Comissões

Cece deverá oficiar Executivo por pagamentos devidos ao Fumproarte

  • Distribuição de processos e votação de pareceres a respeito do não repasse dos valores ao FUMPROARTE. Na foto, ao microfone, José Miguel Ramos, representante da Secretaria Municipal da Cultura.
    Sisto junior, (ao microfone), lembrou que dívidas do programa vêm desde 2013 (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)
  • Distribuição de processos e votação de pareceres a respeito do não repasse dos valores ao FUMPROARTE. Na foto, a vereadora Fernanda Melchionna, Fabio Cunha, do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões e Patrick Acosta, do Sindicato dos Músicos do RS.
    Do Sated, Fábio Cunha pediu que prefeitura lance edital ainda em 2017 (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)
A Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre deverá oficiar o Poder Executivo solicitando que sejam ampliados pagamentos devidos a projetos executados pelo Fumproarte. As discussões sobre atrasos nos pagamentos, bem como sobre possibilidades de lançamento de edital para a execução de novas propostas foram o tema de reunião da comissão, na tarde desta terça-feira (26/9).

Além da correspondência a ser encaminhada à prefeitura, as vereadoras Fernanda Melchionna (PSOL) e Sofia Cavedon (PT) sugeriram que a classe artística se mobilize em reivindicações junto ao governo municipal em defesa da aplicação das verbas previstas legalmente para o Fumproarte. Também por deliberações da reunião, a Cece deverá trabalhar por melhorias nos valores previstos para programas de cultura estabelecidos no orçamento do Município. “Precisamos melhorar a questão dos fundos”, defendeu Sofia.

Editais 

Durante a reunião, o presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões (Sated), Fábio Cunha, lembrou que pelo menos dois editais do Fumproarte eram lançados anualmente pela prefeitura. Ele lamentou que neste ano nenhum ainda tenha sido divulgado e sugeriu que verba correspondente a 3% do repasse do Fundo de Participação dos Municípios, estabelecida por lei para a área, fosse dividida entre o Funcultura e o Fumproarte, como forma de dar continuidade ao programa. “Nós não geramos a crise”, afirmou, e destacou: “Em 20 anos, esta será a primeira vez que a lei não será cumprida”.

A respeito do programa, José Miguel Ramos Sisto Junior, gerente do Fumproarte na Secretaria Municipal de Cultura, lembrou que em 2016 foram lançados pelo Executivo cinco editais pelo Fumproarte, com a contratação de 22 projetos. “Nada foi pago”, salientou ele, ao dizer que, além desses, a atual administração também herdou dívidas de projetos correspondentes aos anos de 2013, 2014 e 2015. Sisto Júnior disse ainda que o Fumoproarte, como programa de fomento, continua buscando formas de apoiar e promover a cultura: “Não vamos medir esforços para isso”.

Pagamentos

Sobre os pagamentos em atraso, conforme Lisiane dos Santos Baum, da Secretaria Municipal da Fazenda, as dívidas da prefeitura com fornecedores e prestadores de serviços, de exercícios anteriores, deverão ser quitadas até o final de 2018, conforme cronograma estabelecido em lei municipal aprovada pela Câmara da Capital no mês de agosto. “Todos os valores abaixo de R$ 8 mil já foram contemplados. Aqueles até R$ 15 mil serão pagos até o final de novembro”. Nestes pagamentos também estão incluídos projetos do Fumproarte. Valores maiores serão pagos a partir de janeiro de 2018.

Além das vereadoras Sofia e Melchionna, acompanharam a reunião da Cece, presidida pelo vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), os vereadores Reginaldo Pujol (Dem), Alvoni Medina (PRB) e Ricardo Gomes (PP). Também participaram das discussões Patrick Acosta, do Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimus/RS); Eunice Beatriz Schwengber, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão; Eduardo Augusto Pohlmann, da Secretaria Municipal de Cultura; e Mário de Lima, da Secretaria Municipal da Fazenda.

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)