Plenário

Nagelstein lembra o Holocausto e saúda o Rosh Hashaná

Nagelstein pediu apoio a projeto de lei Foto: Elson Sempé Pedroso
Nagelstein pediu apoio a projeto de lei Foto: Elson Sempé Pedroso

Às vésperas do Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico, comemorado amanhã, o vereador Valter Nagelstein (PMDB) ocupou o Grande Expediente da sessão desta quinta-feira (17/9) da Câmara Municipal de Porto Alegre para resgatar a história dos judeus e do Holocausto. Nagelstein, integrante da comunidade israelita na Casa, também pediu apoio ao projeto de lei de sua autoria que institui a obrigatoriedade do ensino do Holocausto no currículo das escolas municipais da Capital.

"Amanhã, os judeus comemorarm 5.770 anos de história, desde que o patriarca Abraão saiu da Mesopotâmia e foi para onde hoje fica Israel, tendo como descendentes os judeus, os cristãos e os muçulmanos", iniciou. Nagelstein recordou que, ao longo de sua história, os judeus foram seguidamente retirados de suas terras. "A última epopeia começou no ano 70 de nossa era, quando foram expulsos pelo Império Romano e se espalharam pelo Oriente e o Ocidente, até a criação do Estado de Israel, em 1948, que possibilitou a volta à pátria", contou.

Em sua longa trajetória pelo mundo, conforme Nagelstein, no século XX os judeus foram vítimas de uma das mais trágicas experiências da história - o massacre promovido pelo governo nazista alemão a partir da década de 1930. Segundo Nagelstein, Adolf Hitler se voltou contra os judeus, alegando que haviam financiado os exércitos que derrotaram "e humilharam" a Alemanha na I Guerra Mundial, e perseguiu também ciganos, homossexuais e comunistas, outros "adversários do regime".

O auge da matança de judeus, segundo o vereador, ocorreu na II Guerra Mundial - iniciada em 1939, com a invasão da Polônia pela Alemanha -, quando se proliferaram os campos de concentração pela Europa. Como disse Nagelstein, nesses locais, com apoio de uma intrincada logística, os presos passaram a ser assassinados "em escala industrial" nas câmaras de gás. "De 1939 a 1945 (fim da II Guerra), 6 milhões de judeus foram exterminados", lamentou. "Por isso, o Holocausto é considerado um processo que não encontra paralelo na história e fica difícil entender como essa ideologia avançou."

Nagelstein informou que, com seu projeto de lei, pretende manter viva a lembrança do Holocausto entre as novas gerações. Na sua opinião, é fundamental guardar na memória esse período e as lições decorrentes, "ainda que seja dos mais pesados". O vereador encerrou o pronuncimento saudando a comunidade judaica de todo o mundo pelo Rosh Hashaná. "Vida longa a esse e a todos os povos", declarou. "Que a triste e trágica história do Holocausto nunca mais se repita!"

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)