Comissão

Cosmam debate situação da dengue na Capital

  • Dengue, fiscalização, combate, ações e vacina. Proponente Vereador Aldacir Oliboni. Presença da Secretaria Municipal da Saúde e entidades representativas.
    Fernanda Fernandes e Maria Celeste (de amarelo) falaram sobre ações de combate à dengue (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Dengue, fiscalização, combate, ações e vacina. Proponente Vereador Aldacir Oliboni. Presença da Secretaria Municipal da Saúde e entidades representativas.
    Vereadores da comissão cobraram ações da Prefeitura e da União diante da epidemia (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Porto Alegre (Cosmam) debateu hoje (20/2) a situação da dengue na Capital. Presidido pela vereadora Lourdes Sprenger (MDB), o encontro desta terça-feira foi sugerido pelo vereador Aldacir Oliboni (PT).

Lourdes disse que a Cosmam decidiu discutir o tema diante da gravidade da situação no país e, em especial, em Porto Alegre, onde já há 141 casos confirmados da doença. "As projeções indicam que 4,2 milhões de pessoas vão contrair dengue no Brasil em 2024", observou ela. 

Oliboni acrescentou que, diante do agravamento da situação, é preciso saber o que o poder público está fazendo para controlar o problema. "Há epidemia na cidade? Se há, o que a Prefeitura está fazendo? Não vemos, por exemplo, ações de pulverização nos bairros. E há somente 81 agentes de endemias para uma população de 1,6 milhão de habitantes", ressaltou o vereador.

Representando o Ministério da Saúde, a superintendente estadual do órgão, Maria Celeste, disse que o governo federal aumentou de R$ 250 milhões para R$ 1,5 bilhão os recursos destinados ao combate à dengue no país, incluindo a compra de 6,5 milhões de doses da vacina japonesa para prevenir a doença. Celeste alertou, porém, que a vacinação não é a solução para o problema. "Só vacinação não resolve. A sociedade precisa estar envolvida." Quanto aos critérios para distribuição da vacina, pelos quais o RS ficou de fora, disse que foram definidos em conjunto pelo ministério e secretarias estaduais e municipais de todo o país. "O governo respeita a ciência. Foram respeitados critérios epidemiológicos para distribuir o imunizante."

A secretária-adjunta da Secretaria Municipal da Saúde, Fernanda Fernandes, disse que, apesar de monitorar a situação desde o ano passado, a Prefeitura foi surpreendida com o aumento de casos nas quatro últimas semanas. Segundo ela, tradicionalmente a campanha na mídia começa em março, pois é quando ocorre o aumento dos casos. Ela confirmou que até hoje foram confirmados 141 casos da doença na cidade e acrescentou que a zona Norte é a que tem maior concentração de focos do mosquito. Disse que, além de campanhas na mídia e nas escolas municipais, a Prefeitura pretende reforçar a distribuição de repelentes para crianças acima de seis anos e ampliar a testagem nas unidades de saúde. "Quanto à compra de vacinas, a opção existente no mercado é um imunizante japonês. Porém, esta vacina é indicada para adolescentes, sendo que a maioria dos óbitos tem sido de pessoas idosas."

Como encaminhamentos, a Cosmam decidiu realizar em março nova reunião para avaliar a evolução da situação. Também sugeriu ao Executivo a antecipação de campanha na mídia sobre a doença, reforço no recolhimento de árvores derrubadas pelo temporal de janeiro e, ainda, o chamamento de 15 agentes de endemias aprovados no último concurso.    

 

 

Texto

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)