Plenário

Sessão Ordinária / Comunicações de Lideranças

  • Votação do projeto de lei que regulamenta os aplicativos no transporte de passageiros em Porto Alegre. Na Foto: Vereador Adeli Sell
    Vereador Adeli Sell (PT) (Foto: Esteban Duarte/CMPA)
  • Votação do projeto de lei que regulamenta os aplicativos no transporte de passageiros em Porto Alegre. Na Foto: Vereadora Fernanda Melchionna na tribuna do plenário.
    Vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

No período destinado às comunicações de lideranças, na sessão desta quinta-feira (3/11) foram discutidos os seguintes assuntos pelos vereadores:

CARRIS - Fernanda Melchionna (PSOL) comentou que o prefeito eleito em Porto Alegre, Nelson Marchezan, tem declarado que há a possibilidade de privatizar a Carris se a empresa não parar de dar prejuízo financeiro ao município. A vereadora defendeu a manutenção da Carris como empresa pública, pois os saldos negativos obtidos nos últimos dois anos - de R$ 48 milhões, em 2015, e R$ 56 milhões, em 2016 - foram, segundo ela, consequência de uma “gestão temerária” na última década. “Nós não aceitaremos uma política de privatizações e estaremos ao lado dos trabalhadores”, porque foram os altos salários e as dezenas de cargos comissionados que iniciaram o problema financeiro na Carris. Melchionna ainda ressaltou que a empresa presta um serviço melhor do que as companhias que venceram a licitação do transporte coletivo no município, afirmando que “a Carris é uma empresa pública e tem o compromisso de prestar serviço à população”. (CM)

CARRIS II – Subindo à tribuna para falar em nome da bancada de oposição, Adeli Sell (PT) disse que “temos que colocar a Carris nos trilhos”, pois “empresa pública tem que ter gestão e servir ao interesse público, e não de interesse para acomodações político-partidárias”. O vereador relembrou que, no período em que o PT governou Porto Alegre, iniciou-se uma profissionalização da empresa, interrompido pelas últimas gestões. “Eu vou me dedicar para ajudar a reorganizar a empresa, buscando dialogar com todos aqui na Casa para acharmos, juntos, uma solução para a Carris.” Adeli Sell ainda pediu ao prefeito eleito pelo PSDB, Nelson Marchezan Jr, que "escute os funcionários e os usuários da Carris antes de tomar alguma decisão precipitada". (CM)

CARRIS III - Falando em nome do seu partido, PMDB, o vereador Idenir Cecchim apelou aos colegas da Câmara para adiar a discussão sobre a Carris para o início do próximo ano, para esperar o que o novo prefeito, Nelson Marchezan Jr, irá propor para a empresa. “Vamos esperar novas ideias. Eu não tenho nada contra privatização, mas concordo que ela precisa ser discutida. Temos que ter bom senso para fazer uma discussão que sirva para a cidade e para facilitar a vida dos cidadãos.” O vereador também comentou sobre as ocupações de escolas que estão ocorrendo em todo o país e criticou a atitude por comprometer a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Façam invasões depois do Enem, mas não criem este prejuízo para os estudantes brasileiros”, encerrou. (CM)

CARRIS IV - Cláudio Janta (SD) disse que era preciso reiterar o que havia sido dito nas campanhas eleitorais para a prefeitura municipal: se o novo governo não conseguisse transformar a Carris em uma verdadeira empresa, ela seria privatizada, vendida ou dada como falida. “Ela tem que funcionar como as outras empresas de transporte coletivo do município. Ela não pode tirar dinheiro da educação, saúde, áreas essenciais para fazer um sistema de transporte em Porto Alegre.” A Carris possui linhas importantes e com grande fluxo de passageiros, “o problema é a sua gestão, é a sua administração”. “Ela tem que ser administrada com muita seriedade”, finalizou o vereador. (CM)

CARRIS V - Engenheiro Comassetto (PT) comentou sobre mobilidade urbana, transporte público e sobre a empresa pública de transporte coletivo Carris. Ele sugeriu consulta popular sobre a possível privatização da Carris. “Devemos salvar a Carris, que está endividada há 8 anos e que, em 2015, teve prejuízo de R$ 40 milhões”, declarou o vereador. Comassetto ressaltou ainda que o partido apresentou propostas para melhoria da mobilidade urbana e “nada foi feito”, como duplicações de vias. Afirmou ainda que o PT vai reapresentar essas emendas para a nova legislatura. Por fim, o vereador falou sobre o Programa Municipal de Segurança nas Comunidades, projeto de sua autoria: “Não podemos deixar a periferia nas mãos das milícias. Nesse trabalho, a comunidade poderia fazer muito”. (AZ)

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
          Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)