dos combustíveis, pois percorre apenas 3km com um litro de gasolina.

Entre as características do veículo de luxo, que para a década de 1970 eram consideradas top, o piloto automático. O Lincoln ainda possui travas nas portas e faróis retráteis, tudo movido por um sistema a vácuo mantido pela pressão do próprio motor. “Ele veio dos Estados Unidos assim como está, com 32 mil milhas originais, apenas troquei os pneus”, contou o empresário que é proprietário de outros antigos, entre os quais uma Mercedes 1977.

Outra estrela da mostra de antigos, em termos de consumo, oposta ao Lincoln de Marcelo, foi a motoneta italiana 1962, que recebe a manutenção improvisada feita pelo próprio dono, o pipoqueiro João Alves Lourenço. Ele não é associado ao Veteran, mas participou como convidado, chamando a atenção do público por integrar-se perfeitamente ao motivo do evento. “Ela é viajada. Vou com ela para o litoral. Às vezes vendo pipoca, às vezes caldo de cana”, disse ao se referir ao percurso que faz com um consumo de um litro de gasolina a cada 40km rodados, puxados por um motor dois tempos.

Novidades

As novidades dessa edição do encontro promovido pelo Veteran Car foram a mudança da área utilizada para a exposição, que passou para a parte frontal e coberta do estacionamento externo do Legislativo; a participação das ong's Cozinheiros do Bem e Trânsito Seguro, que, respectivamente, receberam doações de alimentos não perecíveis e realizaram oficina educativa para os pequenos; a instalação de um palco coberto, por onde passaram diversas bandas de rock, e a permissão para a venda de peças para os antigos, roupas, adesivos, chaveiros, quadros e miniaturas customizados. Na área da alimentação também houve mudança; somaram-se à tradicional pipoca, um carrinho de quentão, dois food trucks e um food beer.

Texto: Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)