Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto, vereadores Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro e Valter Nagelstein
Vereadores conversam durante a sessão plenária (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

No período destinado às Lideranças partidárias, na sessão ordinária desta quinta-feira (7/7), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre debateram os seguintes assuntos:

RENÚNCIA - Jussara Cony (PCdoB) abordou a renúncia ao mandato do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O poder legislativo é uma conquista da nação brasileira, que teve na figura de Cunha o significado antagônico da luta por liberdades democráticas”, declarou. A vereadora ainda o classificou como “uma figura chantagista, que cometeu crimes graves, como corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas”. “Seu crime maior foi usar o poder legislativo como instrumento de barganha política, sendo a principal figura de um golpe de estado”, salientou Jussara, referindo-se ao processo de impeachment aprovado na Câmara dos Deputados. (PE)

VAZAMENTO - Fernanda Melchionna (PSOL) também falou sobre a renúncia de Eduardo Cunha. “Não queremos que a saída da presidência signifique um acordão para que ele não seja cassado ou para que cessem as investigações que devem levá-lo à cadeia”, disse. A vereadora também comunicou que houve um vazamento na rede de distribuição de água da Capital, em um ponto próximo à Praça da Alfândega. “Um desperdício de água potável e dos recursos públicos”, exclamou. Para Fernanda, há um “desmonte” nos serviços que deveriam conter este tipo de problema. “Aí está o resultado para aqueles que defendem a política de desmonte do estado e privatização”, finalizou. (PE)

AUDIÊNCIA - Jussara Cony (PCdoB) mencionou a realização da Audiência Pública que tratou da ocupação Lanceiros Negros, realizada pela Câmara Municipal nesta quarta-feira (6/7). “ Estiveram presentes representantes do Ministério Público, Defensoria Pública do Estado, Procuradoria-Geral do Município, porém esteve ausente a Procuradoria-Geral do Estado, o que considerei um desrespeito com a Casa e os convidados”, afirmou Jussara, atestando que a ocupação ocorre em um imóvel de propriedade do governo estadual. A vereadora garantiu que a Câmara Municipal participará das negociações e, dentre outras medidas, solicitará à Assembleia Legislativa que também realize uma Audiência Pública para discutir o tema. (PE)

ABANDONO - Engenheiro Comasseto (PT) pronunciou-se sobre o que considera “um abandono da cidade de Porto Alegre”. “É algo cada vez mais visível pela população, que reivindica a atualização e aplicação do Plano Diretor da cidade”, ressaltou. Segundo o vereador, a Capital vem sofrendo uma “desorganização urbana” por não seguir o planejamento. “Há dez anos o município promete entregar um projeto sobre o mobiliário urbano”, afirmou. “Onde está o plano municipal de habitação de interesse social? ”, questionou Comassetto, frisando, por fim, que, em seu entendimento, “a cidade está abandonada”. (PE)

TOCHA -  Afirmando que a Tocha Olímpica chama muita atenção por onde passa, principalmente da imprensa, Cláudio Janta (SD) disse que o símbolo olímpico deveria “chamar a atenção dos nossos governantes” e passar “nos hospitais, nas casas de pais e mães que perderam seus filhos para o crime organizado e para a violência urbana e pelos descasos com a saúde pública”. O vereador criticou o evento, pois “trouxe mais dívidas para o país” e “vai propagandear um Brasil que vai ter que botar o exército nas ruas do Rio de Janeiro para garantir a segurança dos cidadãos”. O desejo de Janta é que a tocha mostrasse a realidade dos “estados e municípios sucateados” e “prefeitos que precisam mendigar dinheiro ao governo federal”. E sugeriu que a União faça um pacto para que as cidades “fiquem com a maior parte dos impostos arrecadados”, visto que são elas que atendem às principais necessidades da população. (CM)

SEGURANÇA – Reiterando que “segurança pública tem que ser política de Estado e não de governo”, Delegado Cleiton (PDT) criticou os recursos que são destinados pelo Estado à polícia civil. “O Estado libera R$ 200,00 de verba por mês para cada viatura. É um tanque de gasolina cheio de um carro popular para trabalhar por 30 dias e 24 horas por dia”. Segundo o vereador, o mês de “junho já tem 14 mil registros de ocorrências” nas delegacias da cidade, que estão operando com menos funcionários do que o necessário, prejudicando a recuperação e devolução de carros furtados. “Tem alguma coisa errada. Nós precisamos tirar alguns policiais que estão dentro da Secretaria de Segurança do Estado e colocar na rua”. Com este clima de insegurança, "as pessoas estão achando que bandido bom, é bandido morto e que nós temos que transformar a nossa cidade em um faroeste”. E finalizou afirmando que a segurança pública “deve ser tratada com respeito”. (CM)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
          Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)