Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário.
Movimentação em Plenário nesta quarta-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (8/8), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras falaram sobre os seguintes assuntos no período de Lideranças:

EDUCAÇÃO – Moisés Barboza (PSDB) destacou o lançamento, na terça-feira (7/8), de programa capitaneado pela Secretaria Municipal de Educação que propõe o desenvolvimento e a aplicação de programas, testes e soluções inovadoras para a rede de educação municipal, através de startups direcionadas ao tema. “Vai se buscar antecipar a educação do futuro no presente”, disse o vereador, e completou: “e também solucionar dilemas existentes na educação”. Barboza citou a importância desse programa, tendo em vista vivermos em “um mundo onde as coisas acontecem muito rápido. E as crianças precisam ter chances neste mundo”. Ele também destacou relatório de atividades da Procempa e lembrou que, desde o início da atual gestão, já foram economizados R$ 22 milhões nesta companhia. (HP)

MUNICIPÁRIOS I -  Aldacir Oliboni (PT) lamentou que o prefeito municipal não tenha estabelecido uma mesa de negociações com os servidores de Porto Alegre. O vereador destacou o fato de que, na terça-feira (7/8), ao ocuparem o Paço Municipal, esta seria a única reivindicação dos muncipários a ser encaminhada a Marchezan Júnior. “Conquistas históricas dos trabalhadores não podem ser eliminadas simplesmente num gesto de um prefeito que se acha o todo-poderoso”, salientou Oliboni. “Ele diz que quem governa é ele, e ele decide se vai receber o movimento de greve”. Sobre a ocupação da prefeitura, o vereador citou o fato de lá estarem trabalhadores que vêm sendo lesados em seus direitos e que estão há dois anos sem reposição salarial. “O prefeito nunca demonstrou a possibilidade de abertura de diálogo”, lamentou ainda. (HP)

MUNICIPÁRIOS II – “Repudio a gestão desastrosa, autoritária e incompetente para gerir o serviço público”, salientou Sofia Cavedon (PT), ao falar em liderança de oposição. “Esta greve é por conta desse perfil predador que não faz bem para Porto Alegre”, disse ainda ela em referência ao prefeito Marchezan Júnior. Conforme a vereadora, fatos verificados na terça-feira (7/8), incluindo a ocupação do Paço Municipal, refletem a inoperância e a falta de consciência política do prefeito e do vice-prefeito. “Os municipários ocuparam a prefeitura, não de forma violenta, ou de forma predatória” disse Sofia ao recordar que, uma semana antes, as portas haviam sido fechadas e ninguém recebeu a pauta de reivindicação da categoria. “Mudanças importantes estão acontecendo e o gestor acha que não tem que se reunir com ninguém”, criticou a vereadora. (HP)

MUNICIPÁRIOS III – Felipe Camozzato (Novo) destacou o fato de não pertencer à base de apoio ao Executivo na Câmara Municipal – “divirjo, e muito, com o prefeito Marchezan”, afirmou -, mas disse “repudiar veementemente” fatos verificados na terça-feira (7/8) na capital. “Repudio as práticas políticas autoritárias, violentas e de desinformação que a bancada dos municipários vem fazendo”. Conforme Camozzato, as duas bancadas de oposição no Legislativo, trazem à Casa servidores que “ofendem, chantageiam e ameaçam” vereadores contrários às suas reivindicações. “Respondem (os servidores) como massa de manobra de dois partidos desta Casa”, afirmou. “Querem colocar seus interesses acima de 1,4 milhão de habitantes que pagam impostos e reivindicam serviços de qualidade”, completou ainda o vereador. (HP)

MUNICIPÁRIOS IV - Alex Fraga (PSol), comentando os vetos do Executivo na lei dos motoristas de aplicativos, lamentou que o prefeito tenha “desconsiderado o diálogo entre os vereadores, cidadãos e profissionais motoristas”. Classificou o episódio como prática recorrente pela gestão municipal. Além disso, rebateu o discurso do vereador Felipe Camozzato (Novo), que não estava presente na manifestação de terça-feira dos servidores municipais, no Paço Municipal. “Os vereadores que criticaram o ato não foram até o local para averiguar a situação. Chegando lá, perguntei aos manifestantes, que me relataram tranquilidade. Cheguei um pouco mais tarde pois estava dando aula, mas acompanhei boa parte da manifestação, que me pareceu pacífica. Infelizmente o gestor da nossa cidade é alguém que não conversa, que não dialoga”, afirmou.  (AM)

 

