Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de Plenario.
    Vereador Professor Wambert (PROS) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Movimentação de Plenario.
    Vereador Cláudio Janta (SD) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Durante a sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (13/3), vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos no período de Lideranças:

AUDIÊNCIA - Marcelo Sgarbossa (PT) disse que a oposição irá formalizar à Mesa Diretora pedido de que audiência pública sobre projeto do Executivo que altera o Plano de Carreira dos Servidores seja realizado em local com maior possibilidade de presença do público. O vereador lembrou que, por decisão da Mesa Diretora, este evento foi marcado para ser realizado no próximo dia 21, no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal. “São cerca de 25 mil interessados no assunto”, destacou o vereador, e completou: “O público não pode ficar reduzido a 115 pessoas (lotação prevista no Plenário da Câmara). É da essência de uma audiência permitir a presença das pessoas. Ao ser realizada aqui, está sendo cerceado isso”. (HP)

AUDIÊNCIA II – Aldacir Oliboni (PT) afirmou que a realização de audiência pública na Câmara Municipal servirá para restringir o acesso de servidores interessados em acompanhar as discussões sobre projeto do Executivo que trata de plano de carreira. O vereador sugeriu que esse debate venha a ser realizado em outro local, tendo citado o Ginásio Tesourinha ou o Auditório Araújo Vianna, de modo que não se impeça a manifestação dos servidores municipais. Oliboni lembrou, inclusive, que em outras oportunidades, e com outros temas, como a questão do aplicativos de transportes, audiências públicas já foram realizadas fora da Câmara Municipal, justamente para garantir uma maior presença de interessados. (HP)

MANDANTES – Professor Wambert (PROS), a partir das prisões dos suspeitos em terem assassinado a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), disse ser agora necessário que a Polícia descubra quem foi o mandante deste crime. O vereador, contudo, afirmou ser preciso que também se aponte quem foi o mandante da facada desferida por Adélio Bispo no então candidato, e atual presidente da República, Jair Bolsonaro. “Há um laudo dizendo que ele é louco”, disse o vereador. “Um louco pode ser usado como instrumento de um crime, estar a serviço de um mandante”, salientou Wambert e prosseguiu: “Se for inimputável (Bispo), não tira a culpa do mandante. Precisamos descobrir quem, no Brasil, faz política com as mãos sujas de sangue”, finalizou ele. (HP)

COMÉRCIO – Cláudio Janta (SD) disse não ter entendido argumentos de empresários e comerciantes, exteriorizados na terça-feira (12/3), em almoço na Associação Comercial, a respeito de lei aprovada pela Câmara Municipal que penaliza empresas pela falta de pagamento de impostos. “Disseram ser absurdo, que a lei teria que ser revogada ou mudada”, salientou o vereador ao dizer, ainda, que ouviu apelos de que deveriam ter “sensibilidade em relação à situação pela qual passam algumas empresas”. Janta, contudo, afirmou que os mesmos empresários não usam de sensibilidade em relação aos seus funcionários ou cidadãos, quando, desempregados, atrasam ou não pagam débitos tidos no comércio. (HP)

MARIELLE - Professor Alex Fraga (PSOL) falou sobre a violência crescente do país, que tem reflexos em toda a sociedade. Lamentou, contudo, especialmente a data de amanhã (14/3), que completa um ano do assassinato da ex-vereadora carioca Marielle Franco, do PSOL. “Foi um crime brutal e covarde”, lembrou. Alex salientou a exigência de seriedade dos órgãos de investigação. “Desde que houve esse crime, afirmamos que há o envolvimento de milícias na morte da Marielle. Não queremos apenas os executores, mas os mandantes deste crime covarde”, destacou. Na oportunidade, o vereador observou que ninguém do PSOL culpabiliza a família Bolsonaro. “Esperamos que busquem os mandantes”, relatou. Alex ainda reforçou a exigência que todos os cidadãos devem manter para que “o tentáculo criminoso seja extirpado deste país”. (BSM)

MARIELLE II - Comissário Rafão Oliveira (PTB) parabenizou a polícia carioca pela “elucidação de um crime bárbaro, covarde, que ataca a democracia de uma nação, de um país, que foi o assassinato de uma vereadora”. Segundo ele, o Brasil é o país que mata mais de 60 mil pessoas por ano. “Destes, não se chega à autoria do fato nem em 8% dos crimes”, apresentou o petebista. “O crime que matou Marielle foi quase perfeito, como disse Wambert, mas precisamos saber quem é o mandante”, ratificou. “Este crime é um caso de dificílima elucidação”, analisou ao citar que, só por isso, “já podemos comemorar por ele estar sendo resolvido”. “Que essa punição não seja transformada em regime semiaberto ou uso de tornozeleira eletrônica. Um homem que pega uma metralhadora e atira na cabeça de uma mulher não se ressocialibiliza”, finalizou. (BSM)

PT - Cassiá Carpes (PP) falou sobre o respeito que tem pelo colega Aldacir Oliboni (PT), mas afirmou que nunca viu o vereador “fazer autocrítica do PT, da prisão do Lula”, entre outros casos que envolvem o partido de Oliboni. “O governo da Dilma foi pífio e teve inúmeras corrupções, mas Oliboni nunca falou disso. Agora, aqui, fala de uma inação, pois imagina se tivermos a infelicidade de morarmos em um condomínio e termos um vizinho bandido que não conhecíamos”, questionou o parlamentar. “Oliboni também nunca falou no rombo das contas públicas no município, e eu nunca ouvi ele falar sobre o rombo que o PT criou no Badesul”, disse. “O seu partido tem um rabo muito comprido”, criticou Cassiá. (BSM)

PT II - Idenir Cecchin (MDB) disse que “não dá para calar quando se houve a bancada do PT, assim  como o vereador Professor Alex, do PSOL”. Cecchin afirmou “que o PT matou um por um dos que estavam no caminho do Lula para ser presidente”, afirmou. “Com que moral eles vêm cobrar algo que nós também cobramos?”, questionou o parlamentar ao se posicionar sobre as investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). “Expliquem quantas mortes ocorreram para que o Lula fosse presidente”, afirmou. Para o vereador, “os que mataram Marielle não são cidadãos brasileiros, mas bandidos que precisam ser descobertos e punidos”, enfatizou. (BSM)


Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
            Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)