Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto: vereadores Karen Santos e Professor Alex Fraga.
Vereadora Karen Santos e vereador Prof. Alex Fraga, ambos do PSOL (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (15/5), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras trataram dos seguintes assuntos no período de Lideranças:

SOBERANIA - Prof. Alex Fraga (PSOL) destacou a presença de trabalhadores da educação nas ruas de todo o Brasil nesta data: “lutando pelo direito de estudar”, conforme o vereador, que criticou proposta do governo federal de cortes de 30% no orçamento da educação. Para ele, investimentos nesta área não podem ser considerados gastos. “É um direito constitucional, a população não pode ser privada”. Prof. Alex salientou ainda que as universidades públicas são centros de produção de conhecimento. “Um país que não pesquisa, compra conhecimento cientifico, e isso sai caro”, afirmou e completou: “Parabéns àqueles que não aceitam esse corte de verbas”. (HP)

CONVÊNIO - Nelcir Tessaro (DEM) sugeriu que a prefeitura municipal promova convênio com a Ceasa para aproveitamento de sobras de alimentos lá comercializados, com vistas a atender com alimentação, moradores de ruas e trabalhadores de baixa renda. A proposta do vereador foi feita como contraponto ao fechamento do Restaurante Popular, e ao não mais atendimento dos trabalhadores de baixa renda. Tessaro, porém, cumprimentou a prefeitura por ter colocado caminhões com a distribuição de refeições nas proximidades do Ginásio Tesourinha, embora o atendimento seja feito apenas a moradores de rua. “Temos que pensar nas pessoas que sofrem”, salientou. (HP)

EDUCAÇÃO - Marcelo Sgarbossa ((PT) disse que o país está vivendo nesta quarta-feira um dia histórico. “Toda a área do ensino está mobilizada contra os cortes do governo Bolsonaro”, afirmou. “Ele está roubando o futuro do Brasil ao fazer estes cortes”. Sgarbossa também considerou uma “total insensibilidade” decisão da prefeitura em interromper o fornecimento de alimentação no Restaurante Popular, retomada, de forma provisória, como destacou, através de carretas emergenciais. “Peço fortemente que a prefeitura reveja seus critérios”, salientou ainda ao lembrar que atualmente apenas moradores de rua estão tendo acesso à alimentação distribuída. Conforme o vereador, o restaurante também atendia a idosos e trabalhadores de baixa renda. (HP)

CORTES – “Este é um dia muito importante de luta pela educação”, afirmou Karen Santos (PSOL) ao salientar que desde cedo estudantes, pais, mães e técnicos estão nas ruas do Brasil mobilizados contra cortes de 30% que deverão atingir a educação infantil, escolas, universidades e hospitais universitários. “Engana-se quem acha que a universidade não produz conhecimento”, disse ainda ela ao salientar que a crise na educação se reflete também na falta de empregos para os recém-formados. “Nossa solidariedade ao movimento de hoje, por um futuro mais digno para toda a nação”, destacou Karen. ”O projeto de educação deve ser acompanhado de um projeto de geração de empregos para tirar o Brasil da crise”, completou a vereadora. (HP)

FAMÍLIA - Hamilton Sossmeier (PSC) fez uma saudação pelos 71 anos do Estado de Israel, em nome do povo evangélico. Também lembrou que hoje se comemora o Dia Internacional da Família que, de acordo com ele, foi a primeira instituição criada na sociedade. “Família é um projeto divino e o Estado tem que viabilizar para que as famílias se mantenham unidas; permitir que haja educação coerente; e o direito de as pessoas terem uma vida estabilizada”, mencionou Sossmeier. Posteriormente, relatou que hoje esteve no Ginásio Tesourinha para ver de perto o trabalho que está sendo feito lá. Agradeceu a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos (Adra), que está prestando um serviço para a capital até que sejam implementados os cinco novos pontos de distribuição de comida. Por fim, o parlamentar comentou a preocupação dele sobre o assédio que idosos têm sofrido em relação a empréstimos consignados. (BSM)

CORTES II - Felipe Camozzato (Novo) falou sobre as manifestações pró-educação na cidade e disse que o corte de R$ 70 milhões na Ufrgs representa apenas 3,5% do orçamento de R$ 2 bilhões da universidade. "Isso corresponde ao corte do cafezinho no âmbito familiar”. Camozzato avaliou que os cortes na educação têm a ver com a irresponsabilidade fiscal e com a falta de lógica nos investimentos do ensino. O vereador se disse preocupado com os analfabetos funcionais, porque a educação básica, segundo ele, não tem os mesmos investimentos que a educação superior. “Os maiores cortes nas universidade federais vieram de 2013 para 2014, no governo Dilma”, relatou ao citar que, depois, os cortes continuaram nos anos subsequentes e nesse período não houve manifestações. Por fim, “é uma pena que prefiram fazer militância, passeata e greve ideológica”, lamentou Camozzato. (BSM). 

 

Texto

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)