Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentações de plenario.
Plenário da Câmara Municipal na tarde desta quarta-feira (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (20/2), trataram dos seguintes temas:

ACOLHIMENTO - Giovane Byl (SD) solicitou o encaminhamento de projeto que acolha as famílias de Porto Alegre vítimas de incêndio. Na oportunidade, ele ressaltou que, como trabalha desde 2011 em vilas e regiões periféricas do município, tem observado as famílias que passam por isso. “São pobres que, quando têm o patrimônio deles consumido pelo incêndio, perdem tudo: a casa, a história, os documentos”, lamentou. Posteriormente a essas tragédias, Byl relatou ocorrer uma verdadeira “via-sacra” para as famílias. “Não existe um encaminhamento certo aonde buscar apoio”, falou. “A assistência social diz que não é com ela, mas com a defesa civil. A defesa civil diz que é com os bombeiros, por causa do laudo”, relacionou. “Se criássemos um projeto de acolhimento às famílias que perdem tudo em incêndios, em alagamentos e em catástrofes naturais", questionou o vereador. (BSM)

SERVIDORES - Adeli Sell (PT) falou acerca do projeto de lei em discussão no Legislativo que, de acordo com ele, “pode mudar a vida dos servidores de Porto Alegre e mexer com a vida de todos os cidadãos”. “Se o serviço público já é precarizado, ele será completamente precarizado”, afirmoul. Com isso, o parlamentar trouxe à baila a pressa sobre a votação. “Mas nós das bancadas do PT, do PSol, do PDT e do PSB votamos na não-urgência”, destacou ao salientar que “optamos e continuaremos a trabalhar para que esse debate seja feito no rito normal”. “Temos que escutar, que se colocar no lugar do outro, no lugar do funcionário público que trabalha há 29 anos na prefeitura, que fez toda uma carreira, ou aquele que entrou faz pouco, que fez concurso e passou”, reforçou. (BSM)

RETORNO - Eng Comassetto (PT), em retorno à Casa, fez agradecimentos e disse ser um “prazer e uma satisfação” estar de volta. “Aqui estamos novamente com a disposição de contribuir com Porto Alegre: uma cidade justa e inclusiva”, falou. Além disso, sublinhou a importância do diálogo na política. “Aqui é a Casa do parlamento, de falar”, lembrou. “O meu retorno é para construir a Porto Alegre da igualdade, da educação, da saúde. Temos muito o que fazer”, destacou ele. Comassetto igualmente destacou trabalhar a cultura da Capital como a expressão de uma “cidade rica, inteligente e que represente o seu povo”. “Também teremos, em breve, a revisão do Plano Diretor. Precisamos ocupar os vazios urbanos, rever a planta de valores da cidade”. No mais, o vereador abordou a questão dos direitos dos trabalhadores: “A reforma da previdência não passará, porque retira direitos, tal como o projeto do Executivo para o funcionalismo público”, finalizou. (BSM) 

ANTICRIME - Cláudio Conceição (DEM) manifestou sua satisfação sobre “o que ocorreu ontem em Brasília: a entrega do pacote anticrime pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro”. “Como integrante da segurança pública, para mim é um pacote que corre os corruptos”, expressou. “Alguém que, como eu, trabalhou durante 25 anos no combate à criminalidade do Rio Grande do Sul, podemos vislumbrar que o Brasil tem a possibilidade de entrar em um novo tempo”, defendeu. “Os policiais terão um trabalho efetivo”, disse. “Creio que um novo Brasil está nascendo”, concluiu Conceição. (BSM) 

