Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenario.
    Professor Wambert (PROS) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Movimentação de plenario. Na foto: vereador Roberto Robaina
    Vereador Roberto Robaina (PSOL) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Durante o período de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (25/10), os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre falaram dos seguintes temas:

INDEPENDÊNCIA - Idenir Cecchim (PMDB) declarou que o seu partido e a bancada de vereadores reuniram-se e reafirmaram sua posição de independência na Câmara, a mesma que assumem desde o início deste ano. “A bancada não faz e não fará oposição. Aquilo que for bom para a cidade será votado a favor, o que não for, não será”, reiterou. Lembrou, também, que suas ações são sempre no sentido de contribuir com o bem-estar da população de Porto Alegre. Sobre a reunião entre o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, e o Simpa, considerou que a Câmara obteve uma vitória importante ao ajudar a construir uma saída para os municipários e colaborar com o fim da greve. “Espero que essa sinalização ajude os servidores a tomarem uma posição de voltar ao trabalho.” (AF)

REUNIÃO - Aldacir Oliboni (PT) pronunciou-se em nome de sua bancada salientando que o prefeito Nelson Marchezan Júnior poderia ter avançado mais na proposta apresentada ao Simpa e aos servidores, pois tais direitos influenciam na vida do funcionário. Além disso, parabenizou as decisões tomadas em tal reunião. “Os serviços estão sendo precarizados, mas as condições de trabalho dos servidores estão ainda mais”, ressaltou. Colocou-se contra o desconto dos dias de greve no salário dos municipários, pedindo ao prefeito que revisse sua posição. “Tenho certeza de que os servidores ainda serão vencedores nessa caminhada”, disse. (AF)

IRREGULARIDADES - Felipe Camozzato (NOVO) falou sobre a concessão irregular de uma área pública de Porto Alegre, informando que ele e outros vereadores encaminharam um documento ao prefeito e ao vice-prefeito de Porto Alegre. Tal versa sobre três irregularidades do local onde se encontra o Memorial a Prestes. Disse que eram necessárias comissões para o exame do terreno, o que não se sabe se existiu e/ou atuou regularmente. Lembrou também que, segundo a lei, qualquer utilização para outros fins que não os declarados deve resultar em devolução da área para a prefeitura. Junto a isso, contou ter registros de que o local foi utilizado, há poucos anos, como um estacionamento. (AF)

DIREITOS - Cláudio Janta (SD) disse não estar surpreso com a decisão dos municipários em lotar a Casa do Gaúcho. “Eu, como dirigente sindical, quando fui à reunião com o prefeito e o Simpa, vi uma luz no túnel; parecia que decisões seriam tomadas”, declarou. Lembrou que no início do ano houve discussão na Câmara sobre o teto salarial dos vereadores e que agora se pedia uma redução em 50% dos salários dos servidores. Falou, ainda, que normalmente as negociações com funcionários buscam fazer trocas e não retiradas de direitos, como ocorreu. Destacou sobre a autonomia dos vereadores em relação aos projetos, fato que, para ele, o prefeito pareceu ignorar. “Acho que negociação é uma coisa séria. “ Por fim, lembrou que muitos trabalhadores abriram mão de outros empregos para trabalhar em regime de dedicação exclusiva para a prefeitura e agora estavam tendo seus direitos desrespeitados. (AF)

MEMORIAL - Para o Professor Wambert (PROS), o dia de hoje é uma data triste por se tratar da memória da Revolução Russa. Ao considerar o maior genocídio da história, o vereador lamentou a morte de pessoas que não aderiram ao estilo de vida da ideologia política na época. “Hoje não há o que comemorar. Lamentamos que a vida humana seja considerada um nada. O meu luto não tem só uma conotação ideológica, mas sim uma dor pelas pessoas que perderam a vida”. De acordo Wambert, nem o holocausto nazista matou tantas pessoas como o comunismo na história humana. "Fica o nosso pesar e a nossa presa por pessoas que foram assassinadas pela máquina de matar". (MF)

GOVERNO - Para Sofia Cavedon (PT), é preciso tratar da gravidade que é a greve do conjunto de municipários hoje na cidade. A vereadora falou da necessidade emergente de encontrar uma saída para o impasse, e também do esforço da Câmara para superar o problema. Neste sentido, ela afirmou que o trabalho do Legislativo contrasta muito com a postura do Executivo. "Foi apenas a segunda reunião, em 20 dias de greve", criticou. Cavedon disse que a categoria decidiu por manter a greve por não entender de fato que se tenha aberto uma real negociação por parte do governo. "A categoria, no entanto, indicou que aceita e quer negociação". Conforme ela, os prejuízos são para todos e não só para os municipários. A vereadora disse ainda que não houve avanços por absoluta falta de diálogo do prefeito com os servidores. (MF)


GOVERNO II - Luciano Marcontônio (PTB) defendeu o governo Marchezan ao longo de seu pronunciamento. Segundo o vereador, a reunião que foi realizada esta semana com a categoria, em conjunto com o governo e os vereadores, foi construída de forma madura e responsável. "Como vem ocorrendo desde o início da gestão", disse. Para ele, os pontos mais nevrálgicos desta interação foram todos exaustivamente e detalhadamente esclarecidos, como a questão da redução salarial que não irá ocorrer, de acordo com ele. Marcantônio explicou que o prefeito colocou um prazo até dezembro deste ano para que todos os projetos sejam debatidos através de um grupo de trabalho, formado por servidores, pelo Executivo e por vereadores. "Todas as questões que angustiavam municipários estamos tratando de uma maneira muito responsável para construção de alternativas". (MF)

GOVERNO III - Roberto Robaina (PSOL) afirmou que o governo não tem feito grandes construções, pois os servidores reivindicam a retirada dos projetos, o que o prefeito se nega a fazer. Para o vereador, a ideia de votar os projetos em 40 dias é feita com a intenção de aprová-los. "No momento o governo não tem a maioria. O governo está provocando a paralisação". Segundo Robaina, o prefeito tem uma obrigação mínima de reunir com os servidores diante de uma greve forte que está acontecendo. "O governo não demonstrou uma intenção real de fazer com que o serviço público seja valorizado". O vereador ainda disse que a gestão municipal tem uma estratégia de derrotar o funcionalismo público, com a redução salarial, a redução de direitos da classe trabalhadora. "Significa uma redução na qualidade dos serviços prestados à cidade". Sobre o dia da Revolução Russa, Robaina disse que de fato o stalinismo foi uma máquina burocrática que provocou a destruição de inúmeras vidas, mas que é preciso levar em conta que teve uma estreita relação com grandes chefes do capitalismo. (MF)

GREVE - Ricardo Gomes (PP) destacou que o Executivo municipal realizou 27 reuniões com representantes do Simpa neste ano. Segundo ele, o Simpa pede negociação, mas ataca a proposta do governo, pois partidos de oposição "faturam incitando a greve", O vereador ressaltou que a carreira de servidor é paga por 1,5 milhão de porto-alegrenses. Considerou importante que, na carta do Simpa, a entidade reconhece que o projeto sobre o Dmae é uma Parceria Público Privado, não se tratando de privatização. "infelizmente, este não é um projeto de privatização, embora eu gostaria que fosse. Fazem cartazes para que a opinião pública pense que trata de privatização do Dmae." Ao concluir, repudiou a construção, em Porto Alegre, do Memorial que homenageia o comunista Luis Carlos Prestes. (CS)


Texto de: Adriana Figueiredo (estagiária de Jornalismo)

                Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
                Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)