Plenário

Sociedade Espírita Bezerra de Menezes é homenageada na Câmara

Vereador João Bosco Vaz (PDT) propôs a homenagem pelos 100 anos de fundação, comemorados em 17 de abril.

  • Período de Comunicações em homenagem aos 100 anos de fundação da Sociedade Beneficente Espírita Bezerra de Menezes, proposta pelo vereador João Bosco Vaz. Na foto: diretor- presidente SBE Bezerra de Menezes, Ilcio da Costa Chaves
    Diretor-presidente da Bezerra de Menezes, Ilcio Chaves, agradeceu a homenagem (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Período de Comunicações em homenagem aos 100 anos de fundação da Sociedade Beneficente Espírita Bezerra de Menezes, proposta pelo vereador João Bosco Vaz. Na foto: vereador João Bosco Vaz (d), presidente da CMPA, vereador Cassio Trogildo (e), e presidente da Bezerra de Menezes, Ilcio da Costa Chaves
    Ilcio Chaves, entre Cassio Trogildo (e) e João Bosco Vaz, recebe o diploma pelos 100 anos da entidade (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

A Sociedade Beneficente Espírita Bezerra de Menezes foi homenageada pelo transcurso dos cem anos de fundação, no período de Comunicações da sessão ordinária desta segunda-feira (24/4), na Câmara Municipal de Porto Alegre. O vereador e espírita João Bosco Vaz (PDT) propôs a homenagem “como uma forma de reconhecimento a todos aqueles que, ao longo desses 100 anos, se dedicaram ao amor, à caridade, ao bem comum e a ouvir as outras pessoas”, explicou. Bosco frequenta o centro da Sociedade Legião Espirita (Rua Vicente da Fontoura, 1212) e conta que sai renovado após cada visita. “As pessoas querem ser ouvidas e precisam de equilíbrio emocional, harmonia interior e paz de espírito. Lá nós encontramos isso”, declarou. 

A Sociedade Bezerra de Menezes possui 6 mil sócios, dos quais 1,2 mil realizam trabalhos voluntários, 1,8 mil estudam a doutrina e 450 médiuns atendem as pessoas semanalmente. No ano passado, foram realizados no local cerca de 150 mil passes individuais. A Casa ainda oferece auxílio a quase 40 entidades como creches, Penitenciária Feminina Madre Pelletier e Presídio Central, entre outros. “Os obreiros vão ao encontro das pessoas com necessidade, levando sempre uma mensagem de amor, carinho, paz e solidariedade. São nestes momentos de reflexão que temos a condição de valorizar e dar a importância necessária ao trabalho de apoio espiritual e social que essa Casa realiza”, salientou o vereador.

O diretor-presidente da Sociedade Beneficente Espírita Bezerra de Menezes, Ilcio da Costa Chaves, agradeceu pelo homenagem e expôs que a Casa foi fundada nos fundos de uma pequena sapataria na rua Coronel Bordini, 6, em 17 de abril de 1917. “Antes de ela existir aqui na terra, a Sociedade já existia no plano espiritual há mais de 200 anos. Nós recebemos esta informação”, relatou. Chaves afirmou que virão mais 100 anos de muito trabalho e encerrou seu discurso abençoando o Plenário Otávio Rocha. “Que Deus abençoe essa Casa com muita luz e muita paz. Assim seja.”

Diversos vereadores também manifestaram suas homenagens ao centro espírita e salientaram a importância das religiões na sociedade atual.

Bezerra de Menezes

Nascido em 29 de agosto de 1831 em Riacho do Sangue, atual município de Jaguaretama, no estado do Ceará, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti atuou na medicina e na política antes de se tornar um defensor e divulgador da Doutrina Espírita, participando da fundação da Federação Espírita Brasileira, em 1884, e sendo seu presidente em 1889 e 1895. Ele foi um grande catalisador do movimento espírita no país, aconselhando as pessoas a agirem com amor, discrição, paciência e harmonia.

Morreu em 11 de abril de 1900 após ser membro da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Auxiliadora da Indústria Nacional, da Físicoquímica, sócio e benfeitor da Sociedade Propagadora das Belas-Artes, membro do Conselho do Liceu de Artes e presidente da Sociedade Beneficente Cearense. Teve mais de 40 obras publicadas e escreveu no jornal “O Paiz”, redigiu “Sentinela da Liberdade”, os “Anais Brasilienses de Medicina”, colaborou na “Reforma”, na “Revista da Sociedade Físico-química” e no “Reformador”. Utilizava os pseudônimos de Max e Frei Gil.

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)