Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Movimentação de Plenário. Na foto: vereador João Carlos Nedel
Vereador Nedel apresentou ao plenário fotos da última edição dos Caminhos de Porto Alegre (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Nesta quinta-feira (2/5), em períodos de Lideranças e Comunicações, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:

ÔNIBUS - Adeli Sell (PT) solicitou a formação de um grupo de trabalho entre a Carris, a EPTC e o gabinete do prefeito, de modo a verificar e propor soluções a problemas que vêm sendo denunciados pela imprensa e por usuários em relação a ônibus da Carris. “Onde está a preocupação, a atenção, o cuidado da direção da Carris na preservação e arrumação de sua frota”, questionou o vereador ao citar reclamações recebidas de veículos fedendo a óleo queimado, quebrando durante os percursos, com buracos e portas que trancam. Adeli lembrou que foi prometido para o segundo semestre a recolocação de veículos que faltam para atendimento de linhas. “Promessa na prefeitura é algo que, se for para amanhã, não será para amanhã”, ironizou ao lembrar atrasos em obras como a da Ponte de Pedra. (HP) 

CAMINHADA - João Carlos Nedel (PP) destacou a realização, no dia 28 de abril, da terceira edição dos Caminhos de Porto Alegre. O vereador disse que o evento teve a participação de cerca de 900 peregrinos, dos 1.273 inscritos. “A chuva nos atrapalhou um pouco”, disse ele ao destacar o roteiro percorrido desde a saída da Catedral Metropolitana até a chegada ao santuário de Santa Rita, no bairro Guarujá. O percurso passou pela Igreja de Nossa Senhora das Dores, no Centro Histórico, Museu Iberê Camargo, Santuário de Schoensttat, na Vila Conceição; Praia da Pedra Redonda, Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Ipanema; e Arcos do Espírito Santo, na Orla do Guaíba, na zona sul. Nedel lembrou que a próxima edição será realizada em 2020. (HP)

IPTU - Comandante Nádia (MDB) afirmou que está na política "para ajudar as pessoas, especialmente as que mais precisam", e não para benefício pessoal. Ao defender seu voto favorável ao projeto do IPTU, observou que a planta de valores dos imóveis estava congelada há 28 anos. "Agora metade da população terá IPTU reduzido ou deixará de pagá-lo." Segundo ela, o projeto tinha uma "premissa obvia": a de que cada imóvel deve pagar imposto confome seu valor real. "Desde 1991 não é assim. É preciso coragem e convicção e não pensar em próximas eleições. A cidade não pode ficar parada no tempo, como ficou nos últimos 28 anos. O IPTU de Porto Alegre era o mais defasado do país." Para Nádia, a revisão do tributo é uma questão de justiça. Ela ainda elogiou a coragem de vereadores de vários partidos que votaram favorável ao projeto. "Estamos no século 21 e não podemos aceitar Porto Alegre do século 20." (CS)

TÁXIS - Adeli Sell (PT) disse que a Câmara precisa cobrar a promessa feita pela EPTC de que até 31 de março deste ano haveria autorizações para mais de 3 mil taxistas da cidade. Segundo ele, o Executivo está incorrendo em ilegalidades ao protelar o assunto. "Os taxistas não podem mais ficar à mercê desta situação em que a lei anterior foi revogada, mas a nova lei ainda não está sendo aplicada." Também criticou o fechamento do bar do Centro Municipal de Cultura, que estaria cobrando cerca de R$ 2,7 mil pelo aluguel do local, e ainda apelou por mais fiscalização em frente aos estabelecimentos comerciais. (CS)

IPTU II - Moisés Barboza (PSDB) citou declaração feita, na segunda-feira (29/4), pelo ex-governador e ex-prefeito Tarso Genro à imprensa a respeito do projeto da planta de valores. No vídeo mostrado pelo vereador, Tarso afirma que "qualquer governo que tem um mínimo de seriedade e quer investir na cidade tem de fazer a reestruturação na planta (de valores)". Barboza lamentou que, na política, os partidos costumam mudar sua postura quando passam a ser governo. "É um ranço ideológico." Ainda sobre a votação do projeto do IPTU, ele criticou "a forma vil e covarde de fazer ataques por meio de redes sociais" e afirmou que a aprovação do projeto era importante para fazer justiça tributária. "Quem tem mais estava pagando a menos há 28 anos." (CS)

TRANSPORTES - Toninho do Táxi (SD) afirmou que trabalha em táxi há 40 anos. “Saio daqui da Câmara e trabalho à noite no táxi”, comentou. O parlamentar trouxe à discussão que antes os ônibus passavam por uma vistoria rígida e atualmente é superficial, além de chamar a atenção para a questão dos táxis. “A lei geral dos táxis é um projeto que foi votado em regime integral e agora está sendo implementada por partes. Queremos a implementação rápida, está nas mãos do prefeito, dezenas de permissionários estão precisando de autorização. Peço a colaboração dos colegas, pois centenas de famílias estão dependendo disso”, relatou. (LV)

MEIAS-VERDADES - Felipe Camozzato (NOVO) disse que vê muitos vereadores explicarem seu voto sobre o aumento do IPTU. “Todos os anos temos o dia da liberdade de impostos. Pergunto: vocês sabem quantos dias por ano trabalhamos para pagar impostos? São 153 dias trabalhados para isso, mas em Porto Alegre serão 154, ou seja, 24 horas a mais”, comparou. O parlamentar ressaltou também que o mapa contendo os efeitos práticos do IPTU só apareceram depois da votação. “O mapa contém meias verdades, porque quem aparece como tendo redução de IPTU já não paga desde hoje, pois pagam ITR. A verdade é que os cidadãos terão aumento desse imposto e, no verão, quando chegarem os boletos, lembraremos do dia 29 de abril de 2019”, finalizou. (LV)

PARABÉNS - Mauro Pinheiro (REDE) afirmou que subiu à tribuna para parabenizar todos os vereadores que participaram da votação de segunda-feira, pois ficaram no plenário até quase 4 horas da manhã. “Essa votação foi uma demonstração de comprometimento dos parlamentares, além dos funcionários e do presidente da sessão, Reginaldo Pujol (DEM). Peço desculpas a alguns vereadores por alguma agressão, se falei algo mais forte, pois fizemos um excelente debate”, declarou.  De acordo com Pinheiro, a cidade ganhou com a aprovação do projeto. “Vamos fazer justiça social, já que quase 50% da cidade vai diminuir ou ficar isenta de IPTU. Porto Alegre voltará, no próximo ano, a operar no azul e retornarão recursos para saúde e segurança para todos os cidadãos”, concluiu. (LV)

 

Texto

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Lisie Bastos Venegas (reg.prof.13.688)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)