Cece constata problemas estruturais e falta de funcionários no Atelier Livre

A falta de estrutura e de pessoal foi pauta na visita da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) ao Atelier Livre da Prefeitura, localizado no Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues. O Atelier também abriga o Teatro Renascença, a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães e a sala Álvaro Moreyra. O local, com 56 anos de história, enfrenta problemas como fiação elétrica antiga, falta de mesas e cadeiras, cupins nos assoalhos e carência de professores.

A assistente administrativa Rejane Silva afirmou que o maior problema do Atelier é a falta de concursos públicos para professores de artes: “A nossa demanda é por um novo concurso para professores de gravura, desenho, cerâmica, pintura, entre outros. A equipe está com dez professores, e metade deles está para se aposentar”. Rejane disse ainda que grandes nomes das artes plásticas do estado estudaram ali, como Vasco Prado e Xico Stockinger, este último dando nome ao Atelier Livre.

A professora Ana Flávia declarou que não há novos concursos na instituição há dez anos, e afirmou: “Existem poucas escolas como esta no Brasil, mas a cidade não a conhece e, portanto, não a valoriza. A produção de cultura é essencial, não um adorno social.”

A vereadora Sofia Cavedon (PT) afirmou que “o Atelier acaba sendo o único lugar público da cidade para onde se pode encaminhar os artistas”. O presidente da Cece, vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), disse que o Atelier “tem tudo sobre a história do Rio Grande do Sul”. “Nós, políticos, temos que ter um olhar mais profundo e carinhoso para esse Centro Cultural”, declarou o vereador. 

Foi encaminhada pela comissão uma Indicação para o Executivo solicitando os reparos necessários no local. Também estiveram presentes na visita os vereadores Reginaldo Pujol (DEM) e Mendes Ribeiro (PMDB).

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)