Plenário

Previmpa: Aprovado projeto que aumenta alíquota de contribuição

Votação ocorreu na noite desta quarta-feira em sessão extraordinária

  • Sessão extraordinária para apreciação de projeto do Executivo que trata do aumento da alíquota da previdência dos servidores municipais.
    Votação foi realizada na sala 301 em sessão extraordinária (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão extraordinária para apreciação de projeto do Executivo que trata do aumento da alíquota da previdência dos servidores municipais.
    Vereador Cassio Trogildo (c) disse que convocação foi legal (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou o Projeto de Lei Complementar 004/17, do Executivo municipal, que aumenta de 11% para 14% a alíquota de contribuição para custeio do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores do Município, gerido pelo Departamento Municipal de Previdência dos Servidores (Previmpa). A votação, por 20 votos favoráveis, seis contrários e uma abstenção, foi realizada na sala 301, no terceiro piso do Legislativo, em sessão extraordinária realizada no início da noite desta quarta-feira (5/7).

Convocação para essa sessão extraordinária foi distribuída por e-mail para vereadores e vereadoras. A convocação foi feita por deliberação dos vereadores após encerramento da sessão ordinária desta tarde devido à invasão do Plenário Otávio Rocha por manifestantes que acompanhavam as discussões.

Os vereadores, na mesma reunião, também aprovaram emenda apresentada por Reginaldo Pujol (DEM). Esta emenda determina que: "por se tratar de tributo, as alíquotas de que trata a presente Lei Complementar obedecerão os prazos previstos na Constituição Federal para entrada em vigor". O projeto aprovado altera a Lei Complementar nº 505/04. Na última segunda-feira (3/7), os vereadores haviam aprovado a redução de 2% para 1,5% da taxa de administração do regime previdenciário.

Invasão

Ao final da votação, o vereador Cassio Trogildo (PTB), presidente da Câmara Municipal, justificou a realização da sessão extraordinária e lamentou a invasão do plenário. Conforme Cassio, todos os pedidos da direção do Sindicato dos Servidores do Município de Porto Alegre (Simpa) e dos manifestantes foram atendidos para que a sessão plenária fosse mantida, inclusive com a retirada pacífica de manifestantes favoráveis ao projeto do governo.

“Nós somos uma força desarmada da democracia, que não pode ser desrespeitada desta forma. Quando se viola o parlamento, se viola a democracia", explicou o vereador. Trogildo argumentou ainda que a convocação extraordinária foi correta e ocorreu de acordo com os termos regimentais. "Os vereadores que estiveram ausentes não estavam aqui porque não quiseram. Estavam inclusive junto com os invasores no plenário, mesmo tendo sido convocados para esta sessão extraordinária."

Ainda sobre a extraordinária, Trogildo definiu: "Tivemos aqui 27 vereadores presentes, que deram continuidade a um trabalho que foi ilegalmente interrompido, agredindo fisicamente o vereador que estava na tribuna. Invadir o plenário é cometer um delito e uma ilegalidade.”

Regimes

A previdência pública dos servidores municipais foi instituída pela Lei Complementar nº 466, de 6 de setembro de 2001, estabelecendo dois grupos. O primeiro, chamado de Regime de Repartição Simples, é composto pelos servidores que ingressaram no serviço público municipal até o dia 9 de setembro de 2001. O segundo grupo é o do Regime Capitalizado, integrado por todos os servidores com ingresso a partir de 10 de setembro de 2001.

Em sua justificativa ao PLC 004/17, o prefeito Nelson Marchezan Júnior afirmou que a proposta visa a preservar o equilíbrio das finanças públicas municipais e reduzir o impacto atuarial da previdência, "sobretudo no que diz respeito ao Regime de Repartição Simples dos servidores", garantindo a cobertura financeira dos benefícios previdenciários.

Marchezan alegou que a elevação de alíquota para 14% geraria uma estimativa de redução em R$ 30 milhões ao ano de aporte oriundo da prefeitura. "Os repasses ao Previmpa custam aos cofres do Tesouro Municipal a quantia de R$ 2.974.749.319,46, sendo R$ 992.579.605,98 referentes à contribuição patronal e R$ 1.982.169.713,48 correspondentes ao déficit previdenciário".

Projeto
20 votos SIM
6 votos NÃO 
1 ABSTENÇÃO


Airto Ferronato (PSB) – Não
Alvoni Medina (PRB) – Sim
André Carús (PMDB) - Não
Cássio Trogildo (PTB) – Sim
Clàudio Janta (SDD) – Sim
Comandante Nádia (PMDB) – Sim
Cassiá Carpes (PP) – Não
Dr. Thiago (DEM) – Não
Felipe Camozzato (Novo) – Sim
Idenir Cecchim (PMDB) – Sim
João Bosco Vaz (PDT) – Não
João Carlos Nedel (PP) – Sim
José Freitas (PRB) – Sim
Luciano Marcantônio (PTB) - Sim
Mauro Pinheiro (Rede) – Sim
Marília Fidel (PTB) – Sim
Mauro Zacher (PDT) – Abstenção
Matheus Ayres – (PP) - Sim
Mendes Ribeiro (PMDB) – Sim
Moisés Maluco do Bem (PSDB) - Sim
Mônica Leal (PP) – Sim
Paulinho Motorista (PSB) – Não
Paulo Brum (PTB) – Sim
Professor Wambert (Pros) – Sim
Reginaldo Pujol (DEM) – Sim
Rodrigo Maroni (PR) – Sim
Valter Nagelstein (PMDB) – Sim


Emenda 5
23 votos SIM
3 votos NÃO
1 ABSTENÇÃO

Airto Ferronato (PSB) – Não
Alvoni Medina (PRB) – Sim
André Carús (PMDB) - Sim
Cássio Trogildo (PTB) – Sim
Clàudio Janta (SDD) – Sim
Comandante Nádia (PMDB) – Sim
Cassiá Carpes (PP) – Sim
Dr. Thiago (DEM) – Sim
Felipe Camozzato (Novo) – Sim
Idenir Cecchim (PMDB) – Sim
João Bosco Vaz (PDT) – Não
João Carlos Nedel (PP) – Sim
José Freitas (PRB) – Sim
Luciano Marcantônio (PTB) - Sim
Mauro Pinheiro (Rede) – Sim
Marília Fidel (PTB) – Sim
Mauro Zacher (PDT) – Abstenção
Matheus Aires – (PP) - Sim
Mendes Ribeiro (PMDB) – Sim
Moisés Maluco do Bem (PSDB) - Sim
Mônica Leal (PP) – Sim
Paulinho Motorista (PSB) – Não
Paulo Brum (PTB) – Sim
Professor Wambert (Prós) – Sim
Reginaldo Pujol (DEM) – Sim
Rodrigo Maroni (PR) – Sim
Valter Nagelstein (PMDB) - Sim


Texto: Assessoria de Imprensa CMPA
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)