POLÍCIA - “Uma mulher negra, homossexual, pobre e de periferia teve seu corpo encontrado ontem. Foi brutalmente assassinada. Morte horrível, assim como a da vereadora carioca Marielle Franco. Infelizmente, o caso não teve a mesma comoção pelos grupos defensores de direitos humanos porque a mulher encontrada ontem era uma policial”, lamentou Comandante Nádia (MDB). Também recordou o episódio da execução do cabo da Brigada Militar Valdeci de Abreu Lopes, que ocorreu em 8 de agosto de 1990, após manifestação do MST na praça da Matriz, onde, segundo ela, houve descaso pelo então prefeito da cidade. “Ignorante é aquele que acredita que a polícia é contra a democracia”, finalizou (AM)

 

CONTAS - Mauro Pinheiro (Rede) lamentou a polarização política radical que têm “levado o país para uma difícil situação econômica, com perdas de investimentos na cidade e no Estado”. De acordo com Mauro, os projetos devem ser apreciados pelos benefícios que trazem para a população, não por interesses partidários. Destacou o projeto que institui a previdência complementar para os servidores municipais, que, segundo ele, é uma proposta que não traz prejuízos. “Para ajustar as contas, precisamos ter recursos para isso. Qual o problema disso? Precisamos de vereadores que votem pelos interesses da cidade. Não precisamos de vereadores que votam para interesses privados”, justificou. (AM)

 

PARTICIPAÇÃO - Rodrigo Maroni (Pode) considera que as eleições não são a única opção viável para melhorar as condições de vida da população. Acredita que outros espaços políticos também devem ser ocupados, citando a falta de participação popular e a descrença na política. “O que muda a vida de qualquer setor é a mobilização popular. Povo que não participa da política, deixando apenas para as eleições, acaba desmotivado”, disse. Sobre a defesa dos direitos dos servidores públicos, pediu desculpas pela sua ausência durante a votação do projeto que instituiu o regime de previdência complementar. Além disso, referindo-se ao projeto que extinguirá a licença-prêmio, reassumiu seu compromisso de votar favoravelmente aos servidores. (AM)

 

MUNICIPÁRIOS V - Clàudio Janta (SD) se disse solidário às reivindicações dos municipários, em especial sobre as questões que dizem respeito ao salário dos trabalhadores. No entanto, o vereador se posicionou contra a entrada dos municipários na prefeitura, na tarde de ontem (7/8). “Nada justifica a invasão de um órgão público”, frisou. De acordo com ele, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) exagerou no ato e não atingiu seus objetivos de negociação. Sobre o projeto de lei referente aos aplicativos de motoristas, Janta defendeu a construção de diálogo com os motoristas, por serem os maiores interessados no projeto. (MF)

 

MUNICIPÁRIOS VI – Moisés Barboza (PSDB) também se manifestou sobre o movimento do Simpa na prefeitura, na tarde de ontem (7/8). “Não é porque sou contra o Simpa que eu vou invadir a sede do Simpa”, afirmou. Para ele, a invasão dos municipários no local foi radical e antidemocrática. Ao longo de seu discurso, ele continuou a criticar a postura adotada pelos servidores, pedindo por mais reponsabilidade, respeito e civilidade dos envolvidos. (MF)

 

MUNICIPÁRIOS VII - Mauro Zacher (PDT) utilizou seu tempo para se pronunciar contra os projetos propostos pelo Executivo. Defendendo o equilíbrio fiscal da receita do município, o vereador disse não ser uma questão de lado partidário. “Todos nós buscamos a saúde financeira para garantia de serviços públicos e a retomada de investimentos. Nós perseguimos o equilíbrio fiscal”, disse, ao afirmar ser contra os caminhos adotados pelo governo Marchezan Jr. Para ele, mesmo que haja uma série de questões dentro do funcionalismo público anacrônicas, os gestores carregam uma visão capitalista que remunera mal o servidor. (MF)

 

HOMENAGEM - Professor Wambert (PROS) deixou registrado seu luto na data de hoje, dia em que um policial militar foi morto em um confronto com o Movimento Sem Terra (MST) no Estado. Para ele, é um fato triste para a história do Rio Grande do Sul. “Hoje a polícia está acuada, a ordem pública a mercê do nada, os bandidos dominam espaços públicos”, opinou. Durante seu discurso, o vereador defendeu a luta por democracia e pela liberdade, estendendo sua homenagem em gratidão ao trabalho de todos os policiais militares do Estado. (MF) 

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
            Alex Marchand (estagiário de jornalismo)
           Munique Freitas (estagiária de Jornalismo) 
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)