SERVIDORES - Roberto Robaina (PSol) ddisse sera proposta do Executivo, em relação aos servidores, autoritária. "No governo federal, a reforma da Previdência tira direitos, não combate a corrupção, e não paga pela crise que eles mesmos fizeram". Robaina acrescentou ainda que o prefeito Nelson Marchezan Jr. propõe um ataque aos servidores, com perdas do poder aquisitivo de 30% a 40%, e pretende que isto seja votado ainda antes do carnaval. “Esse projeto liquida o regime especial. O arroxo salarial será brutal, os quinquênios e outros direitos serão tirados. É um assalto ao serviço público que visa prejudicar o povo da capital”, afirmou. O vereador também falou que o desmonte do Dmae já mostra que o Executivo não respeita o serviço público. “O Marchezan não faz as contratações devidas e aí está o resultado, a falta de água na capital". (PB)

REPRESENTATIVIDADE - Idenir Cecchin (MDB) disse que os governos do Estado e da Capital têm força moral da população para fazer acordos, firmados entre o PSDB e o MDB. “É estranho reclamarem do apoio para o atual governador Eduardo Leite", destacou e lembrouque, nas votações do Legislativo municipal continua com as mesmas posições de dois anos atrás. "O meu partido fará tudo para o melhor dos cidadãos da capital, nós votaremos de acordo da população”, ressaltou. Conforme ele, o Executivo foi sensível em não tirar direitos conquistados no projeto dos servidores da capital. “Volto a dizer que temos autoridade eleitoral para fazer acordo pois representamos 80% da população”. (PB)

PRIVILÉGIOS – Felipe Camozzato (Novo) questionou na tribuna sobre quem é contra o corte de privilégios de Porto Alegre. Segundo ele, são as pessoas que invadem o plenário e que defendem o Lula Livre. Camozzato ainda deixou um recado aos que estavam na galeria do plenário dizendo: “Venham nos visitar em dias de votação de projeto e verão quem realmente é contra o povo”. (PB)

RESPEITO - Moisés Barboza (PSDB) afirmou que a proposta do Executivo sobre o funcionalismo visa estancar perdas e remodelar o serviço público que precisa ser modernizado. “Reconheço que o Simpa tem a sua tarefa de defender os servidores. Esta Casa que é democrática que tem vereadores que defendem os servidores. Mas, eu represento os 1,5 milhão da população que batalha para pagar seus impostos”. Ressaltou também que existem outros prefeitos que também tem dificuldades de pagar a folha de seus servidores, e disse que isso não acontece só aqui em Porto Alegre. “Quero fazer um pedido, pois não vou em setores de servidores públicos para gritar com ninguém. Vamos discutir os temas aqui nesta Casa e vamos manter o respeito”, afirmou o vereador. (PB)

NEGOCIAÇÃO - Cassiá Carpes (PP) disse que ter sido procurado por funcionários da Casa que disseram o que não pode passar no projeto do governo, que modifica o regime jurídico do funcionalismo público. Disse que irá levar as demandas para uma reunião com o prefeito, nesta quinta-feira (21/2). Lembrou que, entre terça e quarta-feira, será vez de ouvir os servidores públicos. Conforme Cassiá, depois disto, serão realizadas as modificações por emendas no sentido de criar um período de transição. Afirmou, contudo, que não será a pressão das galerias a desfazer de decisão dos vereadores. (FC)

OTÁRIOS - Professor Wambert (PROS) afirmou que se sentiu obrigado a subir à tribuna para descrever o que pensa dos que tiram a população para “trouxa para defender um corrupto”. E continuou “Lula é um ladrão e está preso. Honoris Causa em condenação”. Para ele, o PT é um partido corrupto que se recusa a se reinventar e se abrir para a sociedade. O vereador classificou ainda aqueles que defendem Lula no plenário da Câmara de fantoches e burros. (FC)

VERGONHA - Prof. Alex Fraga (PSOL) afirmou que é triste quando alguém distorce a realidade afirmando que os servidores públicos são privilegiados. Conforme o vereador, privilegiados são aqueles que não pagam impostos por suas lanchas e seus aviões particulares. “Os servidores de educação, nível 1 e 2, com piso do município de R$ 960,00 são privilegiados", questionou. "Isto é uma vergonha para com os trabalhadores”. (FC)

Textos: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
           Fernando Cibelli de Castro (reg. prof. 6881)
           Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)