Plenário

Irmão marista pode nomear rua no Mario Quintana

O irmão Antônio Cecchin faleceu em novembro do ano passado

Vereador João Carlos Nedel vota projeto de sua autoria na Câmara.
Vereador João Carlos Nedel, autor do projeto de lei (Foto: Carolina Andriola/CMPA)

Está em tramitação, na Câmara Municipal de Porto Alegre, o Projeto de Lei nº 286/16, apresentado pelo vereador João Carlos Nedel (PP), que denomina Rua Irmão Antônio Cecchin o logradouro público conhecido como Rua 3.797, localizado no Bairro Mario Quintana, zona norte da Capital. A proposta visa homenagear o religioso, falecido no final do ano passado.

De acordo com a justificativa do projeto, Cecchin, nascido em Santa Maria, manifestava desde cedo a vocação para a vida religiosa. Ele iniciou o apostolado em 1946, como escolástico, professor e secretário nos colégios maristas Champagnat e Rosário. Após, mudou-se para a Europa, onde realizou estudos na França e na Casa Geral dos Irmãos Maristas, em Roma, na Itália.

Na volta ao Brasil, foi diretor do Colégio São Luís, em São Leopoldo, e do Colégio Marista Champagnat. Trabalhou também na Residência Marista Champagnat e na Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Porto Alegre. “Desde 1969, foi militante de movimentos sociais, organizou catadores e cooperativas de reciclagem e fundou diversos organismos, como a Comissão Pastoral da Terra do Rio Grande do Sul, a Pastoral da Ecologia, a ONG Caminho das Águas e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”, destaca o autor da proposta. 

Nedel lembra também que o Irmão Antônio Cecchin foi o criador da Romaria da Terra e da Romaria das Águas e desenvolveu atividades pastorais nas periferias da Região Metropolitana de Porto Alegre, além de atuar como assessor de comunidades eclesiais de base de catadores e de recicladores e coordenar o Comitê Sepé Tiaraju e a Pastoral da Ecologia do Regional Sul III da CNBB. 

O homenageado, que formou-se em Letras e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) na década de 1950, faleceu em novembro de 2016, aos 89 anos. As placas denominativas do logradouro conterão, abaixo do nome, os dizeres: “Irmão marista”.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)