Sessão solene

Independência do Brasil é celebrada pela Câmara de Porto Alegre

  • Sessão Solene em homenagem à Semana da Pátria. Na foto, autoridades militares com os vereadores Comandante Nádia (blazer vermelho), Cassio Trogildo (gravata vermelha) e João Carlos Nedel (gravata verde).
    Autoridades militares e vereadores homenagearam o Sete de Setembro (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão Solene em homenagem à Semana da Pátria. Na foto, o presidente da Liga da Defesa Nacional do RS, Marco Dangui Pinheiro
    Marco Pinheiro destacou a importância do espírito patriótico entre os brasileiros (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Por proposição da Mesa Diretora, a Câmara Municipal de Porto Alegre realizou, na tarde desta terça-feira (05/9), sessão solene em homenagem à Semana da Pátria. Realizada no Plenário Otávio Rocha, a solenidade foi presidida pelo vereador Cassio Trogildo (PTB). Proponente da homenagem e representante da mesa diretora, o vereador João Carlos Nedel (PP) destacou que o Hino Nacional tem como destaque a independência da pátria. Lembrou também que a Liga da Defesa Nacional foi a principal responsável pela homenagem, demonstrando a valorização que as Forças Armadas representam para a nação. O vereador lembrou ainda que é uma tradição da Casa reverenciar "a pátria de todos nós" nesta semana. Disse que muito tem se falado sobre o conceito de Pátria.

“Ser brasileiro não importa a condição de inferioridade e, sim, tem o direito de proclamar, sem receio de confrontar outros países, como um dos mais dignos do mundo. Vivemos em um país com uma história democrática e com Forças Armadas fortes e de uma nação reconhecida mundialmente como potência. E é importante esta data para nos relembrar de que a pátria é a nossa família amplificada”, disse Nedel. E encerrou sua fala enfatizando a sua relação de amor, fé e confiança com a pátria, apesar do momento que o país vive atualmente e declarou: “Ama com orgulho a terra que nasceste e viva a pátria brasileira”.

Conclamação

O representante da Liga da Defesa Nacional, Marco Dangui Pinheiro, disse estar lisonjeado em poder representar a todos os militares e ressaltou o grande valor que todos os brasileiros têm de ter a Câmara Municipal como palco desta homenagem à pátria. E lembrou que a Liga completou 100 anos de existência tendo como objetivo se inserir num ideário nacionalista que fomenta o conceito de "cidadão-soldado", considerando as Forças Armadas como uma escola de civismo e cidadania e acreditando que os intelectuais deveriam se engajar na causa nacionalista, a fim de formar um Estado mais unido e moderno. “A independência do Brasil, comemorada no dia sete de setembro, deve ser um dos maiores valores a serem considerados. As questões materiais, muitas vezes, se sobrepõem à responsabilidade e ao respeito. É preciso conhecer melhor a nossa história”. O representante da Liga conclamou todos a desenvolverem um espírito patriótico e de amor à pátria.

Também estiveram presentes à solenidade o representante do Comando Militar do Sul, general de divisão Valério Stumpf Trindade, o comandante da Ala 3, brigadeiro do ar Arnaldo Silva Lima Filho, a representante da Capitania dos Portos de Porto Alegre, primeira tenente Camila do Amaral Aleixo Martins, o representante do Estado do Rio Grande do Sul, coronel José Henrique Gomes Botelho, diretor do departamento administrativo da Brigada Militar, e também os vereadores Ricardo Gomes (PP), Comandante Nádia (PMDB) e Mônica Leal (PP).

Semana da Pátria

A Semana da Pátria é comemorada entre os dias 1º e 7 de setembro. Durante a Semana, é relembrada a história da independência do Brasil, que foi proclamada em 7 de setembro de 1822. Para se tornar independente, o Brasil passou por diversas fases de mudança que permitiram que isso ocorresse. Começando pela vinda da Família Real para o Brasil, quando, em 1808, dom João VI deixou Portugal com sua família fugindo com medo da invasão de Portugal pela França, liderada pelo exército de Napoleão, o que possibilitou que o Brasil se desenvolvesse, uma vez que se tornou a sede da corte Portuguesa.

Aqueles que ficaram em Portugal estavam descontentes e começaram a pressionar dom João para seu retorno a Portugal, que acabou ocorrendo tempos depois. Porém, dom João deixou seu filho, o príncipe regente dom Pedro I no comando do Brasil, tentando agradar os dois países. Após assumir o comando, dom Pedro I percebeu que o interesse de Portugal era o de explorar os recursos do Brasil, tornando-o novamente uma colônia e resolveu tomar decisões que fossem mais favoráveis ao país, ganhando assim apoio do povo e da elite.

Portugal então pressionou dom Pedro a voltar à Europa de forma imediata e determinou que representantes portugueses assumissem o governo; porém, os fazendeiros e comerciantes mais influentes no Brasil, vendo o risco de perder as vantagens obtidas no governo de dom Pedro, fizeram um grande abaixo-assinado pedindo que ele continuasse no Brasil e declarando o seu apoio e também iniciando as conversas sobre a independência. Em 9 de janeiro de 1822, ao receber o abaixo-assinado, dom Pedro declarou que continuaria no Brasil: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”. Esta data passou, então, a ser conhecida como o Dia do Fico. A partir disso, dom Pedro nomeou para o governo aqueles que o apoiavam e eram a favor da independência do Brasil e determinou que todas as ordens vindas de Portugal teriam que passar por sua aprovação.

Texto: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)