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Escola Léa Brum, do Bom Jesus, recorre à Cece para ter novo prédio

Local atual da escola serve de passagens para moradores do bairro

  • Comissão visita a Escola Estadual Prof. Léa Rosa Cecchini Brum. Na foto, vereadores Alvoni Medina, Tarciso Flecha Negra, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon
    Vereadores tomaram conhecimento do projeto da nova sede para a escola (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Comissão visita a Escola Estadual Prof. Léa Rosa Cecchini Brum.
    Profª Léa Brum tem estrutura precária para atendimento de alunos (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na tarde desta terça-feira (27/2), a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre visitou a Escola Estadual de Ensino Fundamental Profª. Léa Rosa Cecchini Brum, no bairro Bom Jesus. Estiveram presentes os vereadores Sofia Cavedon (PT), Alvoni Medina (PRB), Reginaldo Pujol (DEM) e Tarciso Flecha Negra (PSD). A partir de uma reclamação, a Cece foi acionada para verificar o andamento de projeto do novo prédio para a escola, que tramita na prefeitura desde agosto de 2017.

O projeto de uma nova sede para a Profª  Léa Brum, como lembrado na oportunidade, não envolve dinheiro público, visto que a obra deverá ser executada pela Construtora Rossi, como contrapartida à prédios erguidos nas redondezas do Bom Jesus. A construtora já fez uma praça e um centro poliesportivo em frente à EEEF, que também estavam no acordo. 
Segundo a diretora da escola, Lúcia Araújo, e a vice-diretora, Roseane Della Flora, o compromisso foi assinado em 2007 já com o objetivo de construir um prédio novo e maior, em um terreno ao lado da atual. Já o local onde está a Léa Brum desde 1980 deverá ser transformado em uma avenida.

Por enquanto, por conta da necessidade de trânsito de pedestres, a escola é utilizada como passagem da comunidade e mantém seus dois portões abertos. Um deles dá acesso a um local cercado por mato, o que, segundo a vice-diretora, causa o aparecimento de aranhas. Outro fato verificado pelos vereadores é o de que a atual estrutura é antiga e, em parte, de madeira, fazendo com que as salas de aulas sejam quentes no verão. O espaço é limitado: a biblioteca, a supervisão e a sala de vídeos compartilham o mesmo cômodo.

Lúcia Araújo destacou algumas dificuldades atuais e recorrentes enfrentadas pro professores e alunos, tendo citado a falta de saneamento, o mato e o acúmulo de lixo que atingem o terreno ao lado – onde proliferam insetos e vetores perigosos para as crianças -, a pavimentação inadequada – que com chuva traz barro que suja todo o pátio -. “Sempre que possível solicitamos, com nossos recursos, a limpeza do barro. Em janeiro, pintamos a escola. Precisamos mantê-la bem cuidada. Tudo aqui é simples mas organizado”, ponderou a diretora.

Outro ponto que exige atenção, como destacado aos vereadores, é o projeto da prefeitura e da construtora para a obra de uma via pública que passará na região. “Hoje a escola funciona. 
Enquanto não fizerem a escola nova no terreno ao lado, não sairemos”, afirmou Lúcia. Igualmente foi destacado aos integrantes da Cece que atualmente a Profª. Léa Brum atende do 1° ao 7° ano do ensino fundamental, o que força os alunos dos 8º e 9º anos a se deslocarem para educandários mais distantes, por vezes até impactando no rendimento. A pretensão da direção é que ela possa anteder estudantes até o 9° ano, chegando a receber até 800 crianças.

“Se a prefeitura não priorizar a construção de uma escola, não sei o que vai ser”, comentou a vereadora Sofia Cavedon, parabenizando a resistência da direção. Já Tarciso Flecha Negra ressaltou a urgência da pauta: “temos que por na agenda, sem falta”. Após visitar as instalações da escola e conhecer o projeto e a planta do novo prédio, a Cece comprometeu-se em verificar a localização da documentação com a Secretaria do Planejamento Municipal, de modo a agilizar o processo.

Texto: Adriana Figueiredo (estagiária de Jornalismo)
           Alex Marchand (estagiário de Jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)