Plenário

Sessão Ordinária /Lideranças, Comunicações e Grande Expediente

Movimentação de plenário.
Movimentação em Plenário nesta segunda-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante os períodos destinados às Comunicações e às Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (4/9), os vereadores trataram dos seguintes temas:

CPI - Comentando o assunto discutido na Tribuna Popular, Valter Nagelstein (PMDB) lembrou ter sido presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental, o mais antiga da cidade, criado em 1937. "A participação popular é muito antiga na cidade." Segundo ele, é preciso evitar possível uso de conselhos para política partidária, e o prefeito eleito tem o direito de implementar sua agenda. Também lamentou a recorrente falta de quórum na CPI da Telefonia, por ele presidida. Disse ter sido contatado por jornalista, na sexta-feira passada, e ter sido questionado sobre a falta de quórum na CPI. "Hoje, infelizmente, leio no jornal matéria com o título 'CPI da Vergonha'." Observou que a CPI é um instrumento da Câmara e, apesar de lamentar o título da matéria, observou que a sociedade e os jornalistas estão cobrando resultados. Por fim, apelou aos vereadores para que deem mais atenção à questão da telefonia, apesar de compreender que os vereadores tenham muitos outros compromissos. (CS)

APELO - Cláudio Janta (SD) se manifestou para fazer um apelo ao prefeito de Porto Alegre. “Não recorra à decisão judicial da segunda passagem. Peço que o prefeito tenha um momento de conscientização e pense nas milhares de pessoas que usam a segunda passagem, as empregadas domésticas, jardineiros, pequenos empreendedores - que são os maiores empregadores do Brasil. Essa injustiça social não pode acontecer na nossa cidade e vai onerar o trabalhador em R$ 120,00”, afirmou. O parlamentar ainda questionou: “Uma prefeitura que não tem recursos ira tirar de seus cofres R$ 120 mil reais para pagar as passagens? Entendo que somos nós, contribuintes, que arcaremos com esse prejuízo,. Não recorra prefeito, reitero esse apelo”, finalizou.

CENTRO – Tarcísio Flecha Negra (PSD) citou a coluna do jornalista David Coimbra de hoje no jornal Zero Hora. “Ele trata de um tema que falo há muitos anos: o estado em que se encontra a Rua da Praia. Vivo no centro histórico há 17 anos, já fiz indicações ao Executivo para que seja feita a revitalização do espaço. Conversei um a um com os empresários da região para que essa região se transforme em uma área agradável para a população, com espaços de convivência, manifestações artísticas, fortalecendo a região como um cartão postal da nossa cidade. É nosso dever aproveitar melhor essas áreas”, concluiu. 

DIVERGÊNCIA - O vereador Ricardo Gomes (PP) explicou que seus motivos para deixar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico foram as divergências ao projeto que prevê a revisão do cálculo de IPTU. “Demos cara e corpo a essa secretaria, pelo combate da burocracia desnecessária. Saí do meu cargo no Executivo pois acredito que não há mais espaço para o aumento da carga tributária, não existe dinheiro público, mas dinheiro do pagador de impostos”, explica. Ele ainda acrescentou ser verdade que o município arrecada muito menos que o Estado e a União e que nos últimos dois anos já tivemos aumento de ICMS e também agora aumento do IPTU, mas acredita que mesmo em crise é preciso passar por isso sem afetar o cidadão. “A receita tributária só pode crescer quando há crescimento dos recursos populacionais. Tenho valores e princípios pelos quais me dediquei e reitero o meu apoio à administração que suscita questões fundamentais para a Capital, mas voltei ao Legislativo para continuar lutando pelo que acho ser justo e em defesa aqueles que contribuem para o desenvolvimento da nossa Capital”. (PB)

AVALIAÇÃO - O vereador Aldacir Oliboni (PT) fez uma breve avaliação do atual do governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior em oito meses de gestão. Perguntou qual a marca do atual governo: "É a falta de diálogo, o ataque à oposição ou a perda de direitos? Antes de assumir, Marchezan atacou o governo anterior e trocou 12 secretários. Isso mostra a falta de harmonia com a sua gestão e com a população na nossa capital”, salientou o vereador. Destacou também que no Executivo ocorre a desorganização da rotina escolar, a redução da oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a falta de comprometimento com a Fasc. Disse que nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e nos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Cres) há falta de funcionários e não há mais política de abordagem para com a população de rua. Em relação aos serviços básicos, observou que a população sofre com as vias públicas abandonadas. “Já há 90 dias foram feitas visitas na zona leste, mas nada foi feito nada a respeito das enchentes”, ressalta. Oliboni explica que na saúde a população já perdeu 250 leitos. E sobre a ampliação dos horários estendidos nas unidades básicas de saúde, o atendimento é precário, pois, conforme o vereador, se esgotou a oferta pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). "O prefeito não pode ir aos bairros somente para jogar futebol ou dançar e sim conhecer as demandas das comunidades." (PB)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Lisie Venegas (reg. prof. 13688)
           Priscila Bittencourte (reg. prof.. 14806)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)