Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Grande Expediente

Nos tempos de Lideranças e nos períodos de Comunicação e Grande Expediente, na tarde desta segunda-feira (11/4), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos:

ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PR) falou que trabalhar em prol das causas animais sempre foi sua prioridade, mas nunca desmereceu qualquer outra causa. Segundo ele, deve haver projetos que facilitem o trabalho desenvolvido pelas ONGs e proteção aos animais. "Atualmente, na Capital, quem garante a vida dos animais não é poder público", disse. Maroni disse ainda que é necessário acompanhamento psiquiátrico aos responsáveis pelas causas animais. "É uma demanda muito pesada, que possivelmente desequilibra pessoas mais sensíveis." Ao finalizar, ressaltou os casos de zoofilia - prática de violência sexual contra os animais - que ocorrem em Porto Alegre. "É um assunto muito delicado. São pessoas doentes, que causam perigo à sociedade." (CPA)

SAÚDE - Tarciso Flecha Negra (PSD) lamentou a falta de postos de saúde qualificados e a proliferação de doenças no país. "São mães, pais, avós e crianças que sofrem diariamente com doenças. Precisamos nos conscientizar, pois nenhuma causa é mais nobre que a saúde das pessoas." (CPA)

SEMINÁRIO - Elizandro Sabino (PTB) falou sobre o grande seminário que lançou o deputado estadual Mauricio Dziedricki como candidato a prefeito, realizado pelo Partido Trabalhista Brasileiro no último final de semana. "Foi um encontro movido de muita emoção, além de encontros com grandes nomes da política." Na ocasião, o vereador agradeceu a presença de toda a militância do partido e ressaltou: "Me sinto orgulhoso em fazer parte da política do meu país. Este seminário foi uma aula, só tenho a agradecer", disse. (CPA)

CAUSAS - Lourdes Sprenger (PMDB) falou sobre as políticas e ações públicas direcionadas às causas animais no município. "Esta causa parece ser simples de conceituar, mas nós que estamos há tanto tempo nesta luta, sabemos o quão difícil é", disse. Lourdes contestou a fala do colega Rodrigo Maroni (PR) sobre o projeto apresentado por ele. "Gostaria de discutir mais sobre este projeto. As agressões aos animais acontecem, e faz parte do nosso trabalho, como defensor, denunciar e buscar por ajuda." Ao finalizar, destacou que é impossível abraçar todas as causas. " Infelizmente não podemos trabalhar por todos os problemas enfrentados na sociedade. E, por isso, somos 36 vereadores nesta Casa", disse. (CPA)

PPCI - Bernardino Vendruscolo (PROS) destacou as dificuldades encontradas na obtenção dos Planos de Prevenção Contra Incêndios (PPCI). “Não podemos aceitar que cada município ou região tenha uma legislação, contrapondo-se à estadual ”. O vereador disse que, assim como o Corpo de Bombeiros é preparado para combater incêndios, deve preparar-se para deliberar sobre o PPCI. “ A sociedade não pode ficar a mercê da burocracia posta e a lei estadual precisa ser melhorada”, disse Vendruscolo. (PE)

CRÍTICAS - Rodrigo Maroni (PR) citou a colega Lourdes Sprenger (PMDB) e a representação ao Conselho de Ética de que foi alvo, dizendo que ela “é fruto de muitos sorrisos”. O vereador disse que não aceita críticas por salvar os animais, pois a realidade dos mesmos é muito triste. “Se a senhora cuidar dos animais, terá sempre meu apoio.” completou Maroni. (PE)

INFLAÇÃO - Idenir Cecchim (PMDB) elogiou a indicação de Maurício Dziedricki à pré-candidatura a prefeito de Porto Alegre. Após, repudiou a alta no preço dos remédios e criticou a inflação crescente. “Fico imaginando como as pessoas que ganham pouco e estão perdendo emprego fazem para comprar o remédio nesse preço”, questionou ele. Citando uma “cadeia infeliz”, da alta da inflação, demissões e baixa na arrecadação e lembrando da votação do impeachment, Cecchim afirmou que “não se pode mais continuar com um governo inoperante", e que “precisamos de um governo que recupere o país”. (PE)

IMPEACHMENT - Portando uma bandeira do Brasil, o vereador Cláudio Janta (SDD) disse que hoje se inicia uma grande semana para a República. “Estamos vendo um governo que abriu os cofres, não para dar incentivo à pátria educadora e, sim, para fazer um leilão a fim de evitar o impeachment.” Ele também convocou as pessoas a contatarem os deputados para que estes apoiem o impeachment, afirmando que o processo não é um golpe, e sim constitucional. “Impeachment já, para o Brasil se libertar”, finalizou. (PE)

IMPEACHMENT II - Sofia Cavedon (PT) criticou o PMDB por desembarcar do governo Dilma e agora anunciar um projeto chamado de “Ponte para o Futuro”, definido pelo PT como “Ponte para o Atraso”, porque preveria mais privatizações e terceirizações. Também disse que a crise do país é induzida por uma oposição que não aceitou o resultado das urnas de 2014. De acordo com a vereadora, ninguém aguenta mais os representantes da política tradicional, tanto é que Aécio Neves “despenca” nas opções de voto, como atesta uma pesquisa do Datafolha, que também mostra que, se houvesse uma disputa agora, seria entre Lula e Marina. Sofia ainda disse que impeachment por si só não é golpe, mas se não houver crime de responsabilidade, é. (CB)

