Sessão Ordinária/ Lideranças

Durante o período de Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (1/11), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre falaram sobre os seguintes temas:

MUNICIPÁRIOS - Roberto Robaina (PSOL) acredita que a situação dos municipários é muito grave, porque o governo tem demonstrado interesse em derrotar a categoria. "Não é só problema do Marchezan viajar a Lima, mas no dia a dia tem se demonstrado que a linha do governo é apostar no cansaço da categoria municipária." Como cidadão, Robaina afirmou não ter a menor dúvida que o único caminho para defender os interesses dos servidores e da cidade é mostrar que o prefeito não irá ganhar com exaustão dos grevistas. Para o vereador, o governo tem a meta de redução dos salários e dos direitos dos servidores públicos. "Eu sou o tipo de político que acredita que a solução dos problemas está muito mais na rua do que na Câmara de Vereadores, mas eu sei que a Câmara tem o poder de decidir. Vereador é pago para votar, mas votar para defender a cidade."

MUNICIPÁRIOS II - Para Sofia Cavedon (PT), a greve é uma "luta heroica, justa e necessária'. A vereadora também criticou a forma como o governo vem conduzindo o diálogo com os servidores municipais em greve. De acordo com ela, nos 28 dias de greve, o prefeito foi à imprensa dizer que o protesto pelo parcelamento de salário é infantilidade e que Marchezan foi a apenas uma reunião de negociação com os municipários. Diante dos fatos relatados por ela, Sofia questionou se o prefeito se importa com a cidade. "Um prefeito que despreza o servidor, xinga sua categoria, diz que o serviço público é melhor sem os servidores e quer privatizar o Dmae", disse ao se dirigir ao parlamento. Conforme a vereadora, a Câmara tem o mesmo poder do Executivo, e com isso espera que o Legislativo dê um sinal a favor do funcionalismo. "A cidade precisa do Legislativo", afirmou. 

MUNICIPÁRIOS III - "É ruim finalizar o ano sem finalizar a greve", disse Rodrigo Maroni (Pode) em relação ao impasse que vive o funcionalismo público com o governo municipal. O vereador relatou que "cresceu em greve", com pais que lutavam pelos direitos trabalhistas, e que, por isso, não pode se colocar contra o funcionalismo público em razão dos princípios de sua origem. Para ele, os servidores públicos é que fazem a cidade. Maroni ainda se colocou a favor da retirada de projetos do Executivo e afirmou que suas prioridades são os animais e os funcionários públicos.  

MUNICIPÁRIOS IV - Em seu pronunciamento, Professor Alex Fraga (PSOL) disse que lamentou ver o prefeito desdenhando do conjunto de serviços públicos da cidade nos veículos de comunicação. Segundo o vereador, o servidor é que está em contato direto na prestação de serviços para todas as pessoas da cidade. "Gostaria de repudiar o adjetivo utilizado pelo prefeito, que chamou os municipários de infantis". Conforme ele, o que se tem é um prefeito se negando a retirar propostas apresentadas para negociação. "Em momento algum demonstrou boa vontade em ouvir as demandas e achar um meio termo", apontou. O vereador criticou a incapacidade de diálogo da gestão municipal e reiterou seu apoio irrestrito aos servidores. 

SAÚDE - Dr. Goulart (PTB) dedicou sua fala em defesa do Hospital Beneficência Portuguesa. Para o vereador, é importante que as portas do local não sejam fechadas em razão da falta de recursos. "Os políticos e a cidade não podem ser mais coniventes. Vamos salvar o Beneficência Portuguesa," De acordo com ele, é preciso que haja mobilização da população nas ruas e também da Câmara.

 
Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo) 
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)