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Cedecondh discute a importância da doação de sangue

  • Reunião sobre a importância da doação de sangue.  Presentes representantes do hemocentro, Maria de Lurdes Peck, e Hospital Independência, Sérgio Felizardo Medina
    Doações de sangue costumam sofrer diminuição nos períodos de férias das pessoas (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Reunião sobre a importância da doação de sangue.  Presentes representantes do hemocentro, Maria de Lurdes Peck, e Hospital Independência, Sérgio Felizardo Medina
    Maria de Lourdes Peck (e) ressaltou importância de pessoas serem incentivadas a doar sangue (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre se reuniu, na tarde desta terça-feira (19/2), para discutir a importância da doação de sangue na Capital, principalmente neste período do ano, de férias. Com a presença dos vereadores integrantes da Comissão, de representantes do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul, do Hospital Independência e demais representantes sociais interessados no assunto, o encontro ocorreu na sala de reuniões do Legislativo.

Segundo a coordenadora de captação de doações do Hemocentro, Maria de Lourdes Peck, as doações, neste período do ano, ocorrem em menor quantidade. “O Hemocentro atende em torno de 40 hospitais, o HPS e três hospitais com atendimento neonatal”, informou. "No entanto, há a baixa de 40% das doações nesta fase, porque as pessoas têm outras prioridades como, por exemplo, as viagens delas”, disse. 

“Poderíamos trabalhar as comunidades sobre a importância de doar sangue”, sugeriu Maria ao enfatizar a necessidade do armanezamento de sangue não apenas para cirurgias programadas. “Acontecem acidentes e urgências. Precisamos de um estoque à disposição”, comentou. “O Hemocentro tem a capacidade de estocar de cem a 150 bolsas de sangue por dia”, explicou. Todavia, a coordenadora deixou claro que, às vezes, ele recebe cem doações, “mas tem dias que são apenas nove”, lamentou.  

Para o médico hematologista e hemoterapeuta do Hospital Independência, Sérgio Felizardo Medina, também “precisa haver uma movimentação da sociedade”. “Nós não produzimos sangue, não vendemos ele", reforçou. A única maneira de estocagem, de acordo com Medina, é a doação. O médico mencionou o medo que as pessoas têm por causa de mitos. “Mas qualquer pessoa pode doar. Não há prejuízo para a saúde. Um pessoa pode salvar até quatro vidas”, destacou o especialista.

Vereadores

"Estou acostumado com essa necessidade", mencionou o vereador Comissário Rafão Oliveira (PTB). "Não raras vezes policiais são feridos", disse. No entanto, o parlamentar relatou "que isso é triste, porque estamos em 2019 e ainda temos que fazer esse tipo de reunião para salvar vidas". "Sou um homem de ação e o ato de doar sangue é muito simples", expressou o petebista ao sugerir que se estimulem as doações na Câmara, a partir de iniciativa da Cedecondh.

"Minha fala é de quem doou, doa e de quem já precisou de sangue", recordou o vereador Cláudio Conceição (DEM). "Nós só damos valor quando precisamos", disse Conceição ao lembrar o dilema enfrentado. "Que possamos fazer um esforço conjunto", falou. "Toda ação, grande ou penquena, soma no final", comentou. O vereador também apoiou a ideia do colega Rafão Oliveira para que se estimulem as doações na própria sede do Legislativo Municipal.

"Vamos fazer campanha na Câmara como um gesto de chamar a atenção da socidade", finalizou o presidente da Cedecondh, vereador Moisés Barboza (PSDB). Na oportunidade, também estiveram presentes a vereadora Lourdes Sprenger (MDB) e os vereadores João Bosco Vaz (PDT) e Marcelo Sgarbossa (PT). Mais informações sobre os motivos de ser um doador, sobre quem pode doar, assim como outras dúvidas podem ser respondidas por meio do site: saude.gov.br/doesangue 

 

Texto: Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:doação de sangue