IMPEACHMENT III - Dr. Thiago Duarte (DEM) afirmou que a nação foi saqueada pelo atual governo federal. “As ações da Petrobras hoje valem menos que duas passagens de ônibus. Nos enganaram. E a senhora vem me falar de terceirização?, afirmou, dirigindo-se à vereadora Sofia Cavedon (PT). “Terceirização é o que fizeram com o Mais Médicos. Disseram que a culpa da crise da saúde era de uma categoria, mas não é”. Conforme Thiago, a presidente sabe que errou muito com o SUS e que desviou muitos recursos. “E eu só estou falando da medicina. Ainda querem amordaçar a imprensa e estão perseguindo o juiz Sérgio Moro. Podem levantar a ficha dele, que não vão encontrar nada”, declarou. “E quantas vezes o PT pediu o impeachment de outros presidentes? Inúmeras vezes. Mas vamos resolver esse problema pelo caminho constitucional, com a Constituição que o PT não assinou.” (CB)

IMPEACHMENT IV - Jussara Cony (PCdoB) disse: “Se não é golpe, o que é? Fazem até discurso antecipado da vitória”. Conforme a vereadora, “nunca antes na história deste país” uma presidente deu tanta estrutura para a Polícia Federal investigar a corrupção. “Aliás, Cunha lidera um processo, mas está eivado de corrupção. Dilma acabou com a corrupção de Furnas, de onde ele e Aécio tiravam dinheiro para suas campanhas”, afirmou. “É hora de decisão, de intensificar e mobilizar o povo contra o golpe.” Na sua opinião, a votação do dia 17 vai ter grandes consequências. “Impeachment neste caso é golpe de Estado. Há um arranjo espúrio de Temer, de Cunha, de Aécio. Dia 17 é o dia de preservar a democracia. Temos que enfrentar todos os corruptos." (CB)

DESEMPREGO - "Este governo está acabando com nosso país", disse João Carlos Nedel (PP). "Olhem a quantidade de desempregados. Quantas lojas estão fechadas nos shoppings? É impressionante", disse, citando diversas empresas que encerraram atividades ou estão fechando unidades, demitindo muitos trabalhadores. Conforme Nedel, a Rhodia encerrou as atividades no Brasil, assim como a Alcoa. Já a Azul devolveu 20 aviões por necessidades financeiras. O Walmart fechou 60 lojas no Brasil, e a Leader pediu falência, fechando 90 lojas. Ao todo, conforme o vereador, 95 mil lojas foram fechadas em 2015 no país, trazendo redução de impostos e de empregos. (CB)

IMPEACHMENT V - Fernanda Melchionna (PSOL) criticou a presidente Dilma Rousseff por não ter cumprido as promessas de campanha, mas também cobrou coerência dos partidos que eram da base do Governo Federal. “São arautos do combate à corrupção, mas tem no Eduardo Cunha o presidente da Câmara. O PP tem políticos investigados, junto com o PT. Nós defendemos a investigação sem seletividade”. A vereadora ressaltou a importância de saídas democráticas. “Defendemos que existam mecanismos democráticos que possam chamar o povo a decidir”. (MM)

MORADORES - Adeli Sell (PT) questionou por que não se fala do Governo do Estado. “Vejam a calamidade que está a segurança pública. Há lugares que se fecham lojas por falta de segurança!” Criticou a ausência do secretário. “É um irresponsável. Dos moradores de rua, ninguém fala nesta Casa a calamidade que é”, acrescentou. “Tem um acampamento ao lado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Nem vou falar dos inferninhos no Centro da cidade que continuam abertos por meio de liminares”. (MM)

ESQUERDA - Valter Nagesltein (PMDB) afirmou que o que vem de Brasília, “do Governo do PT”, se alastra pelo País. “Quem comete um crime deve ser punido e cumprir pena. Muito do que vivemos hoje decorre das políticas que foram estabelecidas no País pela esquerda”, salientou. Sobre os moradores de rua, disse que os partidos de esquerda os colocaram como “intocáveis”. “Quando a gente arruma uma praça, em poucos dias tem gente acampada lá fumando crack. Tem que levar o pessoal. Tem que dar uma enxada, quem sabe, para fazer uma horta para as crianças da rede municipal. Precisa ter o braço forte do Estado”. Encerrou dizendo que Eduardo Cunha tem que ser cassado, e Lula deveria estar preso. "Mas o Michel Temer, eu não vejo motivos". (MM)

MORADORES II - Para João Bosco Vaz (PDT), quem não tem a consciência por estar drogado, não tem o direito de ir e vir e precisa ser orientado. “Quando fui secretário, criei o Bonde da Cidadania para resgatar essas crianças da drogadição. Tive que dar explicações ao Ministério Público, que depois reconheceu que o projeto era bom. Tanto que segue até hoje.” O vereador acrescentou que os sem-teto estão por aí porque o MP diz que tem que convidar para que eles saiam da rua. Finalizou com críticas às gestões do PT em Porto Alegre. (MM)

IMPEACHMENT VI – Sofia Cavedon (PT) salientou que o parecer do deputado responsável pelo relatório do impeachment da presidente Dilma Rousseff precisa ser rejeitado. “Precisamos trabalhar melhor esse parecer. Como não há crime de responsabilidade praticada contra Dilma, o processo de impeachment é um golpe. É preciso configurar dolo para ser crime de responsabilidade e não estão acolhendo dados relativos à eleição da presidente”, ponderou Sofia, acrescentando. “Há dolo porque ele reconhece que todos os governos assinam decretos de acordos complementares. O poder judiciário solicitou decretos de suplemento para o seu oficio”, disse. (MK)



Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
          Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
          Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
  Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
          Mariana Kruse (reg. prof. 12088)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)