Professor Wambert

Professor Wambert protocola projeto de lei para transformação do Memorial Luís Carlos Prestes no Museu da História e da Cultura do Povo Negro

Projeto de lei prevê que Memorial a Luís Carlos Prestes seja extinto e equipamento público seja utilizado para a instalação do Museu da História e da Cultura do Povo Negro.

Professor Wambert  protocolou o projeto para a Transformação do Memorial Luís Carlos Prestes no Museu da História e da Cultura do Povo Negro.
Professor Wambert protocolou o projeto para a Transformação do Memorial Luís Carlos Prestes no Museu da História e da Cultura do Povo Negro.

O vereador Professor Wambert Di Lorenzo protocolou ontem um projeto de Lei Complementar para a transformação do Memorial Luís Carlos Prestes no Museu da História e da Cultura do Povo Negro. A instalação do museu foi aprovada em 2010 e a lei prevê que o município destine um terreno para sua constituição.

“Prestes foi um traidor da pátria brasileira, é um absurdo ele ser retratado como um herói” afirma o Professor Wambert. Outro caso marcante da história de Prestes, foi o da execução da garota Elza. Ela era suspeita de ter traído o partido e esta foi a razão da sua execução. “Uma menina de 16 anos que foi estrangulada com um fio e teve o corpo dobrado e quebrado, com os pés junto à cabeça, para poder ser enterrado no quintal de um dos seus algozes” conforme afirma o vereador.

O projeto visa a transformação do atual memorial Luís Carlos Prestes, na avenida Edvaldo Pereira Paiva, no Museu da História e da Cultura do Povo Negro. “A história e a cultura do povo negro são de uma riqueza inestimável” comenta o Professor Wambert. “São tesouros que precisam ser sempre lembrados, como a epopeia vivenciada pelos heroicos Lanceiros Negros”.

No projeto da lei que institui o Museu da História e da Cultura do Povo Negro, já existe a previsão de o espaço não ser um museu “do negro” ou “sobre o negro”. O “objetivo é revisitar nossa história, passar a limpo nossa memória, para interrogar-nos sobre a formação da sociedade porto-alegrense e nossa cultura” afirma o vereador. “Claro, fazendo-o da perspectiva do negro, a partir do olhar e da experiência do próprio negro”.

O projeto precisa de aprovação da maioria absoluta da Câmara Municipal dos Vereadores.