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Proliferação de pombos preocupa Comissão de Saúde

Antônio Salles exibiu material alertando sobre cuidados com os pombos Foto: Elson Sempé Pedroso
Antônio Salles exibiu material alertando sobre cuidados com os pombos Foto: Elson Sempé Pedroso

O número elevado de pombos em praças e logradouros públicos de Porto Alegre foi motivo de debate em reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal, na tarde desta terça-feira (17/3). Segundo o presidente da Comissão, vereador Carlos Todeschini (PT), a concentração de aves traz riscos sanitários à saúde do ser humano. “Além dos excrementos, das penas e dos restos de comida que causam poluição, os pombos são grandes propulsores de um fungo altamente prejudicial à saúde”, destacou ao lembrar ser autor de projeto de lei que tramita na Casa proibindo a criação e alimentação de pombos em vias públicas de Porto Alegre.

Incomodado com o acréscimo dos pombos no local onde mora, na Praça Raul Pilla, centro da capital, Antônio Salles afirmou que cerca de 500 aves transitam no local diariamente. “Aspiramos todos os dias fezes ressacadas misturadas com a areia”, reclamou. De acordo com Salles, o poder público precisa ter responsabilidade e promover mecanismos de combate às doenças provocadas por animais. “Não queremos exterminar os pombos, só pedimos para que as pessoas tenham a consciência de que alimentá-los contribui para sua proliferação e consequente aumento de doenças”, registrou.

O vice-presidente da Comissão, vereador Beto Moesch (PP), defendeu ser necessário, mais do que elaborar lei proibindo a alimentação de pombos, que as entidades envolvidas com a saúde pública realizem campanhas de conscientização. “Não basta dizer que é proibido dar comida às aves senão houver palestras, campanhas na mídia e materiais impressos alertando a população sobre a importância do tema”, afirmou. A proposta deve ir a votação em plenário ainda este mês. Os vereadores Aldacir Oliboni (PT), Mário Manfro (PSDB), Dr. Thiago Duarte (PDT) e Dr. Raul (PMDB) também participaram da audiência.

Fungo - O fungo contido nas fezes do pombos chama-se cryptococcus neoformans e configura-se como o agente etiológico da Criptococose, Salmonelose e Taxoplasmose – endemias infecto-contagiosas que causam danos irreversíveis à saúde das pessoas. De acordo com dados da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, o fungo também é responsável por doenças que atacam o pulmão e o sistema nervoso central.

Confira aqui o projeto na íntegra

Ester Scotti (reg. prof. 13387)

Ouça:
Projeto que proíbe alimentação de pombos vai à votação em maio