Projeto proíbe encher tanque de combustível "até a boca"
Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que obriga os postos de combustíveis a interromper o abastecimento do tanque de combustível dos automóveis quando do travamento automático de segurança da bomba de abastecimento ou quando atingida a capacidade máxima do tanque de combustível prevista no manual do proprietário. A proposta é assinada pelo vereador Mauro Pinheiro (Rede). Segundo ele, Santa Catarina e Distrito Federal já adotam a proibição de encher o tanque "até a boca".
Pelo projeto, o descumprimento ao disposto na futura lei sujeitará os postos de combustíveis à multa de 750 a 1,5 mil Unidades Financeiras Municipais (UFMs), aplicada em dobro em caso de reincidência. Os valores arrecadados com a aplicação das multas serão destinados ao financiamento de campanhas de conscientização e de preservação do meio ambiente realizadas pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Saúde e meio ambiente
Conforme o vereador, o hábito de encher o tanque "até a boca", sem respeitar a trava automática de segurança da bomba de abastecimento, é prejudicial para os automóveis, para o meio ambiente e para os frentistas. "O excesso de combustível pode danificar o cânister, que é o filtro instalado na boca de entrada do tanque. O equipamento tem a função de absorver vapores produzidos no tanque, impedindo que saiam para a atmosfera. Se há excesso de combustível, o filtro é inundado e acaba perdendo a capacidade de filtrar todo o vapor que passa por ele." Pinheiro lembra ainda que ao abastecer além da trava de segurança, o frentista respira o vapor do combustível e o gás benzeno, que causa dor de cabeça e náuseas, "o que, no futuro, pode provocar até um câncer".
Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)