Tribuna Popular

Simpa denuncia falta de pagamento a terceirizados da Fasc

Fundação trabalha com cinco empresas em serviços de portaria, segurança, limpeza e cozinha

Representante do Simpa fala sobre a situação dos terceirizados na Fasc. Na foto, Ivam Martins de Martins, diretor de comunicação do sindicato.
Ivan Martins, do Simpa, esteve na Câmara Municipal nesta quarta-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
A falta de pagamento de funcionários contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços à Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) foi o assunto da Tribuna Popular, na sessão ordinária da Câmara Municipal da Capital, nesta quarta-feira (26/4). “Recebemos os trabalhadores chorando por não ter condições de alimentar suas famílias, em decorrência da falta de repasse de salários”, salientou Ivan Martins, representante do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), aos vereadores.

Martins lembrou que cinco empresas, em segurança, portaria, limpeza e cozinha, prestam serviços na Fasc, todas com atraso nos salários de pessoal. Como salientou, uma das terceirizadas prometeu para esta quinta-feira (27/4) o pagamento correspondente ao mês de fevereiro. “Fazemos essa denúncia esperando que isso seja um anúncio de mudanças na situação desses trabalhadores”, disse o orador, ao pedir a atenção dos vereadores ao tema, bem como à questão das terceirizações, atualmente em discussão no país.

O representante do Simpa recordou que, a partir de uma intervenção feita na Fasc, foram constatadas várias irregularidades por parte das terceirizada na prestação dos serviços. Uma das quais, conforme Martins, foi a falta de trabalhadores conforme o número previsto nos contratos. “Foram abertas seis sindicâncias.” Ele igualmente denunciou que existe um desvio de verbas federais, que deveriam ser utilizadas para o pagamento de salários, mas que estão sendo usadas na quitação de débitos de telefone e energia elétrica. 

Outra questão levada por Martins à tribuna foi proposta discutida na Fundação de terceirização de todos os abrigos e albergues existentes em Porto Alegre. “A sugestão é de repassar tudo para ONGs”, revelou. “Se com as que já temos a situação é grave, como irão ficar as unidades que atendem 24 horas por dia”, questionou. Ao final, foi apresentado ao plenário um vídeo produzido pela TV Restinga no qual prestadores de serviços contratados por terceirizadas da Fasc denunciam a falta de pagamento de salários, vale-alimentação e vale transporte.

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)