Plenário

Tribuna Popular destaca importância da Fundação de Economia e Estatística

Tribuna Popular com a Associação dos Servidores da Fundação de Economia e Estatística (Asfee), sobre a importância das fundações gaúchas e da Fundação de Economia e Estatística (Fee). Na foto, Tomás Pinheiro Fiori, pesquisador da fundação
Tomás Fiori elencou pesquisas feitas pela fundação (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A importância das fundações gaúchas e da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE/RS) foi tema da Tribuna Popular realizada em sessão ordinária desta segunda-feira (8/5) no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre. O economista representante da Associação dos Servidores da Fundação de Economia e Estatística (Asfee), Tomás Pinheiro Fiori, defendeu a permanência das atividades realizadas pela fundação. 

A fim de lutar pela preservação de projetos e pesquisas desenvolvidos pela FEE/RS, o representante da fundação veio ao plenário com a afirmação de que o trabalho continuará prestando conhecimento a população. Em relação à possibilidade de extinção da FEE/RS e de outras fundações do estado, Fiori lamentou que a fundação não seja reconhecida pelo governo. “Nossa instituição é conhecida tanto nacionalmente como internacionalmente e foi chamada de cabide de empregos”, criticou.  Nos últimos oito anos, a instituição contratou servidores mesmo reduzindo despesas, de acordo com Fiori. A completa extinção da fundação acarretaria impacto na sociedade, conforme o economista. “É o órgão público com plano de carreira mais moderno do Rio Grande do Sul”, defendeu, ao dizer que a fundação não representa custos significativos nas contas do estado que justifiquem sua extinção.

Além de moderna, a instituição deve ser independente, segundo Fiori. Pois a FEE/RS tem o objetivo de disseminar e traduzir informações confiáveis à população e também cumpre o papel de realizar projetos com embasamentos técnicos que analisam o pagamento da dívida do estado com a União. Estimativas de população, mapeamento de crianças em situação vulnerável, planejamento público e privado são outras demandas importantes da fundação, conforme o economista. Como fazer a distribuição de vacinas, pesquisas de emprego e desemprego e outros resultados coletados pela instituição que contribuem para o avanço da sociedade também foram citados por ele. “É o que nós, economistas, denominamos como bem público”, afirmou. Ao solicitar apoio dos vereadores na defesa da FEE/RS, Fiori pediu que se juntem à associação para reverter uma insensatez do governo que ameaça acabar com a fundação. “A guerra pela ciência e pelo progresso, que está no nosso sangue”, disse em suas considerações finais.

Parlamentares

Fernanda Melchionna (PSOL) disse que a fundação enriquece a análise econômica do estado e elogiou projetos desenvolvidos pela instituição que vem atuando há décadas.  “Extinguir secretarias e fundações deixando milhares de pessoas qualificadas sem emprego não pode ser considerado economia”, disse.

Também em defesa da instituição, Professor Alex Fraga (PSOL) falou sobre o desenvolvimento e importantes papéis que acarretam para o avanço no estado. O vereador lamentou pelo momento que a fundação passa. “Estamos no fundo do poço e não temos perspectiva de melhora”, disse, em solidariedade à fundação.

Airto Ferronato (PSB) destacou que desde o ano passado houve uma série de eventos e manifestações pela manutenção das fundações públicas e mais uma vez agora na Câmara, com uma outra frente parlamentar em defesa destas instituições. Sobre a possibilidade de extinção da fundação, Ferronato disse ser um imenso prejuízo ao estado. “A possibilidade de equívoco será enorme”. O vereador elogiou o trabalho realizado pela instituição, classificando como fundamental para o desenvolvimento. “Não existe no país quem é capaz de fazer melhor o trabalho que a Fundação de Economia e Estatística do estado”, completou.

Dr. Thiago (DEM) manifestou seu apoio à FEE/RS, relatando que desde 1973 a fundação realiza pesquisas para levantar o que o Estado necessita para empreender e melhorar sua economia. “É um trabalho realizado com excelência e que expõe nossas carências e necessidades. A FEE é o nosso alicerce econômico de informação, pesquisa e inteligência”, declarou. O vereador afirmou que mesmo em momentos de crise, o Estado não pode abdicar de algumas atividades como as que são desenvolvidas pela instituição. Por fim, ele relembrou que em 7 de novembro de 2013 a fundação participou do período de Comunicações Temáticas da Casa, sendo homenageada pelos vereadores em decorrência dos serviços prestados à sociedade gaúcha. 

Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
           Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)