Institucional

Vereadores falam sobre desafios de Porto Alegre em reunião na Federasul

  • Participaram do Tá na Mesa a Presidente Monica Leal e os vereadores Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein.
    Presidente Mônica Leal tratou do Plano Diretor (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Participaram do Tá na Mesa a Presidente Monica Leal e os vereadores Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein.
    Reginaldo Pujol, Mônica Leal e Valter Nagelstein foram os convidados da Federasul (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

"Repensando Porto Alegre" foi o tema debatido na reunião-almoço realizada pela Federasul nesta quarta-feira (5/6). A presidente do Legislativo da Capital, Mônica Leal (PP), o vice-presidente, Reginaldo Pujol (DEM), e o vereador Valter Nagelstein (MDB) foram os convidados a expor seus pontos de vista sobre temas como Plano Diretor, desenvolvimento econômico e investimentos em tecnologia a um grupo de autoridades e empresários.  

Mônica Leal explicitou sua vontade de ver de fato o Plano Diretor do município de Porto Alegre chegar ao Legislativo para o debate. “Gostaria de conduzir o amplo debate, e não ter que discutí-lo e votá-lo a toque de caixa ou em regime de urgência. O Plano Diretor de uma cidade tem potencial para fomentar um melhor ambiente de negócios, se quiser. Porto Alegre possui demandas de investimentos represados ou engessados, isso dentro de uma realidade de crise, de muitas pessoas que precisam de emprego agora, e do empresariado que quer empreender e empregar”, ressaltou. 

A parlamentar afirmou que Porto Alegre deve oferecer um ambiente de investimento e não afugentar as iniciativas. “Lembrando que Plano Diretor não é só voltado para a construção civil e para os aspectos imobiliários, ele é social, econômico, envolve moradia, cidadania e mobilidade, convívio social, qualidade de vida”, exemplificou. De acordo com Mônica, muitas vezes falta harmonia entre as instâncias públicas que precisam fazer tudo andar. “Isso acarreta na falta de celeridade nos processos públicos, que poderia ser amenizada com mais equilíbrio técnico e político, que um contasse mais com o outro a cada quatro anos das gestões de um governo municipal, quem sabe com mais planejamento, cuja falta gera prejuízos, gera devoluções de verbas por falta de projetos”, finalizou salientando que um plano tecnicamente bom pode ser politicamente inviável, e um plano politicamente justo pode ser tecnicamente impraticável.

Futuro presidente

Previsto para ser o presidente da Câmara em 2020, Reginaldo Pujol afirmou que para repensar Porto Alegre é necessário se levar em conta o contexto atual. “Falta de recursos no Estado, crise institucional e econômica no Brasil. Porto Alegre precisa vencer preconceitos ideológicos, começar a entender melhor os empresários, sem condenar o lucro”, afirmou. Ele disse ainda que as empresas podem se readequar para atender às questões ambientais. “Exemplo da altura dos prédios, que não é fator que determina se o prédio é bom ou não. Nenhum vereador é contra o meio ambiente ou as legislações de preservação do patrimônio, tanto que votamos o tema na Câmara recentemente”. 

Sobre a votação do Plano Diretor, que deve ser votada necessariamente até o próximo ano, Pujol declarou que os estudos estão atrasados. “Estou cético de que ano que vem possamos enfrentar uma matéria que nem conhecemos. Difícil, em ano eleitoral, ter tempo e elementos. O Plano de hoje é bom, problema não é o plano em si, mas a implementação. Tenho experiência nesse quesito pois participei das discussões dos Planos de 1979, 1999 e 2009”, concluiu.

Ex-presidente

Valter Nagelstein, presidente da Câmara de Porto Alegre em 2018, destacou alguns dos principais problemas da cidade, como a falta de mobiliário urbano, problemas de drenagem da água quando chove, focos de lixo irregulares e buracos nas ruas. “Destaco essas questões, mas ressalto que o papel de um bom gestor é apontar soluções que resolvam a vida das pessoas e procuro me pautar sempre pela transparência, atrelando economia do dinheiro público a investimento”, disse. 

O vereador destacou os "4 Ts" como ponto-chave para o crescimento de uma cidade. “Teto, trabalho, transporte e tecnologia são importantes, mas chamo a atenção para o último. A tecnologia e a inovação são diferenciais mundiais para a competitividade e foi isso que buscamos ao longo de todo o ano passado quando fui chefe do Poder Legislativo, por exemplo, implementando o Sistema Eletrônico de Informações, que permite uma redução a zero do papel utilizado no parlamento, bem como um olhar ao Masterplan do 4º distrito, projeto que embalo desde o período que fui secretário de Urbanismo da Capital”. 

Texto

Lisie Bastos Venegas (reg.prof. 13.688)
Guga Stefanello (reg. prof. 12.315)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)