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Comunidade reclama de alagamentos causados pelas obras da Tronco

  • Duplicação da Tronco: os prejuízos para a comunidade e para a cidade. Representante da comunidade ao microfone
    Sgarbossa (c) ouviu as queixas de moradores da Vila Tronco (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Duplicação da Tronco: os prejuízos para a comunidade e para a cidade.
    Comunidade reclama de transtornos causados pela obra (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Representantes do Executivo e da comunidade reuniram-se nesta terça-feira (18/04) para discutir sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos moradores da Vila Tronco após o início da obra de ampliação da via no local. Conforme o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre, a reunião foi pedida pela comunidade da região, que reivindica soluções emergenciais, principalmente em relação aos alagamentos constantes e à falta de saneamento básico no local. "São diversos transtornos enfrentados pelos moradores mas nada se compara aos alagamentos que vêm ocorrendo na região e que têm tirado as pessoas de suas casas", explicou o vereador.

O coordenador da União das Associações de Moradores de Porto Alegre  (Uampa), Valdir Bongas, destaca que desde que a obra começou, em 2010, a população nunca teve acesso ao projeto e nem participação efetiva nas comissões do conselho gestor. “O direito dos moradores deve ser respeitado. A reestruturação de uma nova comissão para que se resolva as questões de conclusão da obra são de extrema necessidade, sendo um canal permanente para garantir o cumprimento e a garantia dos direitos do cidadão”, enfatiza.

Comunidade

Moradora do Acesso 8 da Moab Caldas há oito anos, Andrea Fabrícia Rodrigues relatou as dificuldades que enfrenta após o início da duplicação da Avenida Tronco. Estou há quatro meses sem ter onde morar e perdi todos os móveis e utensílios domésticos em razão dos constantes alagamentos. São 20 famílias residindo especificamente neste acesso, que é o principal local afetado pela obra. Só queremos viver com dignidade”, desabafa a moradora.

Conforme o engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Rogério Baú, a gestão atual do Executivo municipal tem 120 dias para revisar todas as obras inacabadas na capital. Afirmou já conhecer a situação relatada pelos moradores na Vila Tronco e explicou que a prefeitura está trabalhando para dar maior prioridade nas obras emergenciais e sanar os principais transtornos com medidas imediatas e, posteriormente, com a conclusão das obras. “Ouvindo o relato dos moradores, percebemos que muitos dos problemas necessitam da participação mais efetiva das secretarias responsáveis em se integrarem trabalhando em conjunto com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população”. O engenheiro falou ainda que os recursos são escassos, mas que ações práticas podem fazer toda a diferença se todos trabalharem juntos. 

Sgarbossa definiu com os moradores da Vila Tronco enviar ao Executivo um pedido de acesso ao projeto para que a população se aproprie da planta de execução e também a participação efetiva da comunidade nos grupos de trabalho criados pela prefeitura.

Também participaram da reunião representantes do Centro Administrativo Cruzeiro, Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Assuntos Institucionais e Associação de Moradores.

Texto: Pricila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)