Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentações de plenário. Na foto, o vereador Professor Alex Fraga
    Vereador Professor Alex Fraga (PSOL) (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentações de plenário. Na foto, o vereador Felipe Camozzato
    Vereador Felpe Camozzato (Novo) (Foto: Bernardo Speck/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (27/2), trataram dos seguintes temas:

SERVIDORES - “Estamos vivendo um momento crucial das nossas vidas", disse Adeli Sell (PT). "Os porto-alegrenses estão diante de dilemas e confrontos”, acrescentou o parlamentar, se referindo à discussão sobre o projeto que propõe alterações na carreira dos municipários, a ser votado na Câmara Municipal. “O prefeito teima em constranger a população quando ele elege os servidores como os vilões de todos os problemas”, disse. “É a hora da união das categorias profissionais: da legião de professores e funcionários da saúde, dos profissionais de obras, dos sindicatos e associações - todos juntos na mesma dimensão”, reforçou Adeli. Por fim, o parlamentar ressaltou “que temos que explicar para a população o que vai acontecer e o que já está acontecendo”. “Quando não tivermos mais atendimentos nos postos, diremos quem é o responsável”, enfatizou o petista. (BSM)

SERVIDORES II - Professor Alex Fraga (PSOL) comentou acerca do debate que ele participou na última terça-feira (26/2), na Rádio Guaíba, no programa Esfera Pública, juntamente com os colegas Adeli Sell (PT), Cassio Trogildo (PTB) e Mauro Pinheiro (Rede). “Mauro (Pinheiro) tentou justificar o que é injustificável: o projeto de lei que ataca a carreira dos professores, dos médicos, dos técnicos em enfermagem, dos servidores do DMAE, assim como o Plano de Carreira daqueles que trabalham nos serviços mais duros da nossa cidade”, relatou. Além disso, o parlamentar lembrou os 16 projetos encaminhados, ao mesmo tempo, pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior sobre diferentes assuntos: aplicativos, passagens, retirada de gratuidade, passe livre para idosos. E, por fim, questionou por que o prefeito não encaminha os projetos que versam sobre as carreiras do funcionalismo ao mesmo tempo. "Não acredito mais em unicórnios", concluiu o psolista. (BSM)

SERVIDORES III - Felipe Camozzato (Novo) contestou a fala do Professor Alex Fraga (PSOL). “O vereador Alex veio a esta tribuna e eu respeito as opiniões dele. Mas como alguém que se demonstra cético e não acredita em unicórnios pode acreditar em socialismo?”, indagou Camozzato. “Para mim é o mesmo que acreditar em unicórnios.” Sobre a questão dos servidores municipais e a votação do projeto de lei acerca dos direitos dos municipários, o parlamentar disse que a aprovação da proposta significará "uma decisão de responsabilidade fiscal”. E não somente isso, “mas também um respeito ao serviço público”. Para concluir, o vereador avaliou que licença-prêmio é privilégio dos servidores. “Essa licença já foi extinta na Assembleia e espero que também o seja em Porto Alegre”, defendeu. (BSM)

SERVIDORES IV - Roberto Robaina (PSOL) rebateu a fala de Felipe Camozzato (Novo). “O vereador Felipe, realmente, não é um político que pense em ter apoio dos servidores, mas dos grandes empresários de Porto Alegre”, disse Robaina. “Essa é a lógica do partido dele, o Novo, que não tem nada de novo”, ressaltou. Para Robaina, “esse é o resultado, no Brasil, de uma política de desrespeito às pessoas”. “A lógica de vocês (do Novo) é para o serviço privado”, declarou, se dirigindo a Camozzato. Sobre o projeto que pretende alterar a carreira dos servidores municipais, o vereador admitiu a existência de uma situação fiscal ruim. “Mas é um descaso com um professor que atende um aluno, com os médicos e outros profissionais. Vocês tentam passar a ideia de que não há recursos. Não enfrentam os privilegiados e querem atacar os servidores e o povo.” (BSM)

FOLHA – “O ritmo de crescimento da folha é maior do que o ritmo de crescimento do município.” Ao fazer esta afirmação, Ricardo Gomes (PP), em defesa de projeto do Executivo que altera o plano de carreira dos servidores públicos, disse que os vereadores têm a responsabilidade de devolver o equilíbrio fiscal à prefeitura da Capital. Gomes lembrou ainda que 67% dos porto-alegrenses têm renda familiar de até dois salários mínimos, constituindo-se em pagadores de impostos que mantém a máquina pública da cidade. “Temos que ter respeito com quem paga impostos”, salientou. O vereador destacou igualmente que as decisões tomadas em reunião conjunta das comissões permanentes, realizada na terça-feira (26/2), foram feitas de forma a atender o Regimento da Casa. “Todas as normas estão sendo absolutamente seguidas.” (HP)

NEGOCIAÇÃO – Airto Ferronato (PSB) disse ouvir seguidamente, na tribuna da Câmara Municipal, que o socialismo é o culpado por todos os problemas do mundo moderno. “A inciativa privada construiu um sistema que levou a baixíssimos salários no setor privado”, destacou. Para ele, os baixos salários são obra de um capitalismo falido. “Para mim não serve um socialismo radical de esquerda”, disse ainda Ferronato, e completou: “Mas este capitalismo não é o meu sonho. Todos os dias se ouve que o pagador de impostos paga o pato. Somos nós os pagadores de impostos, os servidores públicos e a iniciativa privada". O vereador também pediu que a votação, nesta quinta-feira (28/2), de projeto que altera o plano de carreira dos servidores municipais esteja aberta a negociações, principalmente na observação de emendas que foram apresentadas ao texto. (HP).

Textos: Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
            Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)