Plenário

Tribuna Popular recebe Escola para Surdos Frei Pacífico

Entidade é referência na educação de crianças com deficiência

Escola especial para surdos Frei Pacífico - A escola especial e a inclusão das pessoas com deficiência. Na foto: Juliane Emmert da Silva
Professora Juliane da Silva falou sobre a importância da integração (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)

No início da sessão ordinária desta segunda-feira (8/8), durante o período destinado à Tribuna Popular, a Câmara Municipal de Porto Alegre recebeu representantes da Escola Especial para Surdos Frei Pacífico, entidade sediada no Bairro Santo Antônio que trabalha na educação e cuidado com crianças surdas. O tema discutido foi “A escola especial e a inclusão das pessoas com deficiência”. Conforme a Lei Municipal 11.039, de 2011, a Semana Municipal de Inclusão Escolar é celebrada na segunda semana de agosto.

A professora da Escola Frei Pacífico Juliane Emmert da Silva pronunciou-se através da língua brasileira de sinais (Libras). “Aprendi a linguagem de sinais pois desde pequena frequentei uma escola para surdos”, relatou. Para ela, a convivência com pessoas diferentes é importante, e deve ser incluída no debate sobre a qualidade da educação. “O professor precisa enxergar o aluno a partir de suas capacidades e habilidades, e não por suas diferenças”, explicou.

Segundo a educadora, as escolas regulares não estão preparadas para acolher pessoas com deficiência. “Falta a preparação dos professores, além de adaptações curriculares e projetos de acessibilidade”, expôs. Ela defende que o aluno se sinta acolhido no ambiente pedagógico. “A Frei Pacífico contempla vários projetos para o convívio e promoção de cidadania aos alunos”. Após a manifestação, foi apresentado um vídeo institucional sobre a escola, com depoimentos de crianças atendidas.

Posteriormente, em tempo de liderança partidária, o vereador Tarciso Flecha Negra (PSD) elogiou a atuação da instituição de ensino. “É uma bela maneira de inserir os alunos na sociedade”, disse o parlamentar. Ele também ressaltou a necessidade de uma educação inclusiva. “Minha bandeira sempre foi a inclusão, através da educação, do esporte e da cultura”. Por fim, Tarciso afirmou que “um país de primeiro mundo é o que trata bem seus filhos, independentemente das diferenças”.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)