Tribuna Popular

Cootravipa reclama de campanha difamatória e diz ter lisura em seus atos

Entidade ocupou a Tribuna Popular e destacou trabalho de inclusão e geração de renda realizados

  • Tribuna popular: Cootravipa. Esclarecimento de notícias divulgadas em mídias recentemente, bem como apresentar o histórico da cooperativa e sua importância social para a comunidade de Porto Alegre.
    Cooperativados lotaram galerias do Plenário Otávio Rocha (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Tribuna popular: Cootravipa. Esclarecimento de notícias divulgadas em mídias recentemente, bem como apresentar o histórico da cooperativa e sua importância social para a comunidade de Porto Alegre.
    Imanjara (e) falou aos vereadores pela Cootravipa (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
“Em nossa trajetória, nunca gozamos de nenhum foro privilegiado”. Ao fazer essa afirmação, Imanjara Marques de Paula lamentou o que denominou como “campanha difamatória em órgãos de imprensa da Capital” que vem atingindo a Cooperativa de Trabalho, Produção e Comercialização dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa) nas últimas semanas. Presidente da entidade, Imanjara falou aos vereadores nesta segunda-feira (26/6) durante a Tribuna Popular da sessão ordinária da Câmara Municipal da Capital.

Imanjara lembrou que a Cootravipa foi fundada em 1984 e reúne atualmente duas mil famílias. “Temos como objetivo promover a inclusão, e regatar a dignidade e a cidadania através da promoção do trabalho e da geração de renda”, afirmou ela. “A cooperativa é a única fonte de renda para essas famílias”, disse. Segundo a presidente, os integrantes da entidade muitas vezes são vítimas de preconceito e discriminação. “Mas conquistamos nosso espaço com o suor do trabalho de cada um de nossos cooperados”.

Sobre as notícias divulgadas pela imprensa e ligadas à Cootravipa, a representante da cooperativa ressaltou aos vereadores não ser responsabilidade da entidade fiscalizar o trabalho contratado. “A fiscalização é obrigação do ente público contratante. Não admitimos para nós essa responsabilidade, pois somos os executores”, salientou Imanjara, ao revelar que eventualmente a cooperativa se depara com problemas pontuais e isolados. “O desconhecimento deles não nos torna coniventes”, completou.

Ao citar que a Cootravipa conta com um Conselho de Ética responsável por avalizar problemas que surjam, Imanjara afirmou que este órgão aplica medidas corretivas e preventivas sempre que necessário. “Conquistamos o direito à execução de cada contrato por concorrência pública”, destacou ainda ela. “Não nos intimidamos com quem queira denegrir nossa imagem. Nossos 30 anos de história falam por si só”, disse a presidente. “Se preciso for, provaremos nossa lisura em todas as instâncias cabíveis”. E finalizou: “Não somos ladrões e nem usurpadores do que é público, somos trabalhadores e ganhamos nosso sustento honestamente”.

Além de vereadores e de dezenas de cooperativos que lotaram as galerias do Plenário Otávio Rocha, acompanharam o pronunciamento de Imanjara Marques de Paula o representante do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Sistema Ocergs) Vergilio Frederico Perius, e a representante da Federação das Cooperativas de Trabalho do RS (Fetrabalho-RS) Margaret Garcia Cunha.

Lideranças

Após a manifestação de Imanjara, os vereadores pronunciaram-se em Lideranças:

Rodrigo Maroni (PR) exaltou o trabalho realizado pela Cootravipa. De acordo com o vereador, qualquer iniciativa de cooperativa é fundamental para dar exemplo, principalmente no âmbito político. Em sua avaliação, é um trabalho que envolve diversos temas que devem ser debatidos pela população, como o trabalho com ex-apenados, pessoas portadoras de HIV e outras doenças. “Que tenha outras cooperativas que sejam alternativas para incluir pessoas no mercado de trabalho”, afirmou.  

Falando também em apoio à cooperativa, André Carús (PMDB) elogiou métodos trabalhados pela Cootravipa, que, conforme o vereador, faz do seu dia a dia o sustento de famílias e oportunidades de inserção ou reinserção de pessoas na sociedade. “A cidade precisa muito de pessoas como os trabalhadores veiculados à Cootravipa”.

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
             Munique Freitas dos Santos (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)