Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto, vereadores Idenir Cechim e Nelcir Tessaro.
Vereadores Idenir Cecchim (MDB) e Nelcir Tessaro (DEM) em plenário nesta quarta-feira (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (5/6), trataram dos seguintes temas:

AMBIENTE I - Prof. Alex Fraga (Psol) celebrou o Dia do Meio Ambiente. Fraga criticou o progresso que não se preocupa com questões ambientais e alertou para um projeto de criação da “maior mina de carvão do mundo”, às margens do rio Jacuí, em Eldorado do Sul. Para Alex Fraga, isso prejudicaria o ambiente de toda a região metropolitana de Porto Alegre, o que poderá significar, “talvez num curto espaço de tempo, a extinção da nossa própria espécie”, além de prejudicar animais e plantas. O parlamentar ainda demonstrou preocupação com o uso de agrotóxicos, que podem estar causando a diminuição da população de abelhas, o que prejudica a produção de frutas. (ML)

DESENVOLVIMENTO - Nelcir Tessaro (DEM) criticou a lei que criou a Operação Consorciada Lomba do Pinheiro, de 2010. Essa operação visava dar contrapartida maior para a aprovação de projetos para o bairro, porém, segundo Tessaro, não vingou e se prejudicou, pois, até agora, nenhum projeto foi aprovado para a Lomba do Pinheiro em virtude da operação. O vereador saudou a não aprovação da mesma lei para o bairro Navegantes, na Zona Norte, o que ajudou no desenvolvimento do Quarto Distrito. O parlamentar solicitou a aprovação de uma indicação de sua autoria, que se encontra na CUTHAB, que termina com a Operação Consorciada Lomba do Pinheiro e, consequentemente, a implantação do Plano Diretor na região. (ML)

AMBIENTE II- Roberto Robaina (Psol) também demonstrou preocupação com a mina de carvão em Eldorado do Sul. Robaina solicitou uma audiência Pública em Porto Alegre, como já ocorreu em Charqueadas, para tratar do tema, pois a mina pode trazer efeitos na cidade. Para o vereador, esse assunto é pouco debatido e a Câmara “tem a obrigação de jogar luz sobre um assunto que tem impacto na vida de todos os porto-alegrenses e no estado de um modo geral”. Segundo o parlamentar, a oposição considera que a instalação da mina representa uma ameaça para o abastecimento de água na região metropolitana pelo risco de poluição e contaminação do lençol freático com metais pesados e pela poluição do ar. O pedido de audiência pública foi feito à Fepam, que autorizou a realização em Eldorado do Sul, o que não agradou Robaina. (ML)

SAÚDE - Aldacir Oliboni (PT) lembrou da efeméride do dia Dia Mundial do Meio Ambiente. Prestou solidariedade e apoio àqueles que lutam por uma cidade mais limpa. Na sequência, falou de um assunto que, para ele, é de extrema importância: a saúde de Porto Alegre. “Sabemos que o governo trabalha com a ideia da terceirização, da contratualização e da privatização”, relatou Oliboni, ao afirmar que a saúde diz respeito “a um serviço essencial e não de mercadoria para gerar lucro”. Disse, também, que a gestão de saúde da capital vai mal. Comentou sobre a visita realizada, ontem, na comunidade Bom Jesus. “Percebemos que o descaso, em algumas situações, chega a ser de amadorismo”, lamentou o petista ao salientar que as pessoas pedem socorro. (BSM)

LIXÃO - Professor Wambert (PROS) falou sobre o meio ambiente. Disse que Porto Alegre tem um dos maiores crimes permanentes: “o lixão na Severo Dullius”. Recordou que, no ano de 2012, enquanto fazia campanha para prefeito do município, esteve no local. “Entramos para vistoriar o lixão, mas os funcionários nos trancaram. Tivemos que esconder os chips das imagens dentro das roupas”, contou. O parlamentar comentou que quem passa pela freeway “enxerga uma montanha belíssima, da altura de um prédio de 12 andares, que na verdade essa montanha contém cerca de 150 milhões de toneladas de lixo”. Narrou que dela (da montanha) escorre chorume. E lembrou que a Câmara “aprovou uma lei impedindo a queima de lixo”. “Mas já existem tecnologias que autorizam a queima limpa”, sublinhou, ao enfatizar que “precisamos mudar o nosso olhar para o meio ambiente da cidade”. (BSM)

LOMBA - Idenir Cecchin (MDB) discutiu sobre a Lomba do Pinheiro. Comentou que o projeto consorciado, da administração passada, foi um erro. “Ao invés de ele ajudar a Lomba, a castigou”, lamentou Cecchin, ao contextualizar o local. “Há espaços lá em que poderíamos construir casas para a população”, explicou. Além disso, o emedebista defendeu a recuperação do abastecimento de água na região, assim como o progresso dos vazios que não estão sendo aproveitados. Em relação ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o vereador expressou o seguinte: “Não podemos discutir o meio ambiente de modo ideológico, porque ele é um só. Se fosse por um olhar ideológico, não teríamos a Orla”. (BSM)

AMBIENTE III - Airto Ferronato (PSB) registrou a principal data do meio ambiente comemorada pelas Nações Unidas. Afirmou acerca da obra no Hospital de Clínicas. Salientou que, na época, ele próprio pediu a agilização do projeto e que, por isso, recebeu críticas sobre as árvores do hospital que foram replantadas. Em relação a resíduos, Ferronato opinou no sentido de que “é uma coisa quase sem solução em função do manuseio que se dá a eles”. Independente disso, expressou que Porto Alegre foi a primeira capital brasileira a investir na separação dos resíduos orgânicos e recicláveis. Debateu a respeito da poluição do ar que, segundo ele, necessita de atenção, “porque a poluição do ar pode ultrapassar continentes”. (BSM)

Texto

Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)
Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)