Hospital Parque Belém reabrirá atendimento pelo SUS

 

Consolidado através da projeção de metas físicas e financeiras, desenvolvidas pela construção coletiva entre os governos estadual e municipal, em ação conjunta com a União, o Plano Operativo foi decisivo para o Hospital voltar a atender a população, ressaltou o diretor-presidente do HPB, Luiz Augusto Pereira. “Cabe aos partícipes, agora, construir o caminho e efetivar o que foi planejado. Eu gostaria de agradecer a todos que têm contribuído para a revitalização do hospital e, em especial, ao secretário de Saúde, Carlos Casartelli, pelo seu comprometimento com as políticas públicas da cidade para o bem da comunidade”, refletiu Pereira, lembrando que, em 74 anos de história, o HPB nunca fechou as portas, e os salários dos servidores sempre foram pagos.

O secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, afirma que, para atender as demandas do novo Plano, o Hospital Parque Belém precisará da verba de R$ 1 milhão mensais (oriundos de incentivos estaduais e federais) e mais, aproximadamente, R$ 970 mil para investimentos na produção. A proposta foi construída colaborativamente, com o auxílio permanente da Secretaria da Saúde da Capital. “Reiteramos que o Plano foi elaborado com a ajuda dos núcleos internos de gestão desta entidade. Fizemos em 60 dias um cronograma de resultados a fim de prestar um atendimento de qualidade (em alta complexidade) para a população desta região da cidade. Fizemos estudos e prognósticos. Queremos que os usuários do SUS recebam o mesmo tratamento de alguém com plano de saúde. É preciso regularizar o fluxo do serviço prestado”, afirmou Casartelli, constatando que o estado do Rio Grande do Sul tem recebido um grande incremento de aporte de recursos novos para os municípios gaúchos.

 

Conforme o representante da Secretaria Estadual da Saúde, Márcio Belloc, que também integrou as reuniões do Grupo de Trabalho do HPB, os encontros foram fundamentais para chegar ao Plano Operativo, assinado hoje. “Com o Plano consolidado, queremos recuperar a instituição e abrir as portas do Hospital para a população. Temos essa missão conjunta.”, ponderou.

 

De acordo com a superintendente do Hospital, Cláudia Abreu, a programação da reabertura dos leitos para internações do SUS e cirurgias será gradual. “Estamos construindo o retorno das atividades do Hospital para retomar o atendimento. Após a fase de internações clínicas do SUS suspensas, precisamos organizar as adequações relativas à segurança dos pacientes”, afirmou, ressaltando que 50 leitos clínicos terão reabertura imediada, 24 horas após a assinatura do Plano Operativo.

Ainda, segundo relato de Cláudia, a instituição privada filantrópica nunca parou de operar com o atendimento para a Saúde Mental e é referência pela implantação do primeiro centro clínico para dependentes químicos de crack. A superintendente ratificou que, a partir de agora, o Hospital terá 242 leitos para atender a comunidade, cerca de 62% a mais do que existia anteriormente. Destes leitos, 80% das vagas serão disponibilizadas para pacientes do SUS e 20% para convênios particulares (distribuídos em 27 leitos para cirurgia geral e 215 para internações clínicas, entre leitos reservados para saúde mental, longa permanência e neurocirurgia). As especialidades oferecidas vão atender serviços de alta complexidade (neurocirurgia) e média complexidade (nefrologia e cirurgia geral).

Serão 20 leitos para o atendimento da UTI (14 para SUS e seis para planos de saúde). Em relação ao Pronto Atendimento, 100% dos pacientes serão oriundos do Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. “O hospital terá atendimento de portas fechadas. Os pacientes serão atendidos pelo Sistema Integrado do Samu”, observou Cláudia, acrescentando que os serviços de traumatologia e ortopedia ainda não estão disponíveis.

Representantes da Câmara Técnica do HPB e integrantes da comunidade, o coordenador Lauro do Val e os servidores Arlete Mazo e Ivo Fortes, falaram pela entidade reconhecendo a conquista da Prefeitura da Capital, em ação conjunta com os governos estadual e federal, pela idealização e execução do Plano Operativo.

 

“Foi feito um diagnóstico do Hospital e, agora, estamos com o resultado concreto. Hoje é um dia de grande significado e real concretização de nossos sonhos, fruto de um entendimento coletivo”, concluiu Ivo, que trabalha há 10 anos no HPB e foi um dos maiores incentivadores do Plano.

Em 2014, o Hospital, inaugurado em novembro de 1940, comemora 80 anos de fundação de sua mantenedora, o Sanatório Parque Belém.

Estiveram também presentes, na reunião, entre outras personalidades e servidores do Hospital, o representante do Sindicato Médico do RS (Simers), Germano Bonow; o secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Humberto Goulart; e o vereador Delegado Cleiton (PDT).