Sessão Plenária

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário.
Vereadores em Plenário nesta segunda-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (2/11), trataram dos seguintes temas:

CONJUNTA - Professor Alex Fraga (PSol) disse que, na semana passada, havia sido acordado, pelas lideranças da Casa, uma reunião extraordinária para outra reunião, agora conjunta, das comissões. Segundo Fraga, as alegações eram de “acelerarmos os projetos emperrados dos vereadores, por conta do excesso de urgência do Executivo”. Porém, “sabemos que o Executivo não quer que tratemos dos nossos assuntos”, avaliou, ao mencionar que “as comissões têm se dedicado a tratar de assuntos do Executivo” e que, mesmo assim, o governo está se aproveitando de um acordo feito em plenário e colocando, em uma conjunta, dez projetos. “Estou aqui há cinco anos e nunca vi tamanha falta de respeito”. (BSM)

GUARDADORES - Airto Ferronato (PSB) diferenciou a atividade de guardadores de automóveis da de flanelinhas. Disse que os guardadores são registrados e os flanelinhas não. Entretanto, lamentou que a Câmara tenha proibido, “nunca tacada só, a atividade de todos”. Na tribuna, Ferronato comentou uma matéria, sobre o assunto, impressa no jornal Zero Hora em 27 de novembro. Falou, também, que “a intenção da prefeitura, após a publicação da lei, será de começar uma fiscalização rígida desses trabalhadores envolvendo a Guarda Municipal e a Brigada Militar”. O vereador narrou que, quem for pego exercendo a atividade, vai levar multa e, com isso, solicitou à prefeitura que “pare de maltratar os guardadores”. (BSM)

AIDS - Cláudia Araújo (PSD) lembrou que ontem, 1º de dezembro, foi o Dia Mundial de Combate à Aids. A vereadora salientou que a data é um alerta para a população sobre o vírus HIV. Ela disse, contudo, que é necessário fazer essa conscientização não apenas em dezembro, mas o ano todo. Dizer para as pessoas que façam o teste, “sejam os de postos ou os de farmácia”, já que, conforme Cláudia, “o HIV pode ser controlado após o diagnóstico e não evoluir para a Aids”. Além disso, Cláudia também salientou sobre a importância de falarmos do uso de preservativos e de acabarmos com o preconceito. “Que possamos sempre permanecer unidos contra o vírus e a doença”, destacou. (BSM) 

IMPOSTOS - Claudio Janta (SD) inicialmente lamentou que a população tenha pago, até o dia de hoje, R$ 2 milhões de impostos. Comentou, inclusive, a alta do dólar e citou o valor de R$ 4,22 para a moeda. Disse que está havendo uma velha política e que o importante, na visão dele, não é o mercado internacional. “Mas, sim, a vida, o dia a dia, o momento, o preço da carne, do frango, do arroz e do açúcar” e a discussão da compulsoriedade dos impostos nesses produtos essenciais à sociedade. (BSM)

CONJUNTA I – “Não bloquearemos nada, mas não passarão uma patrola sobre nós”. Ao fazer esta afirmação, Adeli Sell (PT) criticou tentativa do Executivo municipal de incluir, em reunião conjunta de comissões, prevista para ser realizada na semana passada, diversos projetos de lei que seriam então avaliados sem passarem pelo trâmite normal da Casa. “Poderiam alguns desses projetos serem tratados na comissão conjunta, sem precisar ser demorada, para não atrasar a vida da cidade”, disse o vereador. “Mas entraram na Casa vários projetos de lei que mexem profundamente na vida da cidade”, completou. “Alguns desses projetos nem entraram na pauta ainda e deveriam ser discutidos exaustivamente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em reuniões públicas”, disse ainda Adeli. (HP)

ESPORTE – Mendes Ribeiro (MDB) destacou a realização, no final e semana, da Copa Solidária de Jiu-Jitsu – Etapa Porto Alegre, realizada no IT’S Esportes e Eventos, no bairro Navegantes. Conforme o vereador, o certame recebeu mais de 260 crianças que participam de diversos projetos sociais e que atuam nesta modalidade esportiva. “Uma proposta como esta está proporcionando uma alternativa para os jovens, ensinando disciplina e dando oportunidade para se descobrirem talentos”, disse Mendes Ribeiro. O vereador cumprimentou ainda os organizadores da Copa, bem como a Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Lazer pelo apoio à realização desta atividade. “O esporte faz mágica, transforma vidas”, disse igualmente ele. “Vi pais dos jovens tendo orgulho dos filhos”, concluiu o vereador. (HP)

CONJUNTA II – Moisés Barboza (PSDB) lembrou que já participou de diversas reuniões conjuntas de comissões, apesar de estar em primeira legislatura. “E, em todas, o Poder Executivo sempre fazia proposta de alguns projetos importantes que precisavam ser aprovados”. O vereador citou, como exemplo, projeto de ressarcimento do 13º salário dos servidores, que estaria listado para reunião prevista para a semana passada, mas que não foi realizada por falta de acordo entre as bancadas. “Se acham que não se pode colocar isso nas conjuntas”, disse o vereador em relação ao projeto citado, “não se pode dizer que é um ‘expediente doentio’. Responsabilize, então, quem fez o regimento desta casa”, disse ainda Moisés. (HP)

TRUCULÊNCIA – Karen Santos (PSol) lamentou ocorrido na favela de Paraisópolis, em São Paulo, no final de semana, quando nove jovens foram mortos em uma festa popular. “A criminalização em torno do fato ocorrido também me choca”, disse a vereadora ao perguntar por que esse tipo de situação apenas acontece em festas da periferia. Karen disse que situações similares, de uso de drogas, também devem ocorrer em festivais como o Lolapallooza ou no Rock In Rio. “Mas somente se vê essa truculência com os jovens de periferia”. E completou: “a sociedade naturalizou a morte de jovens negros de comunidades periféricas, e vem colocando panos quentes sobre essa situação. Nunca se vê bandidos playboys de classe média sendo criminalizados”. (HP)

REUNIÃO - Mauro Pinheiro (Rede) criticou declarações dos vereadores da oposição, que manifestaram contrariedade em dar acordo para a pauta da reunião conjunta das comissões. Segundo Mauro Pinheiro, a pauta incluiria "projetos importantes para a cidade e para os servidores". Citou, como exemplo, os projetos que tratam do 13º salário dos servidores, da contratação temporária de professores, da manutenção das atuais alíquotas dos call center, do que trata do Fundo de Inovação e daquele que trata da criação de AEIs para moradias populares. "É preciso oferecer educação na perieria, trabalhar pelas comunidades que mais precisam. Todos os municípios passam por dificuldades financeiras. Porto Alegre nunca atrasou salários dos funcionalismo neste ano, mas terá dificuldades para pagar o 13º salário." (CS)

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)