Sessão

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Perído de Comunicação em homenagem aos 65 anos da Escola Munic. Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha. Na foto: na tribuna, vereador Prof. Alex Fraga, proponente da homenagem.
Plenário Otávio Rocha na tarde desta segunda-feira (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (27/05), trataram dos seguintes temas:

PROBLEMAS - Adeli Sell (PT) abordou questões que, segundo ele, são problemas permanentes em Porto Alegre. Inicialmente, contou que recebe, todos os dias, queixas sobre o lixo. “Não bastasse o lixo no Centro Histórico, agora a situação do lixo é no Menino Deus”, relatou. Depois, o vereador disse que a Carris não tem mais o selo de qualidade que tinha antigamente. “Hoje é ônibus quebrado para tudo que é lado”, lamentou. E, por fim, abordou a situação da educação básica e mencionou as várias vezes em que o secretário municipal de Educação foi chamado para a Câmara, mas não compareceu. “A comunidade requer a permanência do ensino médio na Emeb Liberato Salzano”, afirmou. Sell também parabenizou a instituição que, há seis décadas, é um exemplo de educação no município. "Estamos em defesa da educação de qualidade, do futuro da nação", finalizou. (BSM)

MEIO PASSE - André Carús (MDB) fez um apelo ao governo municipal e disse que há seis décadas Porto Alegre tem uma lei municipal que é garante o meio passe estudantil no transporte coletivo. “Estamos, desde a semana passada mobilizando estudantes e entidades estudantis”, contou. “Queremos que a juventude tenha o acesso à educação com o meio passe garantido”, expressou ao elencar que alunos não podem ser retirados das salas de aula; e que o direito deles têm de ser preservado. “Se permanecer a tese da retirada do meio passe, haverá uma séria evasão escolar”, alertou Carús. Para finalizar, enfatizou “o compromisso de todos aqueles que sabem a realidade das comunidades e pessoas que vivem no bairro Sarandi”, em referência a possível retirada do ensino médio na Emeb Dr. Liberato Salzano - localizada no bairro. (BSM)

EDUCAÇÃO - João Bosco Vaz (PDT) afirmou ser “inacreditável que a Câmara esteja hoje lotada e que as pessoas venham de tão longe, do Sarandi, pedir para estudar”. O vereador disse que a retirada do ensino médio, na Emeb Dr. Liberato Salzano, não pode ser uma decisão afobada. “Por que antecipar uma decisão sem conversar com a comunidade?”, questionou, ao destacar o ensino de qualidade da Liberato. Bosco lembrou que a grande maioria das pessoas não têm dinheiro para cursar uma universidade particular. Falou que os cursos técnicos são essenciais e indispensáveis. “Fechar escolas ou agrupar turmas faz com que andemos na contramão da realidade”, concluiu o pedetista. (BSM)

EDUCAÇÃO II - Clàudio Janta (SD) expressou sua crença de que todos os seus colegas vereadores sejam "contra alunos pararem de estudar e jogados no mundo para a sorte", em alusão à possibilidade de uma parte do ensino na Emeb Dr. Liberato Suzano parar. Na oportunidade, Janta sublinhou a importância do conhecimento e do aprendizado. Recordou que a Emeb convive há mais de seis décadas na zona norte de Porto Alegre. Reafirmou o compromisso dele e da Casa Legislativa, que aprovou por maioria absoluta a escola em turno integral, com a educação. “Não iremos medir esforços. Têm coisas que a cidade precisa provar antes de mexer”, finalizou. (BSM)

APOIO - Cláudio Conceição (DEM) manifestou o apoio da bancada do DEM à permanência dos cursos de ensino médio e técnico da Escola Municipal Liberato Salzano Vieira da Cunha. Ele disse ter sido aluno da escola e morador da zona norte. "Estamos juntos e vamos até a última instância para preservar o trabalho de gerações e gerações. Esta história da Liberato não pode ser apagada. Aos 65 anos da escola, deveríamos premiar, equipar e fortalecer a Liberato." Para Conceição, neste momento é preciso que todos se manifestem e digam de que lado estão. "E eu estou ao lado da Liberato. E vamos lutar para evitar um final triste para a escola." (CS)

SOLUÇÃO - Professor Wambert (PROS) disse que a Câmara de Porto Alegre está empenhada, com a participação de vereadores de várias correntes políticas, para que a Liberato não encerre suas atividades no ensino médio. Segundo ele, houve uma reunião dos vereadores com o secretário municipal de Educação, na semana passada, para tratar do assunto, com a presença também de membros da comunidade. Segundo Wambert, há um problema jurídico que gerou um impasse, pois há falta de professores para o ensino médio, e a prefeitura não pode fazer concurso e repor professores. A solução, disse o vereador, estaria sendo buscada junto ao governo do Estado, para que professores do ensino médio estadual possam assumir o ensino da Liberato. Para o ensino técnico, disse Wambert, a solução estaria em convênios com setores da sociedade. (CS)

EDUCAÇÃO III - Airto Ferronato (PSB) saudou a comunidade da Escola Liberato presente ao plenário. Disse ter estado presente na reunião que ocorreu na semana passada sobre o assunto, com a participação de vereadores de quase todos os partidos. "Somos contra o fechamento do ensino médio e técnico da Liberato." Lembrando ser professor há 40 anos, Ferronato afirmou que "sem educação, o mundo vira um caos" e só se desenvolveram aqueles países que tem sólida atenção na educação. "A Cidade tem, há 65 anos, a Liberato, com os melhores cursos técnicos e de ensino médio da Capital. Precisamos de escolas gabaritadas próximas dos alunos. Os vereadores estão irmanados ao lado dos professores, funcionários e alunos da Liberato, contra o fechamento." (CS)

LEIS - Felipe Camozzato (Novo) destacou trabalho realizado pela Comissão Especial de Revisão Legislativa  e explanou as atividades que vem sendo realizadas dizendo que foi feito um “pente fino” nas leis existentes na capital. "Das 12.046 leis, estudamos os temas, para que sejam consolidadas de modo a facilitar o trabalho do legislativo. Foram feitas metrificações, e estamos encaminhando o relatório final", destacou. Camozzato disse, contudo, que nenhuma lei será revogada sem que sejam  consultados todos os vereadores. O prazo dos trabalhos, disse ainda ele, será estendido por mais 30 dias para que a proposta possa ser concluída. (PB)

HABITAÇÃO - Nelcir Tessaro (DEM) falou sobre divulgação que saiu nessa semana, do Ministério do Desenvolvimento Regional, de que haverá casas para alugar. "Para que elas sejam subsidiadas é necessário que o município faça uma doação do terreno e que posteriormente a capital possa fazer a locação". Segundo ele, em 150 vagas não se conseguiu locar 40%. "Em contrapartida temos as cooperativas. Temos mais programas Minha Casa Minha Vida de até 80 mil reais com a doação de terreno para habitação. Como agora fazer com que haja a construção para a locação se não há verba? Como fazer com que essa nova proposta tenha mais locação de imóveis. Temos que fazer uma fórmula diferente para que essas famílias tenham onde morar". (PB)

 

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)