Plenário

Sessão Ordinária/Lideranças

  • Movimentações de plenário. Na foto, ao microfone, o vereador Cassiá Carpes
    Cassiá Carpes no microfone de apartes do Plenário Otávio Rocha (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentações de plenário. Na foto, na tribuna, a vereadora Fernanda Melchionna.
    Vereadora Fernanda fazendo pronunciamento na tribuna (Foto: Giulia Secco/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre falaram dos seguintes assuntos no período de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (10/10):

GOVERNO - Adeli Sell (PT) mencionou diversos problemas que afetam a vida cotidiana dos habitantes de Porto Alegre. Criticou a falta de podas em árvores, que acabam dificultando aspectos como a visibilidade e a segurança. Exemplificou com as árvores da rua André da Rocha, onde elas cobrem os postes de luz, contribuindo para a insegurança durante a noite. Sobre o Centro Histórico e outros bairros da cidade, reclamou do esgoto e dos buracos: “Existe esgoto correndo a céu aberto na rua Anita Garibaldi. Fede, não dá pra passar sem ter nojo”. Complementou que este bairro possui abundante população idosa, o que torna os buracos nas calçadas ainda mais perigosos. “É uma vergonha, estamos virando chacota nacional”. (AM)

GOVERNO II - André Carús (MDB) acrescentou às críticas de Adeli Sell a iluminação insuficiente que existe próxima dos terminais de ônibus da Praça XV de novembro e da rua Uruguai, ambos próximos do Mercado Público, deixando os cidadãos à mercê dos criminosos. Relacionado a segurança, lamentou que o governo ainda não tenha tomado uma atitude sobre uma de suas principais promessas de campanha: nomeação de guardas municipais. Solicitou que o prefeito seja honesto com a população e assuma suas responsabilidades nas falhas como gestor, deixando de culpabilizar terceiros como tem sido feito. Concluiu destacando a importância de se votar a lei de diretrizes orçamentárias do ano que vem, já que o prazo está próximo. (AM)

VIOLÊNCIA - Marcelo Sgarbossa (PT) lamentou a crescente onda de violência por motivação política que assola o país. Destacou o caso que é geograficamente mais próximo, de uma estudante de 19 anos que foi agredida por três homens ao descer de um ônibus na Cidade Baixa na segunda-feira. Ela vestia uma camiseta com posicionamento contra a um dos candidatos a presidente. Além dos socos desferidos, os agressores marcaram, com canivete, uma suástica na barriga da estudante. Sgarbossa mencionou que existem outros 14 relatos similares de violência por motivação política no Brasil. “A polarização é muito forte, mas não é esse o caso. Com o incentivo à violência, as pessoas se sentem autorizadas”, disse, apelando que se volte a uma normalidade de discussão sem violências. (AM)

VIOLÊNCIA II - Tarcísio Flecha Negra (PSD) parabenizou Marcelo Sgarbossa por seu posicionamento de incentivo ao diálogo civilizado. Comentou que vivenciou momento parecido em Minas Gerais, na década de 1960. Recordou que, na época, seu pai lhe recomendava não despertar reações políticas, por receio de respostas violentas. Sobre o presente, ele acredita que a democracia brasileira se encontra fragilizada. “Me sinto temeroso. Fui votar domingo sem adesivos ou identificação de candidatos. Cada um tem o direito de votar em quem quiser, de falar sem ser agredido. É um momento muito perverso”, afirmou. (AM)

VIOLÊNCIA III - Fernanda Melchionna (PSol) lembrou a jovem agredida na última segunda-feira (8/10) no bairro Cidade Baixa, um dia após o primeiro turno das eleições 2018. “Agressores fizeram uma suástica na barriga da jovem, porque ela vestia camiseta com expressão política” relatou Fernanda, e abordou a preocupação com a atual violência, que vai além da Capital gaúcha. “Nós temos visto uma violência sem precedentes. Na Bahia, um mestre de capoeira levou 12 facadas por motivações políticas. No Paraná, houve o linchamento de jovem pelo fato de ele estar usando um boné do MST”, relatou. “Ainda faltam 18 dias para o segundo turno das eleições. Vamos deixar que essa violência se repita em 2018?”, questionou a vereadora. (BSM)

AVANÇOS - Moisés Barboza (PSDB) elogiou iniciativas importantes na Capital. “Não é a primeira vez que, nesta Casa, saudamos o trabalho da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ela tem lutado, juntamente com vereadores aqui da Câmara, mesmo sabendo da crise seguida no país”, disse.  O vereador valorizou o Hospital Santa Ana, que agora opera com 50 novos leitos. “Embora possamos contar com 205 novos leitos previstos para a saúde de Porto Alegre”, certificou. Sobre a EPTC, a “secretaria da mobilidade”, de acordo com Barboza, “no mês de setembro deste ano teve a redução histórica de mortes no trânsito”, enfatizou. Para finalizar, destacou a administração pública. “Empreendimentos avançaram, porque receberam licenciamento, geraram vagas de emprego. A operação “Tapa Buracos” já ocorre no bairro Intercap. A cidade precisa prosseguir”, afirmou. (BSM)

COMUNICAÇÃO - Cassiá Carpes (PP) rebateu pronunciamento de Fernanda Melchionna: “Respeito a vereadora, mas nunca a ouvi falar sobre os 50 mil assassinatos no país ou sobre o caos da saúde. Nunca ouvi a senhora dizer que um governo quebrou o país”, afirmou Carpes. Ele disse que o partido dela “é um puxadinho do partido que quebrou o Brasil” e completou “não fica com o puxadinho que ele não vai crescer mais”. “A sociedade está cansada de mentiras. Todos os partidos têm problemas, e se o seu não tem, já está com um problema sério de não saber a realidade do país”, alegou o vereador. (BSM) 

Textos: Alex Marchand (estagiário de jornalismo)
            Bruna Schlisting Machado (estagiária de jornalismo)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)