Luto

Morre o ex-vereador Sadi Schwerdt

  • Sessão de autógrafos e exposição de documentos do ex-jogador de futebol e ex-vereador da CMPA, Sadi Schwerdt.
    Sadi Schwerd foi vereador de 1973 a 1982 (Foto: Henrique Ferreira Bregão)
  • Sessão de autógrafos e exposição de documentos do ex-jogador de futebol e ex-vereador da CMPA, Sadi Schwerdt.
    Em 2017, o ex-jogador e ex-vereador autografou sua autobiografia na Câmara Municipal (Foto: Henrique Ferreira Bregão)

O ex-vereador Sadi Schwerdt faleceu, na manhã desta quarta-feira (27/2), em Porto Alegre. Ele está sendo velado na capela 5 do Cemitério João XXIII, onde será sepultado às 18h30min. Nascido em 1942 em Arroio dos Ratos (RS), Sadi Schwerdt, que se consagrou como capitão do time do Sport Club Internacional no final da década de 1960, foi vereador pelo MDB de 1973 a 1982. No final de 2017, o ex-vereador lançou, na Câmara, sua autobiografia intitulada Nosso Capitão (Editora Libretos, 2017).

Além da vida parlamentar, na autobiografia - que teve preparação de textos e edição do jornalista Paulo César Teixeira - Sadi resgata a carreira no futebol e histórias de bastidores das campanhas do Inter. O ex-vereador atuou na equipe colorada de 1966 a 1969, época em que o clube reuniu esforços para construir o Estádio Beira-Rio. Como jogador, diz a orelha do livro, ele se destacava pela “técnica apurada e o espírito aguerrido”, marcando época, tanto que foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasil nas temporadas de 1967 e 1968. Ele também integrou a equipe do Corínthians, em 1971, e no Atlético Paranaense, antes de jogar no Inter.

Na primeira eleição a vereador, Sadi recebeu 12.486 votos, sendo o segundo mais votado, atrás somente de Glênio Peres, também do MDB. Entre outras bandeiras, esforçou-se para buscar soluções para o transporte coletivo, tendo como prioridade o bem-estar da população e ainda a economia de combustível, já que, no início dos anos 70, a cidade sofria os efeitos da crise internacional do petróleo.

Foi então que Sadi teve a ideia de propor um projeto de lei criando os táxis-lotação, para oferecer uma opção mais qualificada de transporte e contribuir para a economia de combustível, pois as pessoas poderiam usar menos seus carros. Instituído pela Lei Municipal 4.187, de 26 de novembro de 1976, o serviço funciona até hoje.

Outro foco de Sadi como parlamentar foram as passagens escolares, criadas nos anos 50. Mas, como ele relata na biografia, os estudantes tinham direito a pagar metade do valor da passagem somente em 50 tíquetes por mês. “Para favorecer os alunos, especialmente os mais carentes, apresentei um projeto para ampliar esse número para 100, sempre que o usuário comprovasse a necessidade de utilizar duas conduções diárias para chegar à escola”, contava Sadi, proponente da Lei Municipal 4.572, de 26 de junho de 1979. No caso dos que usavam apenas uma condução, a quantidade mínima de passagens escolares foi elevada de 50 para 75, conforme a Lei Municipal 4.683, de 20 de dezembro de 1979, também de sua autoria.

Em 1982, Sadi convidado pelo líder da época do PMDB na Câmara, André Forster, a continuar trabalhando no Legislativo de Porto Alegre. Entre 1983 e 1996, ocupou diversas vezes os cargos de diretor de Patrimônio e Finanças e de diretor geral. O ex-vereador e ex-jogador ainda trabalhou no governo estadual, na gestão de Pedro Simon, como diretor-administrativo da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT).

Assessoria de Imprensa da CMPA