Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenario. Na foto, os vereadores João Carlos Nedel e Marcelo Sgarbossa.
    Vereadores Marcelo Sgarbossa (PT) e João Carlos Nedel (PP) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto, o vereador Claudio Janta.
    Vereador Cláudio Janta (SD) (Foto: Andielli Silveira/CMPA)

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, na tarde desta quarta-feira (15/8), vereadores e vereadoras da Capital utilizaram o período de Comunicação de Lideranças para tratar dos seguintes temas:

E-MAILS I – Marcelo Sgarbossa (PT) disse falar em defesa da democracia e lamentou representação assinada pelos vereadores Ricardo Gomes (PP) e João Carlos Nedel (PP), e enviada à Mesa Diretora da Casa, com ameaça de encaminhá-lo à Comissão de Ética. Segundo o vereador, Gomes e Nedel estariam incomodados por e-mails recebidos através da plataforma online Minha Porto Alegre e sua ferramenta digital Panela de Pressão. Sgarbossa explicou que a plataforma convida usuários a usarem a ferramenta e enviarem mensagens a autoridades e pessoas ligados a fatos sobre a vida da cidade, inclusive projetos de lei em tramitação na Câmara Municipal. “Façam contato com aqueles que enviaram mensagens a vocês. São de carne e osso e querem participar ativamente da vida da cidade. Não são robôs”, afirmou o vereador. (HP)

E-MAILS II – Conforme João Carlos Nedel (PP), Marcelo Sgarossa (PT) não contou verdades ao usar a tribuna. Segundo Nedel, após reclamações, o vereador mudou o sistema que utilizava o e-mail de pessoas cadastradas no coletivo Cidade Mais Humana, onde pessoas se cadastravam para receber informes sobre o mandato de Sgarbossa, usando o endereço de e-mail para mandar mensagens aos vereadores pressionando sobre a votação de projetos de lei. Ainda conforme o vereador, o sistema usado por Sgarbossa causava o envio de cerca de 3 mil e-mails diários, lotando a caixa postal dos vereadores. “Entrei em contato com algumas das pessoas (das quais recebeu e-mail). Não sabiam que estavam mandando mensagens no nome delas”, disse Nedel, e completou: “Isso é falsificação ideológica”. (HP)

VETOS – Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou dois temas importantes que estavam previstos para serem abordados, na sessão desta quarta-feira, no período de Ordem do Dia. Um deles, o último veto do Executivo ao projeto dos aplicativos; o outro, o projeto sobre a planta de valores do IPTU. Fernanda recordou que alguns dos vetos foram derrubados pelo plenário na semana passada - ela lamentou que não tenham sido todos -, principalmente aqueles que diziam respeito à segurança dos motoristas. “Precisamos ouvir os motoristas e votar não com os interesses dos donos dos aplicativos, mas pela preservação da vida dos motoristas." A vereadora ainda criticou o vereador João Carlos Nedel (PP) e disse que os cidadãos devem usar todas as ferramentas disponíveis, incluindo messenger, whatsapp ou e-mail, para entrar em contato com os vereadores sobre problemas da cidade. (HP)

JUSTIÇA – Em Liderança de Oposição, Sofia Cavedon (PT) revelou que, por determinação da Justiça, o prefeito Nelson Marchezan Junior deverá estabelecer mesa de negociação com os servidores municipais em greve. “É uma vergonha para a cidade, o prefeito precisa ser acionado pela Justiça para conversar com os servidores em greve." A vereadora lembrou que estão em greve funcionários de setores como saúde, educação, águas e esgotos. “O prefeito acha que não é problema dele, que não precisa construir mediação para superar isso”, criticou. Sofia disse ainda acreditar que a ausência da prefeitura em determinados serviços tem o objetivo de posteriormente entregar estas áreas para a inciativa privada, fato que vem ocorrendo recentemente também com as praças e parques esportivos da cidade. “Este é um governo nefasto para a cidade”, afirmou. (HP)

VETOS - Cláudio Janta (SD) comentou que a reunião de ontem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Porto Alegre recebeu e discutiu a proposta de terceirização dos condutores da Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele esclareceu que o entendimento sobre o caso já foi definido pela União, que não permite terceirização de trabalhadores neste caso, sob a justificativa de que a função demanda treinamento técnico especializado. A Comissão também analisou três vetos do prefeito municipal em projetos que foram anteriormente aprovados pelo plenário do Legislativo. “Assim tem sido com vários projetos votados nesta Casa, nossa construção democrática é desconsiderada por um governo autoritário que não gosta de pobre”, explicou. (AM)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
           Alex Marchand (estagiário de jornalismo)

Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)