PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

Movimentação de Plenário. Na tribuna vereador Claudio Conceição
Cláudio Conceição (União) (Foto: Leonardo Lopes/CMPA)

Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (10/4), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre abordaram as seguintes pautas:

DMAE - Cláudio Conceição (União) denunciou a cobrança “exagerada” por parte do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) à população usuária dos serviços, citando relatos de contas com valor elevado. “As pessoas não têm condições financeiras de pagar. A orientação foi que paguem e depois contestem, mas as pessoas realmente não têm essa condição. Como que elas vão pagar?”, questionou. Ele pediu que o Dmae seja mais criterioso na questão, nos locais em que o custo está elevado. O vereador mencionou a possibilidade de a Câmara instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar os serviços do departamento. (BPA)

INFRAESTRUTURA - Pedro Ruas (PSOL) discursou sobre a responsabilidade do Poder Executivo acerca da prevenção das enchentes e desastres naturais no município. “Tem coisas que a Prefeitura tem que fazer, como um exame arbóreo. Não basta ter uma coleta relativa ao desastre ocorrido. Temos que ter mais árvores, mas em condições, o que requer trabalho, boa vontade e decisão política. Temos que ter as bocas de lobo limpas, senão vai dar alagamento sempre. Isso requer trabalho, boa vontade, decisão política e fiscalização”. (LP)

CPI - Roberto Robaina (PSOL) ressaltou a importância de uma CPI que investigue o Dmae e lembrou que, recentemente, Luiz Augusto Pinto França, ex-diretor-executivo da MG Terceirização, empresa que prestava serviços para a Prefeitura de Porto Alegre, denunciou um suposto esquema de propina envolvendo o Dmae. “Insisto não só na utilidade de instalarmos CPIs, como na importância de se investigar o Dmae. É muito importante que tenhamos um serviço essencial controlado pela população sem desvio e sem incompetência.” (RR)

TROCAS - Moisés Maluco do Bem (PSDB) disse que, nas vésperas de eleições, as CPIs são "palanque eleitoral". Ele também qualificou como "vergonha" parte das negociações realizadas entre partidos e vereadores durante a janela de troca partidária. "Tenho muito orgulho de fazer parte de um grupo de pessoas que não participou desse diálogo durante a janela", afirmou. O vereador defendeu que as trocas de partido deveriam ser feitas mediante discussão ideológica, em vez de negociações. (TP)

DENÚNCIA - Cassiá Carpes (Cidadania) afirmou que materiais de escritório foram retirados da bancada de seu partido. “Materiais para manter a bancada foram retirados nos dias 26/3 e 1/4. Ou seja, como líder do partido, minha bancada não tem direito a nada esse mês, tiraram antes. Isso é irresponsabilidade. Eu peço que seja requisitada a devolução desse material. Caso contrário, eu volto a essa tribuna e digo qual é o vereador e qual é a bancada”. (BPA) 

SALÁRIO - Jonas Reis (PT) criticou a proposta de reajuste salarial feita pela Prefeitura aos servidores públicos municipais: "Não vi nenhum vereador criticar a vergonhosa proposta do governo Melo de parcelar o reajuste e repor apenas uma parte da inflação. A Prefeitura deve quase 30% de reposição salarial de inflação e o governo não reconhece”. Ele também criticou os aumentos concedidos a agentes políticos: “Para os secretários, no ano passado, foi um aumento de cerca de 40%". (LP)

POLÊMICA - Idenir Cecchim (MDB) respondeu ao vereador Jonas Reis afirmando que os mandantes do assassinato de Marielle Franco apoiam o presidente Lula. Também indicou que haveria uma subserviência do chefe da Polícia Federal ao governo. Por fim, o vereador disse que o Exército “colocou medo no Lula”, dada a posição negativa do presidente sobre a proposta de rememoração da Guerrilha do Araguaia por parte do PCdoB. (TP)

RESPOSTA - Mari Pimentel (Republicanos) fez um contraponto à fala de Moisés Maluco do Bem. Segundo a vereadora, Moisés teria afirmado que O Boticário estaria oferecendo dinheiro ao governo do estado para filiá-la a um partido político. Ela ressaltou que sua família vendeu a participação que detinha na empresa. “Me parece que a índole e a moral não fazem mais parte de líderes políticos”, criticou. (RR)

Texto

Brenda Andrade, Laura Paim, Renata Rosa e Theo Pagot (estagiários de Jornalismo)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)