Tribuna Popular

Coletivo Feminino Plural destaca ações e projetos em defesa das mulheres

Télia Negrão lamentou o ainda baixo número de mulheres na política Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA
Télia Negrão lamentou o ainda baixo número de mulheres na política Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
O período destinado à Tribuna Popular na sessão ordinária da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (7/3), foi ocupado pela entidade Coletivo Feminino Plural, onde apresentaram projetos e ações em defesa de políticas públicas para meninas e mulheres da Capital. A coordenadora-geral do Coletivo Feminino Plural, Télia Negrão Tonhozi, destacou a importância da luta em defesa das mulheres e, principalmente, a criação de políticas públicas em defesa do combate à violência. "O governo deve assumir esta responsabilidade e lutar em prol das mulheres. Nós precisamos de apoio nesta luta. Infelizmente, vivemos em uma sociedade doente, que reprime e é retrograda", disse.

Télia ressaltou que a entidade Coletivo Feminino Plural é reconhecida nacional e internacionalmente pela atuação em defesa de projetos para as mulheres. "Atuamos em diversas áreas e, entre elas, na incidência política. Elaboramos ações de monitoramento e diagnosticamos a situação das mulheres na sociedade." Conforme destacou, a cada dia o número de mulheres violentadas aumenta gradativamente. "A grande questão que nos incomoda, apesar de tantas lutas e avanços, é o número de meninas e mulheres em condição de desigualdade. Por que é tão difícil reconhecer que nós ocupamos um lugar na sociedade?", perguntou.

Ao citar o baixo número de mulheres na política, a coordenadora-geral ressaltou que o Coletivo Feminino Plural criou projetos de capacitação para mulheres que desejam ingressar na política. "Poderíamos juntar todas as mulheres que atuaram neste campo e, mesmo assim, não seria o suficiente. O baixo número de mulheres na política é assustador. Criamos este projeto para fortalecer e dar voz a estas pessoas."

Ao finalizar, Télia listou os importantes projetos e participações em movimentos importantes, entre eles, a criação da Lei Maria da Penha, além da construção da Escola Lilás dos Direitos Humanos, situada no Bairro Restinga. "Trabalhamos muito para o bem destas pessoas. Montamos, em Canoas, um centro de referência para mulheres que sofrem abusos e até hoje atendemos aproximadamente 2,5 mil mulheres".


Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)