Plenário

Luiz Miranda contesta fechamento do minizoo na Redenção

Professor destacou história do minizoo na defesa feita Foto: Lívia Stumpf
Professor destacou história do minizoo na defesa feita Foto: Lívia Stumpf

Contrário a retirada do Minizoo Palmira Gobbi Dias, localizado no Parque Farroupilha (Redenção), o professor Luiz Miranda participou, nesta quinta-feira (19/5), da Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre. Representando o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs-Sindical), ele disse discordar das alegações daqueles que defendem a transferência dos animais para outra localidade.
 
“Tenho visto informações esparsas e de pequena dimensão, das quais não se pode ter clareza do que é e de quem quer promover a extinção do minizoo de Porto Alegre, que tem 84 anos”, observou Miranda. O professor destacou que nunca ocorreram problemas de zoonoses em função do zoológico. Ele mostrou-se preocupado com a origem da iniciativa, que segundo ele é baseada em alegações de que os animais são submetidos a estresse. “É uma acusação genérica e que carece de explicações”, apontou.
 
Luiz de Miranda argumentou que animais em cativeiro ficam estressados por três razões: alta densidade demográfica; existência de sujeira próxima a alimentos e a própria falta de alimentos. Segundo ele, quem visita o minizoo, em qualquer momento, perceberão que não se encontra nenhum tipo de sujeira no chão, mesmo que o local esteja aberto à visitação de crianças, que disse passarem por um processo de educação ambiental. “Não precisamos ser biólogos para saber que os animais estão bem. Não há estresse na manifestação destes animais”.
 
O professor ponderou que a medida não vem da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), que administra o zoológico. “Não se sabe com clareza (as razões para o fechamento). Um das alegações é de superlotação, mas que carece de comprovação. O Ibama também tem algo a dizer sobre isso”, sustentou Miranda ao lembrar que existem animais no minizoo, como um macaco, com 40 anos de idade, o que comprovaria que há reprodução em cativeiro, e também atestaria que não estão estressados.
 
“Algumas ‘damas’ que amam animais não querem ver eles em cativeiro, mas sabemos que se jogá-los na natureza vamos condená-los a morte”, disse Miranda em referência a primeira-dama da Capital, Regina Becker. O professor questionou, ainda, o suposto envio dos animais para um cativeiro particular em Santa Maria. Ele pediu que os vereadores fiscalizem esta ação junto ao Executivo. “É o único espaço possível para milhares de pessoas de baixa renda visitarem um zoológico. O minizoo pode ofertar isso a elas”, conclui.
 
A presidente da Câmara, vereadora Sofia Cavedon (PT) sugeriu que o assunto seja tratado pela Casa com mais esclarecimentos, e ouviu dos presidentes da Cosmam (Meio Ambiente) e da Cece (Educação e Cultura) que as pautas poderão ser tratadas nestas duas comissões permanentes do Legislativo.

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)