Sessão

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Movimentação de Plenário. Na foto: vereador Moisés Barboza
Vereador Moisés Barboza na tribuna do Plenário Otávio Rocha (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (17/6), trataram dos seguintes temas:

CONVITES - André Carús (MDB) convidou para reunião da Cosmam que será realizada amanhã, às 10h, na Câmara, para debater a concessão do Parque Mauricio Sirotsky, o Parque da Harmonia. Segundo ele, estarão presentes representantes do Executivo para tratar da revitalização do parque e sua integração ao projeto Orla do Guaíba. Na ocasião, também será discutida a concessão do evento Acampamento Farroupilha, que é realizado em setembro "e tem se consolidado como polo de atração turística da cidade", seguindo sugestão encaminhada pelo MTG e pela Acampar. Também convidou para a reunião de instalação, amanhã às 19h, na Câmara, da Frente Parlamentar pelo Fortalecimento da Guarda Municipal. Carús explicou que a Frente lutará para que o governo nomeie, em breve, os aprovados no último concurso e para que os guardas atuem principalmente na prevenção da segurança dos cidadãos e dos próprios municipais. (CS)

ENSINO - Moisés Barboza (PSDB) lamentou que vereadores tenham falado em fechamento das Escolas Emilio Meyer e Liberato Salzano, durante a sessão desta segunda-feira (17/6), e negou que o Executivo cogite fechá-las. Também contestou que "o prefeito Marchezan Júnior seria contra tudo o que funciona". Considereou "raso" os discursos feitos neste sentido por vereadores que teceram críticas ao governo municipal durante manifestações em apoio às duas escolas e criticou o que considera "uso dos estudantes" para fins políticos. "A Emílio Meyer não será fechada. Isso não existe. Há uma questão técnica, que está sendo discutida, quanto à abertura de novas matrículas. Eu confio na solução que está sendo discutida entre as Secretarias de Educação estadual e municipal, pois o ensino médio é de competência estadual." (CS)

OCUPAÇÃO - Airto Ferronato (PSB) manifestou seu apoio às famílias da Ocupação da Baronesa do Gravataí para que permaneçam naquele local. Disse que o assunto tem recebido atenção especial da Câmara e do Executivo, mas ocorreu a reintegração de posse no último dia 7, fazendo com que parte dos moradores que haviam ocupado o local passassem a ficar acampados na frente do prédio. Ferronato criticou a proposta do poder público em abrigar as famílias em um albergue. "Não é a melhor solução. O prédio é do município e estava desocupado há anos. (O prédio) Servia para qualquer coisa, à exceção de moradia." Ainda segundo Ferronato, os vizinhos disseram estar satisfeitos com a ocupação do local, porque ela gerou mais segurança para todos. "É preciso ceder o espaço aos moradores para que tenham teto digno, evitando prejudicar crianças que já estudam em escola. Estamos juntos na luta com eles." (CS)

ENSINO II - Mauro Zacher (PDT) lamentou que Moisés Barboza (PSDB) considere que "toda crítica que se faça ao governo seja demagogia". Observou que o vereador do PSDB, reiteradamente, não aceita críticas ao governo, tal como na votação do aumento do IPTU. "Para nós, do PDT, defender a educação é questão de honra. As vagas na Liberato e na Emilio Meyer são estratégicas para o municipio." Segundo Zacher, uma reunião pública foi realizada pra mobilizar a comunidade para que sejam mantidas as vagas de ensino médio na escola. Observou que a ameaça de fechamento das vagas de ensino técnico na Escola Liberato Salzano ocorrem justamente em momento de grande desemprego no país e de falta de qualificação de mão de obra. "O liberal que não defende educação não sabe o que é liberalismo. Ou defende liberalismo de oportunismo." (CS)

DEMAGOGIA – Idenir Cecchim (MDB) afirmou que os vereadores devem o usar o bom senso e não ser demagógicos. “Gostaria que se preocupassem um pouco mais com a educação dos alunos. Os professores do município de Porto Alegre têm um salário justo, mas me questiono sobre o porquê apenas 50% dos alunos são aprovados? O que está acontecendo nessas escolas? Não há preocupação com as melhorias no ensino, agora quando é para encher as galerias de alunos, os professores são craques”, afirmou. O parlamentar ressaltou que os professores se preocupam mais em ensinar o “Lula Livre” do que a matéria de aula.  “Os alunos saem do ensino médio e vão para o vestibular com notas desastrosas, a escola só faz repetir de ano, os alunos e os pais merecem mais respeito, pois os pais pensam que seus filhos estão indo à escola para aprender”, concluiu. (LV)

CONCRETO - Roberto Robaina (PSol) parabenizou o vereador Claudio Conceição (DEM), que apresentou requerimento de Moção de Solidariedade a Escola Liberato para que não termine o ensino médio. “O fato grave é que temos duas escolas qualificadas que estão ameaçadas de deixarem de prestar o serviço do ensino médio. Cecchim fala qualquer assunto para distrair. Nós estamos falando de algo concreto, isso não é abstrato e o governo alega que não pode, mas é justamente ele que tinha que utilizar o trunfo que tem na mão que a educação é uma oportunidade”, destacou. Robaina afirmou que se fala tanto em produtividade, mas segundo ele basta ter uma compreensão da importância da educação para o desenvolvimento. “Nós vivemos uma crise econômica social e moral e a solução disso passa pela educação. Vamos resistir a esse ataque”, finalizou. (LV)

