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Cedecondh avalia fim das atividades do Restaurante Popular

Restaurante Popular. Na foto: vereador João Bosco Vaz, vereadora Lourdes Sprenger, vereador Comissário Rafão Oliveira, vereadora Fernanda Jardim, vereador Marcelo Sgarbossa, Diretor Geral de Direitos Humanos da Prefeitura Dario Pereira, nutricionista Vanuza Rosa e liderança do Movimento Rua Édison Campos.
Histórico e informações sobre serviço de refeições a R$ 1,00 foi apresentado na Câmara Municipal (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

O fechamento do Restaurante Popular foi o tema de debate na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre na tarde desta terça-feira (14/5). Localizado na Rua Santo Antônio no Bairro Floresta, o estabelecimento cessou seu atendimento na quinta-feira (9/5), após o encerramento do contrato entre o Executivo Municipal e a prestadora do serviço. Até o fechamento deste local moradores em situação de rua, idosos, população em situação de vulnerabilidade e pessoas carentes de outros municípios recebiam alimentação pagando o valor de R$ 1,00. O atendimento contemplava em torno de 600 pessoas dia. 

De acordo com Dari Pereira, diretor de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esportes (SMDSE), até que sejam implementados os cinco novos pontos de distribuição de comida que substituirão o antigo restaurante, o atendimento será feito de modo provisório no Ginásio Tesourinha, onde uma carreta da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) vem servindo cerca de 170 refeições por dia. “Mas agora somente para pessoas em situação de rua que foram cadastradas”.

Pereira informou ainda que os novos restaurantes serão implementados no Centro Histórico, Restinga, Lomba do Pinheiro, Eixo Baltazar e Glória/Cruzeiro. “Para que isso aconteça estamos preparando uma nova proposta de restaurante e o edital com as informações deverá ser lançado em breve”, disse ao ressaltar que a ideia é descentralizar o atendimento. Ele comunicou também que no Centro deverão ser atendidas 350 pessoas e nos Bairros 50 pessoas dia. “De segundas a sextas-feira”.

Provisório 

A nutricionista do Executivo Municipal, Vanuza Rosa, fez um relato do histórico do Restaurante Popular em Porto Alegre. Disse que antes existia uma parceria entre os governos Federal, Estadual e Municipal. “Desde de 2017 somente a prefeitura banca tudo”, disse ao informar que o custo anual é de R$ 1,850 milhão. “Em média R$ 14,69 cada refeição”. 

Edson Campos, do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) questionou a mudança do endereço para o Tesourinha, mesmo que provisória. “Na Santo Antônio tínhamos atendimento para os turberculosos que, antes do almoço, recebiam remédio, e agora temos que fazer duas caminhadas”, reclamou ele. 

George Carneiro, da Defensoria Pública da União, disse que recebeu com surpresa a notícia do fechamento do Restaurante Popular. “Ficamos sabendo pela mídia”, ressaltou dizendo que a Defensoria vai acompanhar passo a passo as novas medidas do Executivo. “Vamos acompanhar desde o edital até a implantação dos novos locais”, comunicou Carneiro. Quanto às instalações provisórias também disse que deveriam ter pensado num local mais definitivo, sem atrapalhar as atividades diárias do Tesourinha que, segundo ele atende em torno de mil pessoas diariamente na prática de ginástica e fisioterapia. 

O vereador João Bosco Vaz (PDT) também questionou a instalação no Tesourinha. “Porque não instalaram no Galpão da EPTC que fica em frente ao ginásio”, reclamou. O vereador disse que irá ajudar a achar um novo local até que os definitivos sejam implementados. “Me proponho a fazer isso em função as atividades no Tesourinha que tiram as pessoas de casa e dos hospitais. É um espaço de convivência”. 

O vereador Comissário Rafão Oliveira (PTB), vice-presidente da Comissão e que conduziu a reunião,  disse que o governo não foi omisso e está fazendo a sua parte. “Está providenciando novas instalações e nós aqui, enquanto comissão, estaremos atentos”.

Também participaram da reuniãoos vereadores lourdes sprenger (MDB), Fernanda Jardim (PP) e Marcelo Sgarbossa (PT). 

 

Texto

Regina Andrade (reg. pProf. 8.423)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)

Tópicos:Ginásio TesourinhaRestaurante Popular