Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Movimentação de plenário. Na foto, vereador Guilherme Socias Villela presidindo a Casa
Villela (PP) presidiu a sessão desta segunda-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante os períodos de Lideranças e Comunicações na Sessão Ordinária desta segunda-feira (8/8), da Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores abordaram os seguintes assuntos:

INSEGURANÇA - Clàudio Janta (SD) retomou o tema da segurança pública, do qual falou na última sessão ordinária. Comentou o caso do suposto ladrão que teve suas mãos amputadas por um cidadão no centro de Porto Alegre no último sábado (6/8), repreendendo o ato: “A imprensa disse que as coisas estavam normais, apesar da paralisação da BM na quinta-feira. Se isso é regular, o que estão esperando acontecer?”, declarou o vereador. Janta também declarou que casos como esse acontecem diariamente na periferia da cidade, como no Bairro Mário Quintana, onde foi encontrado um corpo esquartejado e dois estão desaparecidos. Defendeu veementemente a vinda da Guarda Nacional para Porto Alegre e disse que “não quer cidades seguras só durante jogos de futebol ou nas Olimpíadas”. (AZ)

ROYALTIES - Sofia Cavedon (PT) também salientou a falta de segurança em Porto Alegre, mas o tema principal do seu discurso foi o destino dos royalties gerados pelo pré-sal. “A Famurs vai destinar os royalties do petróleo para a educação do estado. Eu parabenizo essa atitude”, declarou Sofia, e deu sua opinião sobre a distribuição dos recursos: “É justo, para mim, que todo o país receba os royalties de forma igualitária”. Foi aprovada este ano, na Câmara Municipal de Porto Alegre, emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que visa destinar 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. (AZ)

INSEGURANÇA II – Paulinho Rubem Berta (PPS) fez, novamente, um alerta sobre o toque de recolher que está “acontecendo em todas as vilas”, como nos bairros Rubem Berta, Mário Quintana e Parque dos Maias: “Hoje eu quero concordar com o vereador Janta, que sentiu na pele o perigo que é morar nesses locais. Precisamos mudar a lei neste país. Não adianta a Polícia prender para depois soltar”, declarou. Rubem Berta concordou em trazer a Guarda Nacional para Porto Alegre e em colocar mais efetivos da Brigada Militar na rua, mas alega que o maior problema são as leis federais. “Tira Dilma, bota Dilma, bota Temer, tira Temer e eles continuam na rua”, declarou o vereador. (AZ)

PROBLEMAS - Adeli Sell (PT) fez cobranças ao secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Juarez Fraga, que, segundo o vereador, “não quer a Guarda Nacional aqui”: “Parte da responsabilidade da falta de segurança em Porto Alegre é dele”, declarou, citando o fato de quase mil pessoas terem sido assassinadas este ano. Adeli comentou sobre os problemas da coleta do lixo, em que só há contêineres para o lixo orgânico. Falou de deficiências na iluminação pública e nas políticas públicas para moradores de rua. Mas o vereador afirmou que o maior problema de Porto Alegre são os ônibus: “Picaretagem pintar os ônibus e dizer que eles são novos. É vergonhoso. Além disso, eles são atrasados e sujos”. (AZ)

INSEGURANÇA III - Delegado Cleiton (PDT) afirmou ser contrário ao discurso de que os culpados pelo problema da segurança pública são os “juízes e a polícia que soltam os criminosos” porque “as delegacias estão cheias de presos” e “leis nós temos muitas”. Para o vereador, para resolver este problema “temos que mudar quem faz as leis, mudar os parlamentares que embolsam o dinheiro público”. A solução começa no ensino público e dentro das escolas. Por isso, “é preciso olhar outras situações além da mudança das leis” para acabar com a insegurança pública. (CM)

TÁXIS - Informando a Casa que esteve nos bairros Leopoldina e Rubem Berta para averiguar as denúncias de violência na região, Idenir Cecchim (PMDB) explicou que alguns boatos de arrastões e tiroteios são falsos e que a polícia está verificando os casos. Nos mesmos locais, o vereador também conversou com alguns taxistas e afirmou que a “EPTC quer regularizar o Uber, mas precisa cuidar primeiro daqueles que eles estão cobrando mais”, os motoristas de táxi. Em resposta às críticas feitas ao governo estadual pelo parcelamento do salário dos servidores, o vereador falou que "Leonel Brizola também não pagava e ainda dava as 'brizoletas' que não eram aceitas em muitos lugares". (CM)

INSEGURANÇA IV - Dr. Goulart (PTB) disse que “é preciso pressionar os deputados e senadores para acabar com a regressão das penas de prisão”. Segundo o vereador, alguns crimes poderiam ter penas mais duras, como latrocínios e homicídios. Questionando qual a desculpa que se daria aos familiares que perderam parentes por causa do crime, Dr. Goulart indagou “como é que podemos liberar as pessoas que vão voltar para os mesmos lugares e fazer as mesmas coisas?”. Outro assunto abordado foi a situação dos moradores de rua na capital, que moram nos puxadinhos e embaixo de pontes e viadutos. “É uma situação nojenta, revoltante e preocupante”. Ele irá propor uma comissão para resolver essa questão, pois “as autoridades estão serenas demais diante dessa imundície”. (CM)

TRANSPORTE - Adeli Sell (PT) fez críticas aos donos das empresas de ônibus. “Não cumprem o que é determinado por lei. Ônibus vivem sujos e atrasados”, afirmou. Também falou sobre o mobiliário urbano e a instalação das lixeiras. “Foram instaladas de forma inadequada”. Destacou, ainda, a situação dos passeios públicos. “Governo do Estado passou dez anos com aquele prédio fechado na Rua Ladeira. Agora, querem desocupar porque os lanceiros negros estão lá. Mas e a calçada naquela parte, que segue toda quebrada. É responsabilidade do Estado manter aquele passeio em condições”, salientou. (MM)

EDUCAÇÃO - Márcio Bins Ely (PDT) falou sobre a Semana de Inclusão Escolar. “A educação é uma prioridade pautada no nosso programa partidário. Principal bandeira empunhada por Leonel Brizola, que implantou escolas de tempo integral”, recordou. O vereador elogiou a atuação da secretaria municipal de Educação, Cleci Jurach. “Neste sentido, quero lembrar que fiz o projeto do Banco do Livro, para incentivar a leitura. Em breve, teremos uma nova edição da Feira do Livro na Praça da Alfândega, que foi requalificada pelo nosso governo”. (MM)

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
          Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)