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Cosmam vê problemas em posto de saúde no Cristo Redentor

  • Visita da comitiva de vereadores da Cosmam na US Conceição.
    Infraestrutura do posto gera reclamações entre os pacientes (Foto: Brenda Rodrigues/CMPA)
  • Visita da comitiva de vereadores da Cosmam na US Conceição.
    Vereadores foram ao local após comissão receber denúncias de usuários (Foto: Brenda Rodrigues/CMPA)

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Porto Alegre visitou hoje de manhã (9/12) a Unidade de Saúde Conceição, na rua Álvares Cabral, 429, no bairro Cristo Redentor.  O posto é administrado pelo Grupo Hospitalar Conceição, possui 14 mil pessoas cadastradas para atendimento e funciona em uma casa de dois pisos.

Representante do Conselho Municipal de Saúde e usuária do posto, Vanilda Andrade disse que a reivindicação mais urgente da comunidade é a troca de local. Explicou que a unidade funciona em uma casa de dois andares que não possui Plano de Combate a Incêndio (PPCI) nem acessibilidade no andar superior, onde estão os consultórios médicos. "Quando um paciente não pode subir as escadas, o médico tem de descer, mas no térreo não há uma sala adequada para atendimento." Vanilda reclamou ainda do número baixo de fichas para consultas e revelou que para conseguir atendimento é preciso chegar no local às 5 horas. Segundo ela, são três fichas por dia para cada um dos sete médicos que atuam na unidade. 

A vereadora Lourdes Sprenger (MDB), que pautou a visita, disse que o bairro reúne muitas pessoas idosas, mas a unidade não dá a devida prioridade a elas. Observou que o número reduzido de fichas faz com que os pacientes tenham de ir várias vezes ao posto, ou mandar algum familiar, até conseguir uma consulta. Lourdes também reclamou das condições do prédio, "com apenas uma porta para entrada e saída, sem ventilação e sem um local adequado para quem aguarda atendimento".

A presidente da Cosmam, vereadora Cláudia Araújo (PSD), disse que são muitas as reclamações em relação ao atendimento na unidade, o que motivou a visita da comissão. "Chegamos aqui e a farmácia estava fechada, sem sequer um aviso aos usuários de que poderiam se dirigir a outro posto para retirar a medicação." Além disso, o posto ainda não retomou as consultas por telefone. "Prometeram retomar até o fim de janeiro e nós vamos cobrar isso." Cláudia também criticou a infraestrutura da unidade. "É desumano as pessoas aguardando atendimento num ambiente que não possui nem ar condicionado. É preciso encontrar um local mais adequado para reinstalar a unidade."

A coordenadora técnica de saúde comunitária do GHC, Simone Bertoni, reconheceu que o posto enfrenta problemas por falta de funcionários devido a demissões e afastamentos por doença mas garantiu que o GHC procura repor pessoal dentro do menor tempo possível. Sobre reclamações no atendimento na farmácia do posto, informou que há um farmacêutico e mais dois auxiliares para fornecer medicamentos e que, quando falta o farmacêutico, ele é substituído por um volante, que no momento está afastado por problema de saúde. "Fazemos todo o esforço possível para que as coisas funcionem. O quadro de pessoal foi aumentado, mas muitas vezes demanda um pouco de tempo para resolver as situações que aparecem."

 

 

Texto

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)