LIXO - Nelsir Tessaro (DEM) comentou sobre a fanfest que ocorreu na Orla do Gasômetro no fim de semana. “Minha preocupação é no pós-festa e o lixo que ficou no local. São 40 lixeiras patrocinadas pelo Uber, mas o lixo no chão era grande, e as lixeiras ali colocadas são muito pequenas. Peço aqui que o executivo solicite à Uber que coloquem lixeiras maiores”, disse. O parlamentar também chamou a atenão para o fato de que há um estacionamento ao lado do shopping Praia de Belas e famílias que gerenciam aquela área. “Então sugiro que a prefeitura coloque ali área azul. Outro local importante é no largo da epatur para que se coloque área azul também. (LV)

ESCOLA - Mauro Pinheiro (Rede) disse que alguns colegas ficam achando as mais diversas formas para criticar. “Adianto que nenhuma escola vai fechar. O vereador Alex Fraga, por exemplo, é um professor deveria ter postura e falou muito contra a escola Lumiar. Antes de subir à tribuna o vereador deve ter responsabilidade. Hoje pela manhã estive lá junto ao secretário Adriano. Ela foi eleita uma das 12 escolas mais inovadoras do mundo, reconhecida pela Unesco”, relatou. Pinheiro comentou ainda que as turmas têm no máximo 25 alunos e que chega a ter 3 professores por turma, turno integral, quatro refeições, aula de capoeira, música e teatro. “Os jovens que estão lá tem a oportunidade de estudar em uma escola premiada, publica e de qualidade, com metodologia”, concluiu. (LV)

CRÍTICAS - Idenir Cecchim (MDB), sobre questões ligadas à educação discutidas pelos vereadores nesta segunda-feira, destacou que não basta só criticar quem estava como secretário de educação e sim buscar soluções para melhorar. “Tive uma pequena reflexão, é muito complicado juntarmos os partidos e quero somente mostrar os fatos. Vemos a realidade, pois o secretário Fortunati que era do PDT, na época também foi secretário de educação e vimos as conclusões. Temos que perseguir o aprimoramento, não podemos só criticar". (PB)

PREVIDÊNCIA - Clàudio Janta (SD) disse que no debate sobre a educação é preciso levar-se em conta o dia a dia e as dificuldades das pessoas que moram na periferia. “Antes de discutir plataformas, temos que conhecer a realidade das famílias. Defender iniciativas privadas custeadas com dinheiro público é uma barbada”, afirmou, ligando o tema, na sequência, à proposta de reforma da Previdência. Para ele, o governo federal não faz o “trabalho de casa”, aumentando os gastos, não cobrando credores e piorando a economia. “O governo dá 150 anos para um empresário caloteiro pagar sua dívida com a Previdência, não cobra seus credores e quer que os trabalhadores paguem”, afirmou. Conforme o vereador, “mudou só o discurso”, já que o que se vê são altos índices de desemprego, imposto alto, imposto de renda com uma tabela defasada. (ALG)

ENSINO III - Felipe Camozzato (Novo) disse que vem debatendo o tema da educação e que frase do vereador Professor Alex Fraga (Psol) acerca de convênio da Prefeitura com a Escola Lumiar “foi muito forte”. “É uma vergonha e um fracasso para os interesses do PT, PSol e PDT, que não falam em melhorar a qualidade da educação para o aluno, mas de direito dos servidores, mais concursados, maiores salários”, afirmou. Conforme o parlamentar, Porto Alegre é a capital que mais investe por aluno e a que tem os piores resultados. “Nós precisamos falar em usar modelos com o da Lumiar para mostrar que é possível fazer diferente”, ressaltou, dizendo que é preciso fazer com que “o aluno da rede municipal saia sabendo ler, escrever, fazer operações matemáticas e ser alguém na vida”. (ALG)

ENSINO IV - Engenheiro Comassetto (PT) direcionou fala aos vereadores da base do governo que teceram críticas às homenagens realizadas pelo Legislativo aos 65 anos das escolas municipais Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha e Emílio Meyer. “As duas escolas, além de receber a homenagem, vieram lutar sim para que o ensino médio e ensino técnico não sejam fechados por determinação do prefeito Marchezan”, afirmou. Ele criticou a tentativa de criminalização da política e afirmou serem legítimas as manifestações da comunidade escolar. “A pergunta que precisam responder é: afinal, o governo vai fechar ou não vai fechar o ensino médio e o ensino técnico nas duas escolas?”, questionou. (ALG)

ENSINO V - Mauro Zacher (PDT) afirmou que o Legislativo “cresce quando se dedica a falar sobre educação”. Em resposta ao vereador Felipe Camozzato, disse que nos debates sobre a educação os liberais costumam trazer como elementos “os bons salários e o plano de carreira dos professores” e que isso tira o foco da discussão, tornando-a uma guerra de classes. “Me parece, vereador, que o senhor pode fazer uma revisão da teoria liberal”, lembrando que o liberalismo também prevê o fortalecimento da educação para a melhoria da economia. Com relação aos índices de desempenho, o parlamentar defendeu que sejam considerados outros fatores, como a estrutura das escolas, a questão da segurança e a situação que as famílias oferecem às crianças. (ALG)

Texto

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Ana Luiza Godoy (reg. prof. 14341)
Lisie Venegas (reg.prof. 13688)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)